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Síndrome Das Pernas Balançantes

Síndrome das pernas balançantes

Você já teve uma vontade incontrolável de movimentar as pernas, mesmo que isso atrapalhe seu sono? Esse pode ser um sintoma da Síndrome Das Pernas Balançantes, uma condição que afeta cerca de 10% da população nos Estados Unidos e pode ser bastante incômoda. Além da necessidade de movimentação das pernas, a síndrome pode vir acompanhada de outras sensações desagradáveis, como formigamento, choques elétricos e tensão. Mas não se preocupe, neste artigo o Prof. Dr. Alexandre Amato traz informações importantes sobre a Síndrome Das Pernas Balançantes, incluindo as causas, diagnóstico e possíveis tratamentos para melhorar seus sintomas e garantir uma noite de sono tranquila. E você sabe por que os flebologistas e cirurgiões vasculares se interessam por essa síndrome? Descubra aqui!

O vídeo apresentado pelo Dr. Alexandre Amato fala sobre a síndrome das pernas inquietas, uma doença comum que pode afetar cerca de 2% da população. A síndrome é caracterizada pela inquietude nas pernas, uma sensação estranha que leva a uma necessidade constante de movimentá-las, o que traz alívio. O diagnóstico é feito com base em quatro fatores: necessidade de movimentar as pernas, início pelo repouso, alívio pelo movimento e ritmo circadiano. Embora não haja cura para a síndrome, é possível controlar a condição por meio de tratamentos não medicamentosos, como suplementação de ferro, atividades que exijam atenção, exercício físico, massagens e banhos quentes. O médico deve ser consultado para excluir outras doenças que podem desencadear a movimentação involuntária das pernas.

Olá! Eu sou Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato e hoje vou falar sobre um assunto bem interessante que é a síndrome das pernas inquietas ou síndrome das pernas balançantes ou ainda síndrome de Willis-Ekbom. É uma doença extremamente comum, em alguns trabalhos chegou a aparecer que tem uma prevalência de 5% a 10%, mas quando foi feita uma pesquisa mais aprofundada, mostrou que em torno de 2% da população tem essa síndrome das pernas balançantes, ou seja, uma em cada 50 pessoas pode ter essa síndrome. É extremamente frequente e essa síndrome se caracteriza por ser aquela inquietude, uma sensação estranha que faz você mover as pernas de forma incessante. Normalmente, ocorre em membro inferior, mas às vezes pode ocorrer em membro superior também e é uma sensação estranha que traz aquela vontade, aquela necessidade de se mexer. E aí, quando você se mexe, tem um alívio. Então por isso que as pessoas acabam mexendo bastante a perna para sentir esse alívio. É uma doença que ocorre em 90% das vezes tem uma certa hereditariedade, então a gente encontra alguém na família que tem essa característica por ser extremamente frequente, quem acaba fazendo o diagnóstico é o próprio paciente. Então ele pode chegar ao médico falando “Olha, eu tenho essa sensação de inquietude nas pernas.” Mas aí quando chega no médico é necessário encontrar os quatro fatores principais para definir o diagnóstico. Os quatro fatores são eles, em primeiro lugar essa necessidade impossível de controlar de mover as pernas. A pessoa se fica parada ela precisa involuntariamente mexer as pernas e o segundo fator é esse mesmo, é o início pelo repouso, então ficou parado acaba tendo essa necessidade de movimentação. O terceiro fator é o alívio pelo movimento. Então começou a se mexer, essa necessidade deixa de ser perceptível e o ritmo circadiano, normalmente, isso tende a piorar à noite, muitas vezes por causa do repouso da noite, mas tem esse aspecto do ritmo circadiano. Obviamente o médico que vai fazer o diagnóstico, ele tem que excluir outras doenças que podem desencadear essa movimentação, por exemplo, o Parkinson pode acontecer, então é necessário o médico te ajudar nesse diagnóstico, mas você pode trazer o problema e trazer a sua suspeita para o médico. Normalmente o médico que vai ajudar isso é o cirurgião vascular ou seu clínico geral que está atento a esse problema. Normalmente, não tem um exame subsidiário a ser solicitado, pode até ser que a gente solicite alguma coisa a mais para tentar tratar algum aspecto da doença ou uma comorbidades. Mas não tem um exame que a gente faça que falar “Olha, deu síndrome das pernas inquietas”, não é isso. A gente vai pedir um exame de sangue, muitas vezes para ver a dosagem de ferro, porque o ferro pode estar muito associado com essa doença. A gente pode pedir uma sonografia também para ver como está sendo o sono. Muitas vezes o sono é piorado por causa dessa movimentação errática e às vezes a gente solicita a outros exames para tratar doenças associadas que podem influenciar nisso, aí é uma doença que não tem cura, mas ela pode vir incomodar e ela pode desaparecer por muito tempo, então não quer dizer que você vai ficar sofrendo com isso por muito tempo, desde que você encontre a causa, trate a causa, pode ficar bem por muito tempo sem sofrer com essa queixa. Então a síndrome das pernas balançando, as células pode ocorrer associado ao Parkinson que já comentei, pode estar muito associado também com varizes, insuficiência venosa, então os sintomas das varizes podem acabar desencadeando essa síndrome das pernas inquietas. Então às vezes a gente tem que tratar a doença, comorbidades para melhorar esse incômodo. Outra doença muito frequente é o Lipedema que está associado a essa movimentação das pernas, mas também pode acontecer com a fibromialgia e outras neuropatia periférica. Então não tente tratar sozinho, embora eu vá colocar aqui várias dicas não medicamentosas para melhorar isso, obviamente você já pode ir começando. Mas não deixe de ir ao médico, porque às vezes tem comorbidades que precisam ser tratadas, então sobre o tratamento não medicamentoso que pode ser feito a suplementação do ferro. Essa suplementação do ferro pode ser feita com suplementos, mas também pode ser feito com alimentação correta, alimentos ricos em ferro. Se for necessário, se tiver muito baixo, o médico vai te dar essa suplementação. Mas você pode, obviamente, aumentar a quantidade de alimentos que possuem ferro na sua dieta. Outra dica, é uma dica prática e que atividades que necessitam de atenção, foco, acabam diminuindo esse incômodo com a movimentação das pernas. Palavras cruzadas, vídeogame e veja, um médico sugerindo jogar videogame é simplesmente, porque detém a atenção de tal forma que acaba tirando o foco da perna e aí diminui essa necessidade de movimentação. É uma das estratégias para diminuir esse incômodo. Obviamente, parar com todos os estimulantes, então o café é o principal deles, consumido muito frequentemente, tem a cafeína e vai piorar sempre a quem tem essa síndrome, agora a gente pode tirar outros estimulantes, como por exemplo, esses energéticos. O uso de álcool são coisas que não vão fazer bem para outros aspectos também e pioram bastante quem tem essa movimentação involuntária das pernas, às vezes é tudo isso, é desencadeado por uso de outras medicações, como antidepressivos ou algumas outras medicações, então eu sugiro levar essa suspeita para o seu médico, contar tudo o que você está tomando algumas drogas ilícitas, também podem desencadear isso. Então seja aberto, fale tudo para o seu médico. O exercício físico também ajudar bastante, então o exercício físico vai liberar endorfina e isso ajuda a controlar um pouquinho essa movimentação involuntária. Você pode testar o exercício em determinados momentos do dia, porque como a síndrome piora à noite, às vezes a gente colocando o exercício à noite, você pode ter uma diminuição dessa movimentação involuntária à noite. Mas isso não funciona para todo mundo, mas vale a pena o teste, mas massagens, o banho quente, todas essas medidas podem ajudar a diminuir o incômodo. Então, esse desejo irresistível de movimentar as pernas que normalmente à noite, nesses períodos de repouso que traz bastante desconforto, tem que alertar para essa possível síndrome, pode vir acompanhada de dor formigamento das pernas, às vezes uns arrepios, uma sensação de agonia das pernas, tem que te alertar para essa possível síndrome. A minha esposa acaba descrevendo essa síndrome como expernise, é uma palavra que não existe, mas é essa agonia das pernas. É uma sensação estranha! Difícil de caracterizar e às vezes ela é tão intensa que ela dificulta o sono, ela piora o sono e aí vem uma fadiga no dia seguinte. Então essa é mais uma razão para você se preocupar. Muitas pessoas têm aí uma dificuldade no sono, tenho meu vídeo aqui sobre a higiene no sono, isso também pode ajudar nessa queixa. Não deixe de ver! Mas a gente tem que cuidar da síndrome das pernas balançantes para melhorar a qualidade de vida. Gostou do nosso vídeo? Inscreva-se no nosso canal, compartilhe com seus amigos, clica no sininho também lá embaixo e até o próximo!

A Síndrome Das Pernas Balançantes afeta aproximadamente 10% das pessoas nos Estados Unidos e pode ser bastante incômoda se você tiver. Ela é caracterizada por uma vontade, impossível de controlar, de movimentar as pernas. Muitas vezes dificultando, à noite, de ter uma noite de sono tranquila.

A Síndrome Das Pernas Balançantes também pode vir acompanhada de outras sensações desagradáveis nas pernas, como sensação de puxão, de peso, de choques elétricos, de formigamento ou de uma tensão.

Como a síndrome frequentemente interfere no sono, as pessoas que sofrem dessa condição, muito frequentemente ficam cansadas, levando à dificuldade de concentração no trabalho, depressão e outras condições médicas.

A gravidade da Síndrome Das Pernas Balançantes é determinada pela intensidade e frequência dos sintomas, pelo velocidade que eles se resolvem quando você resolve movimentar as pernas e pelo quanto os sintomas interferem com o seu sono.

As formas mais leves da síndrome das pernas balançantes podem causar sintomas somente quando a pessoa não mexe a perna por longos períodos de tempo, como durante uma viagem de carro ou de avião. Alguns pacientes com Síndrome Das Pernas Balançantes acabam balançando as pernas frequentemente durante a noite e isso pode afetar não só a pessoa com a doença, mas também quem está dormindo com ela.

Existem duas formas da Síndrome Das Pernas Balançantes, o primeiro tipo começa antes dos 45 anos e piora com a progressão da vida. Normalmente ocorrem em famílias e o segundo tipo da Síndrome Das Pernas Balançantes não parece ser hereditário e normalmente aparece depois dos 45 anos. Aparece subitamente e os sintomas ficam estáveis.

Algumas vezes a Síndrome Das Pernas Balançantes pode ser desencadeadas por medicações como antidepressivos, anti-histamínicos, antinauseantes, uma classe de medicamentos para pressão alta chamados de bloqueadores de canal de cálcio.

Em outros pacientes as condições incluem a gravidezdiabetes, a doença de Parkinson, artrite reumatóide, falta de ferro, falência renal, que podem ser responsáveis pela Síndrome Das Pernas Balançantes.

Quando a doença causadora resolve ou melhora, os sintomas da Síndrome Das Pernas Balançantes também melhoram.

A pesquisa sugere que a Síndrome Das Pernas Balançantes pode resultar do uso inapropriado de ferro no cérebro. O ferro é necessário para fazer o neurotransmissor dopamina, que é uma substância que participa ativamente do controle da movimentação.

Não existe nenhum exame para diagnosticar a Síndrome Das Pernas Balançantes. O diagnóstico é completamente clínico, feito pelo médico baseado nos sintomas relatados pelo paciente, que são a necessidade de movimentação das pernas, sensação desagradável nas pernas, sintomas que ocorrem durante a noite, quando suas pernas não estão se movendo e sintomas que diminuem quando você começa a movimentar a perna ou caminhar.

Embora não tenha nenhum tratamento específico para a Síndrome Das Pernas Balançantes os pacientes que apresentam essa doença frequentemente sentem melhora quando dormem o suficiente, quando fazem exercício físico, ao evitar o tabaco e o álcool e tomar alguma medicação indicada pelo médico.

Por que os flebologistas e os cirurgiões vasculares se interessam pela Síndrome Das Pernas Balançantes? Porque os pacientes normalmente procuram o cirurgião vascular por causa dos sintomas nas pernas e com receio de que esses sintomas sejam devido a varizes.

Como já citado, a presença dos sintomas específicos pode indicar se você tem a Síndrome Das Pernas Balançantes. Embora não existam estudos específicos, que confirmam isso, muitos cirurgiões vasculares acreditam que o uso de meias elásticas de compressão melhoram os sintomas da síndrome.

Existem pesquisas que mostram também que quem possui a doença venosa como varizes, ao tratar, melhora os sintomas da Síndrome Das Pernas Balançantes, muito provavelmente porque a doença venosa desencadeia os sintomas da Síndrome Das Pernas Balançantes.

Também existe o caso onde a doença venosa coexiste com a Síndrome Das Pernas Balançantes e o tratamento da doença venosa pode melhorar suficientemente os sintomas para que o paciente sinta um benefício mesmo que a Síndrome Das Pernas Balançantes continue ocorrendo.

De qualquer modo o uso das meias elásticas e o tratamento das veias varicosas e teleangiectasias são sugestões razoáveis para o paciente que possui a Síndrome Das Pernas Balançantes associada à doença venosa.

Autor: Prof. Dr. Alexandre Amato

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