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O que é linfedema nas pernas?

Linfedema nas pernas

Você sabia que o inchaço nas pernas pode ser um sinal de um problema de saúde muito comum, mas pouco divulgado? Estamos falando do linfedema, uma condição que pode afetar não só as pernas, mas também os braços. O acúmulo de líquido nos vasos linfáticos pode causar muito desconforto e prejudicar a qualidade de vida dos pacientes, porém, muitas vezes, a doença é confundida com outras condições, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento precoce. Neste artigo, vamos explorar o que é o linfedema, suas causas e as opções de tratamento disponíveis. Se você ou alguém que conhece sofre com inchaço nas pernas ou nos braços, continue lendo para saber mais sobre essa doença e como lidar com ela.

Sumário

O linfedema é um problema de saúde causado pelo acúmulo de líquido nas pernas e também nos membros superiores. Apesar de ser uma doença bastante comum, não é tão divulgada como deveria, o que interfere negativamente no diagnóstico e impede o tratamento precoce. Veja a seguir o que é o linfedema, suas causas e tipos de tratamento.

O que é linfedema?

linfedema, conhecido popularmente como inchaço nas pernas, é o acúmulo de líquido nos membros inferiores e também nos membros superiores, mais precisamente entre os vasos linfáticos. 

O líquido acumulado é chamado de linfa, uma mistura de proteínas, gorduras e outros componentes. Esse excesso de líquido é o que causa o inchaço nos braços e nas pernas, provocando um aumento no volume das regiões afetadas.

 

O linfedema é um problema de saúde causado pelo acúmulo de líquido e proteínas no tecido intersticial entre os vasos, nos membros superiores e inferiores. O diagnóstico é feito após descartar outras possíveis causas de inchaço, e embora não tenha cura, o tratamento visa controlar a doença através de quatro pilares: drenagem linfática manual, exercícios linfomiocinéticos, terapia de compressão e cuidados locais com a pele. O cuidado com a pele é especialmente importante para evitar feridas e infecções que possam agravar o quadro de linfedema. O vídeo traz orientações sobre como tratar e prevenir o linfedema.

Olá, sou doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do Amato Instituto de Medicina avançada. E hoje nós vamos falar sobre linfedema, linfedema que é um problema que atinge tantas pessoas e tão pouco comentado por aí. O linfedema é o acúmulo de líquidos e proteínas no interstício no tecido entre os vasos e nos tecidos nossos membros inferiores, membros superiores e inferiores. Linfedema pode ocorrem em qualquer parte do nosso corpo. Normalmente membros superiores ele está associado a um pós-operatório, ou seja, paciente faz uma cirurgia de câncer de mama e fica com linfedema depois, em membros inferiores está mais associado com a erisipela ou com as infecções de repetição. O linfedema é uma das causas de inchaço, existem várias outras que não estão associados com o linfedema, por exemplo, insuficiência cardíaca, na insuficiência venosa, o mixedema, tireoide, e várias outras. Então, para fazer o diagnóstico é preciso primeiro afastar essas outras causas para depois chegar no diagnóstico do linfedema. O linfedema não possui uma cura, mas existe o tratamento então são maneiras da gente é controlar a doença. O tratamento se baseia em quatro pilares, que se consiste na drenática manual que não tem nada a ver com essa drenagem linfática com essa massagem que é feita por aí, a drenagem linfática de verdade ela é um pouquinho diferente, é preciso encontrar um profissional adequado que saiba fazer a drenagem corretamente. Também baseia-se em exercícios linfomiocinéticos que ajudam a bombear a linfa novamente e baseia-se também em terapia de compressão então o uso de meias elásticas ou compressão inelástica também, existem várias técnicas atualmente muita tecnologia aplicada na terapia de compressão atualmente. E no Cuidado com a pele e cuidados locais então esses cuidados são muito importantes para evitar feridas, evitar porta de entrada para infecção, no caso do membro inferior evitando uma nova i linfedema erisipela e que progressivamente vai piorando cada vez mais a situação do linfedema. Então, esses quatro pilares são os principais no tratamento do linfedema. Com relação aos cuidados locais, veja o vídeo sobre orientação para pé diabético, apesar de ser para pé diabético todas as orientações valem também para quem tem linfedema. Então curta nosso vídeo, compartilhe e obrigado por nos assistir.

 

 

Quais são as causas do linfedema?

O linfedema pode ser de origem primária ou secundária. Dizemos que o linfedema é primário quando afeta o indivíduo desde o nascimento. Ou seja, existe uma má formação congênita, comprometendo os vasos linfáticos e causando o acúmulo de líquido.

Nesse caso, os sintomas do linfedema começam a aparecer antes dos 35 anos de idade e, por serem de origem congênita, surgem sem que haja qualquer intervenção no corpo.

Já o linfedema secundário surge devido a circunstâncias variadas, dentre elas:

  • Procedimentos cirúrgicos que provocam lesões na pele.
  • Processos inflamatórios e infecciosos que estimulam a produção de linfa, originando o excesso e o acúmulo.

Quando o linfedema ocorre nos membros superiores, geralmente é resultado de algum processo cirúrgico. Mulheres que passam pela cirurgia de mastectomia, para tratar o câncer de mama, por exemplo, costumam sofrer com linfedema nos braços, já que os gânglios linfáticos são retirados das axilas durante a operação cirúrgica.

Já quando o linfedema surge nos membros inferiores, a causa tem a ver com infecções de repetição e com a erisipela. 

A erisipela é uma infecção dermatológica provocada geralmente por bactérias. Essa infecção atinge a região dos vasos linfáticos provocando, além de dores, vermelhidão e ferimentos na pele, dentre outros sintomas incômodos.


Como é feito o diagnóstico do linfedema

Apesar de ser uma doença muito comum, o linfedema não é um problema amplamente estudado e, por isso, também não é facilmente diagnosticado.

Como o principal sintoma é o inchaço das pernas e dos braços, o linfedema é, muitas vezes, confundido com outras doenças que também provocam esse sintoma como a insuficiência cardíaca, a insuficiência venosa, o mixedema e os problemas de tireoide.

Portanto, para que seja feito o diagnóstico correto é necessário que o médico vascular trabalhe eliminando outras possíveis causas do inchaço, como as doenças listadas acima, para descobrir se o paciente está sofrendo, de fato, com o linfedema.


Existe tratamento para o linfedema?

Apesar de não ter cura, o linfedema tem tratamento cujo objetivo é controlar a doença e promover para o paciente uma vida com mais qualidade. O tratamento para o linfedema possui quatro pilares extremamente necessários e importantes. São eles:


Drenagem linfática manual

A drenagem linfática é uma massagem realizada por um profissional especializado, como o cirurgião vascular ou um fisioterapeuta. É um procedimento bem diferente daquele executado em clínicas de estética, o que exige muita atenção do paciente na hora de aderir a essa prática.


Exercícios que estimulam a drenagem linfática

O sistema linfático, ao contrário de outros sistemas do organismo, não possui um mecanismo de bombeamento próprio. Ele precisa ser estimulado e isso acontece por meio de pressões sobre os vasos linfáticos, presentes em todo o corpo humano.

Os exercícios funcionais são indicados para estimular a drenagem do líquido acumulado. Algumas sugestões são:

  • Respiração profunda, com estímulo dos vasos linfáticos presentes na região do tórax;
  • Contrações musculares como rotação do pescoço, da cabeça e dos ombros. Girar a cabeça em sentidos diferentes, contrair e soltar os ombros são exemplos de exercícios eficientes para estimular a musculatura.
  • Prática diária de exercícios aeróbicos como corrida, caminhada, natação, hidroginástica, ciclismo etc. 30 minutos por dia, de 3 a 5 vezes por semana são suficientes.
  • Musculação, dentro das limitações de cada um, também é uma técnica valiosa para combater o linfedema. Os treinos de força dão mais flexibilidade e exercitam a musculatura.
  • Por fim, sugerimos o alongamento que é um exercício simples, fácil de realizar e cumpre bem o papel de relaxar a musculatura.


Terapia de compressão

A terapia de compressão também faz parte do tratamento contra o linfedema e consiste no uso de meias elásticas para auxiliar a drenagem do líquido acumulado e, assim, reduzir o inchaço dos membros inferiores.

É um procedimento que deve ser indicado por um médico especialista, que também vai ofertar mais orientações a respeito.

 

O Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, fala sobre dispositivos de compressão inelástica com velcro para o tratamento de linfedema e edemas venosos. Esses dispositivos são diferentes das meias elásticas, pois não mantêm pressão constante em repouso e são mais eficazes durante a movimentação. Eles estão disponíveis para pernas, braços, coxas e pés e possuem diferentes modelos e empresas no mercado. A pressão aplicada pode ser definida com réguas ou no feeling. O uso dos dispositivos deve ser acompanhado pelo cirurgião vascular e não deve ser utilizado em pacientes com infecção ou oclusão arterial. Os dispositivos são confortáveis e fáceis de usar e podem ser retirados facilmente. Eles são mais caros que as meias elásticas comuns, mas são mais eficazes e se adaptam à medida que a perna desincha, além de conter o crescimento de novos edemas.

Sou o Dr. Alexandre Amato cirurgião vascular do Instituto Amato e hoje vou falar sobre os dispositivos de compressão inelástica com velcro. Já existem alguns nomes no mercado brasileiro que tem uma eficácia e são bem úteis no tratamento de linfedema, e edemas venosos. A utilização é bem diferente da meia elástica. Eles funcionam de uma forma diferente. Então use dispositivos de velcro, por serem inelásticos. Eles não mantêm uma pressão constante no repouso ou então eles funcionam durante a caminhada durante a movimentação. Os dispositivos são fáceis de serem utilizados e estão disponíveis para a perna, coxa, pé, braço. Cada modelo e empresa fez isso de uma maneira um pouquinho diferente. O que a gente vai mostrar como é que funciona. Alguns vêm com uma meia, um tecido pra colocar embaixo no dispositivo de velcro para proteção da pele. Então isso pode ser utilizado também. Isso é completamente elástico. Isso aqui não vai causar compressão nenhuma. Os dispositivos eles não podem ser utilizados em pacientes que estejam em vigência de uma infecção ou de uma oclusão arterial e devem ser indicados pelo cirurgião vascular. A ideia é ao adquirir um equipamento desse é trazer para o cirurgião vascular que ele vai mostrar a forma adequada de uso. A definição da pressão aplicada: alguns modelos possuem marcas que facilitam a definição da pressão com o uso de réguas. Outros modelos não têm essa esse tipo de marca. Então vai ser mais no tato ou no feeling. Mas todos têm uma boa eficácia no tratamento linfático. Então vamos lá. Esse aqui é o dispositivo de velcro da Lohmann Rauscher então ele funciona da seguinte forma A compressão é inelástica. Ele tem uma baixíssima elasticidade. Há um tecido que tem pouca elasticidade. Então como que funciona. Isso aqui existe para a perna para o braço para coxa pé. Esse modelo aqui é de perna. A gente vai prendê lo com um velcro atingindo que a compressão esperada. Pode ver que tem um velcro que vai prender nele mesmo. E tem esse outro velcro que vai puxar do outro lado, o velcro total está no lado contra lateral vai puxar aqui. Aqui é um invertido esse pequenininho para prender no de baixo. E esse grande para prender no de cima o velcro pequenininho para prender no de baixo. A gente traciona é o grande para prender no de cima é aqui também o pequenininho para prender no de baixo e grande para prender no de cima. Dessa forma a gente tem uma compressão inelástica. Não pode ficar doendo. Isso é muito importante. Tem que ficar na compressão adequada que o seu cirurgião vascular vai indicar qual o que é. Mas o que serve pra todo mundo é que: não tem que machucar. Isso aqui tem que ser confortável. Ele funciona durante a movimentação. Se você coloca uma compressão inlástica e fica parado ela não vai ter efetividade no aumento do retorno venoso. Mas quando a gente coloca uma compressão inelástica e faz a movimentação diárea. A tendência é diminuindo o edema. Para retirar é simples só soltar o velcro. É ta aqui fácil de ser colocado e retirado. Esse aqui é outro modelo de compressão elástica. Esse aqui é da empresa MEDI. O Circaid, ele também é um dispositivo de velcro. O princípio parecido é um tecido um pouco elástico. Então ele vai ter uma compressão parcialmente elástica parcialmente inelástica. Ele vem junto com esse outro tecido aqui, que serve para aumentar a compressão no pé. Então funciona da seguinte maneira. Vai vestir assim. A parte menor fica para baixo. Também tem modelo para perna, braço, coxa. E a gente vai prender aqui de forma semelhante. Então a gente vai puxar o de baixo. Puxa de cima. Puxa de baixo. Esse modelo, ele vem com essas marquinhas, essas mariquinhas a gente consegue usar uma régua que vem junto com o kit também. E a gente vai medir a quantidade de pressão que a gente tá aplicando. Então coloca aqui coloca, que coloca aqui, e coloca aqui e coloca aqui. Pode até arrumar isso aqui fazendo uma segunda passada, pra não ficar incomodando essas dobrinhas lembrando sempre de verificar com a régua que vem no kit, a pressão que está sendo aplicada mediante a medida desses dois pontinhos aqui em todas as tiras então esse outra modelo de compressão inelástica. E pra tirar, é bem fácil, só soltar o velcro novamente. Não pode usar em uma perna com infecção, não pode usar numa perna com insuficiência arterial. Concluindo os dispositivos de velcro são uma ferramenta bem útil no tratamento dos edemas. Deve ser acompanhado pelo cirurgião vascular. Não é o tratamento para todo mundo. Então, por favor, converse com seu cirurgião vascular para avaliar a possibilidade no seu caso não saia usando por automedicação. Eles são dispositivos um pouquinho mais caros do que meia elástica comum mas a forma de uso até o tempo de uso é maior. Então a utilidade é diferente. Então a ideia que ele vai se adaptando à medida que é a perna vai desinchando, enquanto uma meia elástica não é capaz de ter essa adaptação. Além de ela não conter o novo inchaço, então os dispositivos inelásticos eles vão diminuindo a sua circunferência e contém o crescimento de novos edemas. Gostou do nosso vídeo? Compartilhe! Inscreva-se no nosso canal. Clica no Sininho pra receber as notificações e até o próximo.

Cuidados locais com a pele

Os cuidados com a pele são os mesmos sugeridos para o pé diabético. O objetivo é evitar que os membros inferiores sofram qualquer tipo de ferimento que possa favorecer uma infecção, provocando ou piorando a situação de um linfedema. As orientações são:

  • Examinar os pés em busca de pequenas lesões que possam crescer e causar ferimentos mais graves.
  • Lavar os pés e secar bem, especialmente entre os dedos.
  • Seguir um tratamento com um médico especialista como o cirurgião vascular ou o endocrinologista. Ambos são profissionais habilitados a lidar com esse tipo de problema.
  • Usar talcos e meias especiais para evitar infecção provocada por desenvolvimento de fungos e bactérias.
  • Usar sapatos confortáveis, sem costura interna, que não machuquem os pés.
  • Antes de calçar um sapato verificar se existe algum objeto que possa causar algum machucado ou ferimento nos pés.
  • Evitar andar descalço e assim reduzir o risco de ferimentos.
  • Evitar sandália de dedo que também pode machucar a pele. Optar por calçados próprios para pés sensíveis e diabéticos.
  • Redobrar o cuidado na hora de cortar as unhas e remover calos, evitando qualquer produto ou objeto que possa provocar ferimentos ou irritações graves na pele.
  • Largar o cigarro. O tabagismo é um fator de risco para o linfedema. Logo, é um hábito que deve ser eliminado o quanto antes pelo paciente que sofre com o inchaço nas pernas.

Como vimos, o linfedema é uma doença crônica que se caracteriza pelo acúmulo de líquido em diferentes áreas do corpo, especialmente nas pernas e nos braços. Apesar de não ter cura, o linfedema tem tratamento que consiste basicamente em sessões de drenagem linfática, uso de meias de compressão, fazer exercícios que estimulam a drenagem e ter cuidados com os pés. Para diagnóstico e tratamento corretos, busque sempre um médico especialista no assunto.


Diferença entre o Linfedema e o Lipedema

O Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, explica as diferenças entre o Lipedema e o Linfedema, que são frequentemente confundidos. O Linfedema é o acúmulo de líquido intersticial rico em proteínas, formando um inchaço assimétrico que pode ser primário ou secundário a uma infecção ou dano linfático. Já o Lipedema é a deposição de gordura doente em membros inferiores, podendo também afetar os pés, e é simétrico. Ambos podem andar juntos e a inflamação do Lipedema pode lentificar o sistema linfático, assim como o sistema linfático inflamado pode piorar o Lipedema. O Linfedema não causa dor, exceto se houver inflamação associada, enquanto a dor é um sintoma inflamatório do Lipedema. A depressão na pele é um marcador de edema e mais evidente no Linfedema do que no Lipedema, que pode causar dor ao apertar a pele.

Olá! Sou o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato e hoje vou falar sobre as diferenças entre o Lipedema e o Linfedema. Apesar dos nomes serem bem parecidos são coisas diferentes, mas que também podem andar juntas e isso pode confundir muitas pessoas. Quando alguém fala sobre Linfedema, está falando sobre a linfa que é um líquido, um fluido intersticial, rico em proteína que fica fora das células e essa quantidade de líquido que vai aumentando, formando o Linfedema. E quando a gente está falando de Lipedema, a gente está falando da deposição de gordura, uma gordura doente em membros inferiores, associado a um problema linfático, principalmente nas suas fases mais avançadas que é o estágio 4, lipo-linfedema. Mas já nos estágios iniciais, aquela inflamação do Lipedema pode lentificar o sistema o sistema linfático. Além de o sistema linfático inflamado também poder piorar o Lipedema, então pode entrar nesse ciclo vicioso. Então são coisas diferentes, mas que podem andar juntas. E como é muito frequentemente confundido, eu tenho que falar aqui as diferenças, porque é muito frequente uma mulher falar “Ah, eu tenho Lipedema” para o médico, então o médico vai corrigir “Ah, não! Você deve estar falando Linfedema”. São coisas completamente diferentes, a gente tem que entender isso. Então em primeiro lugar, o Linfedema, ele costuma ser assimétrico, ou seja, uma perna vai ser maior do que a outra. Eu vou usar aqui os exemplos de membro inferior, embora também possa ocorrer em membro superior, mas essa assimetria é porque o sistema linfático vai estar doente em uma perna só, o Linfedema pode ser primário ou secundário, então o primário, a pessoa nasce com isso, um dano linfático já de nascença, até pode ser bilateral, mas é menos frequente. O secundário, o secundário é uma infecção, uma erisipela, uma linfangite, normalmente acontece de um lado só, uma filariose. Isso vai acabar levando a uma assimetria, então uma perna vai crescer mais do que a outra No Linfedema, esse líquido acumulado, ele vai também fazer uma progressão de uma inflamação naquela região, a pele vai ficar mais endurecida, vai ficar esclerótico, vai ter uma dermatofibrose e vai ter uma consistência da pele diferente. Enquanto isso no Lipedema, o Lipedema, ele costuma ser simétrico, não perfeitamente simétrico, mais simétrico, mais do que o Linfedema pelo menos, onde o lado direito vai estar tão acometido quanto o lado esquerdo. É uma situação onde ocorre uma deposição de gordura e não o líquido fora do interstício, não é líquido fora das células, muito embora não Lipedema tem aquela sensação de que você está retendo líquido, é mais uma sensação do que o líquido e qual seria do Linfedema, por exemplo. A pele do Lipedema é mais macia e não necessariamente mais endurecida. No Linfedema ocorre um acometimento dos pés, então os pés, quando está falando de membro superior também as mãos, então há um represamento desse líquido linfático, essa linfa não consegue retornar para a circulação e acaba represando e represa em todo o membro a partir daquele ponto onde teve obstrução. Então os pés vão ser acometidos também, isso fica evidente nos pés com ele faz um sinal que é tentar pegar a pele do dorso do pé. Então isso no Linfedema não é possível, no Lipedema é possível porque o Lipedema, ele poupa os pés. Como é o problema é a deposição da gordura e não necessariamente no início. Essa restrição do retorno linfático, os pés são poupados. Agora no Lipedema mais avançado, no estágio 4, onde tenho lipo-linfedema, ocorre também ao acometimento dos pés. Agora uma diferença essencial quando tem é fácil identificar, que é a presença ou não de dor, o Linfedema, ele não dói, Linfedema é completamente indolor. O Linfedema, ele só vai doer se tiver alguma outra situação associada, ele pode ter uma linfangite, uma inflamação do linfático, pode ter uma infecção, pode ser uma erisipela, pode ser uma celulite infecciosa e tudo isso pode acabar desencadeando dor no sistema linfático, mas o Linfedema por si só, não dói, não tem como doer. Agora o Lipedema, uma das características principais do Lipedema é a dor que é um sintoma inflamatório do Lipedema. A questão é que nem todas as mulheres que têm Lipedema estão numa fase dolorosa ou estão numa fase inflamatória. Então elas podem ter menos dor, menos sensibilidade ao toque em algumas fases. Agora se tem dor e tem essa deposição de gordura, esse aumento de membro bilateral está muito mais para uma Lipedema, do que para um Linfedema. Agora uma outra diferença é sobre a depressão na pele, então quando a gente aperta a pele contra uma tuberosidade ossea, contra o osso e faz um pouquinho de pressão, a concavidade, não o fato de ficar branquinho, a concavidade é um marcador de edema. Então no Linfedema vai haver esse sinal, vai ficar marcado num grau um pouquinho maior, principalmente nas fases iniciais do Linfedema, onde não tem grandes alterações de pele, porque nas fases mais finais do Linfedema, quando já tem aquele endurecimento de pele, esse sinal já não vai ficar tão evidente. Agora no Lipedema, essa marcação da pele e essa depressão da pele quando a gente aperta, ela é muito discreta, ela pode até ocorrer, mas ela está longe de ser evidente como no Linfedema. Além do que quando faz esse apertadinha normalmente no Lipedema, costuma doer. Então essas são as diferenças principais entre o Lipedema e o Linfedema. Duas doenças diferentes que podem andar juntas. Gostou desse vídeo? 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Prof. Dr. Alexandre Amato

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