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O que é epilepsia e convulsão? Epilepsia tem cura?

epilepsia

A epilepsia é uma disfunção cerebral que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Descargas elétricas anormais e excessivas do cérebro interrompem temporariamente sua função habitual e produzem manifestações involuntárias no comportamento, no controle muscular, na consciência e/ou na sensibilidade do indivíduo. Embora comum, a epilepsia é cercada de mitos e preconceitos. Neste artigo, exploramos o que é a epilepsia, suas causas, sintomas, diagnóstico e tratamento, desmistificando informações e trazendo clareza sobre a condição. Além disso, mostramos que é possível levar uma vida normal com a epilepsia, contando com exemplos de celebridades que tiveram ou têm a condição.

Sumário

Convulsão / Epilepsia

O que é epilepsia?

A epilepsia é uma disfunção do cérebro que cursa com descargas elétricas anormais e excessivas do cérebro, que interrompem temporariamente sua função habitual e produzem manifestações involuntárias no comportamento, no controle muscular, na consciência e/ou na sensibilidade do indivíduo.

Convulsão é sinônimo de crise epiléptica?

Toda convulsão é uma crise epiléptica, mas além da convulsão existem várias formas de crises epilépticas. Na convulsão o paciente apresenta movimentos grosseiros de membros, desvio dos olhos, liberação de esfíncteres e perda de consciência. E um exemplo comum de crise epiléptica não convulsiva é a crise de ausência.

A epilepsia é uma doença comum?

É relativamente freqüente, uma vez que acomete 1 a 2 pessoas em um grupo de 10 indivíduos. Estima-se que haja cerca de 3 milhões de pessoas com epilepsia somente no Brasil.

É possível ter uma crise convulsiva e não ser epiléptico?

Sim, uma crise isolada e sem doença subjacente não fecha o diagnóstico de epilepsia. Alguns fatores podem desencadear crises epilépticas:

  • Mudanças súbitas da intensidade luminosa ou luzes a piscar (televisão, computador, vídeo-game, discotecas)
  • Privação de sono
  • Libação alcoólica
  • Febre
  • Ansiedade
  • Cansaço
  • Algumas drogas e medicamentos
  • Distúrbios metabólicos

O que fazer durante uma crise?

Fora do ambiente hospitalar o observador deve voltar a cabeça do paciente para o lado, se possível, sobre uma almofada ou travesseiro. Isso ajuda a proteger contra traumatismos na cabeça e também evitar que ocorra aspiração de alimentos, salivação ou vômitos para o pulmão. Não se deve tentar puxar a língua do paciente, pois o observador pode sofrer lesão grave da mão e neste tipo de crise, ao contrario dos desmaios, a língua costuma ficar em sua posição normal. Geralmente a crise dura alguns segundos a minutos e o paciente pode ser levado ao hospital com tranqüilidade, se a crise for inédita ou conforme orientação médica. Caso a crise dure mais que 5 minutos, deve-se levar o paciente imediatamente ao hospital, para que se possam usar medicamentos para abortar a crise.

Quais são as causas de epilepsia?

Muitos fatores, genéticos ou adquiridos podem causar lesão nos neurônios a ponto de causar epilepsia. As causas mais frequentes são:

A epilepsia, então, pode ser contagiosa ou passada pros filhos?

Apesar de poder ser provocada por uma doença infecciosa, a epilepsia não é contagiosa, ninguém se torna epiléptico por contato. Em poucos casos a epilepsia é secundária a fatores genéticos e, mesmo nestes a hereditariedade não é certeza, portanto, em raros casos, a epilepsia pode ser transmitida aos filhos. Um fator que pode explicar maior incidência de epilepsia entre parentes próximos é que algumas doenças infecciosas, são contagiosas, expondo parentes próximos a uma incidência maior. Por exemplo, a cisticercose que é causada pela ingestão de cistos provenientes da Taenia solium, pode ser adquirida em alimentos contaminados compartilhados pela família.

Se existem tantas causas e cerca de 3 milhões de brasileiros têm epilepsia, qual o risco de adquirir a doença?

Para a população em geral o risco de ter epilepsia é de 1%. Se um dos pais apresentar a doença, esse risco aumenta para 2 a 4 %. Porém se os dois tiverem crises, o risco pode chegar a 30%. Já para irmão gêmeos, quando um deles tem crises epilépticas, o risco para o outro é de 10 a 20 % se não forem gêmeosidênticos é de 80% se forem idênticos.

Como se faz o diagnóstico?

O exame mais importante para o diagnóstico de epilepsia é o Eletroencefalograma (EEG), que pode ser realizado no intervalo ou durante as crises, quando então a chance de identificar o local e a causa do problema é bem maior. O EEG ajuda o médico na classificação do tipo de epilepsia, na escolha da medicação mais adequada, na definição do tempo de tratamento e na programação de outros exames complementares como, por exemplo,  a Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética que podem identificar lesões cerebrais e constatar a causa da epilepsia. Quando se identifica uma causa que provoque a epilepsia, esta é designada por “sintomática”, ou seja, a epilepsia é apenas o sintoma pelo qual a doença subjacente se manifestou; em 65% dos casos não se identifica  nenhuma causa, é a epilepsia “idiopática”.

A epilepsia tem cura?

Cerca de metade das epilepsias que ocorrem na infância desaparecem com o tempo e a maturidade cerebral.

No entanto, na maioria dos casos não há cura, mas sim tratamento.

Como é o tratamento?

A escolha da medicação antiepiléptica a ser utilizada é feita com base no tipo de crise apresentada pelo paciente e resultado dos exames complementares. 70% das pessoas com epilepsia têm as crises completamente controladas com esses medicamentos. E o primeiro passo para o controle adequado das crises é o uso coreto destas medicações, respeitando rigorosamente a orientação do médico quanto às doses e horários em que devem ser tomadas. Em geral a medicação deve ser usada por anos ou até o final da vida. Para os 30 % restantes que não controlam as crises com medicamentos, há alternativas, como o tratamento cirúrgico, que promove a remoção da parte do cérebro que dá origem à descargas elétricas que causam a crise. Em determinadas situações o médico pode recomendar a mudança no padrão alimentar, que pode levar a uma alteração no metabolismo do paciente, favorecendo o controle das crises.

Se eu cansar de tomar medicamentos posso fazer a cirurgia?

Para que se possa fazer uma cirurgia de epilepsia, é necessário que se identifique exatamente a área do cérebro responsável pela geração de crises epilépticas. Geralmente a investigação só é feita quando não se consegue controle adequado das crises com medicação. No entanto, algumas causas de crises epilépticas como tumores e malformações artério-venosas (MAV) apresentam tratamento cirúrgico com altos índices de sucesso.

Dá pra levar uma vida normal com a epilepsia?

A maioria das pessoas com epilepsia aparenta levar uma vida normal. Ainda que a epilepsia atualmente não tenha cura definitiva, em algumas pessoas ela eventualmente desaparece. A maioria dos ataques epiléticos não causa lesão cerebral. Não é incomum que pessoas com epilepsia, especialmente crianças, desenvolvam problemas emocionais e de comportamento. Para muitas pessoas com epilepsia o risco de ataques epiléticos restringe sua independência. A maioria das mulheres com epilepsia pode ficar grávida, mas deve discutir com o médico sobre sua doença e medicamentos tomados. Mulheres com epilepsia tem uma chance maior de 90% de ter um bebê saudável.

Prova de que se pode levar uma vida mais do que normal mesmo tendo epilepsia é o grande numero de pessoas e celebridades que apresentam ou apresentaram epilepsia: Alexandre o Grande (Imperador da Macedônia), Alfred Nobel (criador do prêmio Nobel), Machado de Assis (escritor brasileiro), Napoleão Bonaparte, (imperador francês), D. Pedro I (imperador do Brasil), Van Gogh (pintor holandês), Eric Clapton (guitarrista inglês).

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