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Radiofrequência para a coluna

A Radiofreqüência é um procedimento minimamente invasivo, realizado com sedação e anestesia local, que se tornou uma grande esperança para o tratamento da dor crônica da coluna (dor cervicaldor lombarhérnia de disco). O procedimento está indicado para pacientes que não melhoram com o tratamento clínico, pacientes que não podem ou não querem ser submetidos a cirurgias abertas (como a artrodese) e também para pacientes que já foram operados da coluna e não melhoraram.

Quando o paciente apresenta boa resposta às infiltrações da coluna, ou seja, a estrutura responsável por gerar dor no paciente foi bem identificada a partir dos bloqueios diagnósticos e terapêuticos, a radiofreqüência pode ser utilizada. Este aparelho leva a lesão de ramos nervosos responsáveis pela dor, preservando a parte do nervo que é responsável pela sensibilidade e pela força. A Radiofreqüencia Convencional funciona através do calor, causando lesão térmica nas estruturas alvo. A Radiofreqüencia Pulsada gera ondas seguidas de pausa, ou seja, a temperatura não eleva tanto quanto na convencional, e a corrente elétrica gerada modula as sinapses nervosas, acabando com a transmissão dos estímulos dolorosos.

A partir de janeiro de 2014 a utilização da Radiofreqüencia para dor lombar foi incluída no rol de procedimentos da ANS, ou seja, os convênios são obrigados a autorizar o procedimento se houver indicação para tal.

A Rizotomia facetária por radiofrequência é a lesão dos ramos mediais dorsais do nervo espinhal. Este ramo nervoso é responsável pela inervação das articulações facetárias. Estas estruturas são freqüentemente responsáveis por quadros dolorosos na coluna, lombar, torácica e cervical. Se houve boa resposta ao bloqueio lombar, o procedimento tem altas chances de ser bem sucedido, deixando o paciente livre de dor por muito tempo e até mesmo resolvendo o problema, evitando cirurgias mais agressivas da coluna.

Como é feito o procedimento?
Para procedimentos na coluna lombar, o paciente fica de bruços. Na coluna cervical, a posição pode variar de acordo com a estrutura alvo. Os parâmetros vitais ficam monitorizados por aparelhos. É realizada uma sedação com medicamentos endovenosos e anestesia no local de introdução da agulha. As agulhas são inseridas e posicionadas com precisão com auxílio do intensificador de imagens (Figura). Não existe corte. Durante o procedimento, o paciente conversa com o médico e pode relatar qualquer desconforto. O procedimento dura cerca de 45 minutos e, logo após, o paciente está liberado para ir pra casa.

Referências:
Rathmell JP. Atlas of Image-Guided Intervention in Regional Anesthesia and Pain Medicine. Lipincott Williams&Wilkins. Philadelphia 2006.
O’Connor T, Abram S. Atlas of Pain Injection Techniques. Churchill Livingstone. London 2003

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