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Escleroterapia: aplicação de vasinhos

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Você sabia que a escleroterapia é um tratamento eficaz e não cirúrgico para eliminar “vasinhos” nas pernas? Em nosso artigo, explicamos como funciona esse procedimento, que consiste na aplicação de medicamentos esclerosantes nas veias doentes, obstruindo o fluxo sanguíneo e melhorando o aspecto estético das pernas. No entanto, é importante destacar que os “vasinhos” podem indicar a presença de doença venosa, e, em alguns casos, o tratamento das veias nutridoras é necessário. Além disso, cada técnica de escleroterapia tem suas vantagens e desvantagens, e é importante que o cirurgião vascular indique a melhor opção para cada paciente. Confira todas as informações sobre esse tratamento em nosso artigo.

Sumário

A escleroterapia, também chamada de “aplicação” ou até mesmo de  “queimar vasinhos” é um procedimento médico (pergunte sempre sobre a formação de quem está realizando o procedimento) realizado para o tratamento de vasos sanguineos dilatados ou mal formações, ou seja varizes nos mais diversos tamanhos. Na maior parte dos casos o paciente tem o objetivo estético, porém é utilizado como tratamento da doença venosa.

Um liquidoespumalaser ou termocoagulador é utilizado como esclerosante, injetado ou aplicado sobre a veia, causando uma alteração nas células do vaso fechando-o. Quando o liquido ou espuma continua na circulação e atinge vasos maiores é diluido pelo sangue e perde seu efeito. O laser funciona apenas em um comprimento de onda, ou seja, ele possui um alvo, no caso a hemoglobina das células vermelhas. Ao atingir a hemoglogina, aumenta a temperatura local, a ponto de ebulição, fechando o vaso por causa do calor.

O vídeo apresentado pelo professor doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, aborda a escleroterapia como uma parte do tratamento de varizes, que consiste em endurecer e fazer desaparecer as veias afetadas. Existem diversas técnicas, como injeções de substâncias líquidas, laser, espuma, radiofrequência e radioablação, que podem ser utilizadas de forma combinada para obter resultados mais eficazes. É importante destacar que a escleroterapia faz parte de um contexto maior no tratamento de varizes e deve ser realizada após o tratamento da doença em si. A associação do laser com a escleroterapia com glicose tem se mostrado eficiente, com baixo risco de complicações e maior resolutividade. As outras técnicas, como a espuma, glicose, radiofrequência, entre outras, também são amplamente utilizadas no tratamento dos vasinhos.

Eu sou professor doutor Alexandre Amato, eu sou cirurgia vascular do Instituto Amato. E hoje nosso tema é, escleroterapia. A escleroterapia é uma parte do projeto de tratamento de varizes, significa o endurecimento e o tratamento que faz desaparecer as veias. Existem várias técnicas de escleroterapia, desde injeção de substancias liquidas que promovem uma trombose no local e consequentemente a fibrose e desaparecimento dessa veia, como outras técnicas como o laser, a espuma, a radiofrequência, a radioablação, normalmente a associação dessas técnicas apresentam resultados melhores, cada técnica é adequada para cada tipo de veia. Obviamente tendo a doença das varizes elas devem ser tratadas antes de se pensar na parte estética então a escleroterapia faz parte de um contexto maior sendo uma das ferramentas dentro do tratamento de varizes. Ultimamente a associação do laser com a escleroterapia com glicose tem mostrado bons resultados, por que? Nós utilizamos duas técnicas com baixo nível de complicação e essas técnicas associadas promovem um aumento na resolutividade então com menores riscos. Obviamente, as outras técnicas a espuma, a glicose unicamente, a radiofrequência e outros continuam tendo grande aplicação dentro do contexto do tratamento dos vasinhos.

Como é feita a escleroterapia?


É um tratamento sem necessidade de cirurgia, e, portanto, feito em consultório. Mas, muitas vezes, a existência dos “vasinhos” indica a presença de doença venosa, e, nesses casos o tratamento das veias nutrícias se faz necessário. Os “vasinhos” são tratados com a aplicação de medicamentos esclerosantes nas veias alteradas, obstruindo o fluxo sanguineo. Essas veias doentes não são necessárias para a circulação e o sangue busca veias mais saudáveis para percorrer. Ao obstruir os vasinhos vermelhos, o aspecto estético das pernas melhora ao melhorar o fluxo sanguineo.
A escleroterapia será eficaz e não deve ser feita quando os vasinhos estão conectados as veias varicosas, suas nutridoras. Nesses casos, a microcirurgia deve ser indicada. O especialista capaz de identificar o problema e indicar o melhor tratamento é o cirurgião vascular.

O tratamento é doloroso?

Geralmente a dor é pequena ou ausente, com boa tolerância dos pacientes e minimizada com uso da termoanestesia, ou seja, diminuição da temperatura da pele.

Qual técnica de escleroterapia devo escolher?

A escleroterapia pode ser realizada com injeções, termocoagulação e laser. A escleroterapia quimica, conhecida como “aplicação” utiliza um líquido concentrado, o esclerosante que é injetado por microagulhas dentro dos vasinhos. O líquido mais utilizado é a glicose por sua segurança e eficácia. A glicose pode ser aplicada congelada, próximo de 30 graus negativos com efeitos benéficos. Nessa temperatura sua viscosidade aumenta, a dor diminui e a eficácia aumenta, essa técnica é chamada de crioescleroterapia. Na escleroterapia com espuma injeta-se, o polidocanol, substância esclerosante que já foi estudada como anestésico, em forma de espuma. A espuma apresenta densidade menor, mantém contato com a parede do vaso por mais tempo, empurrando o sangue, sendo mais eficaz em vasos maiores. A escleroterapia com laser elimina os vasinhos pela ação física da luz e calor nas teleangiectasias. Cada técnica tem sua indicação e o cirurgião vascular é o especialista recomendado para escolher o melhor tratamento. As vantagens e desvantagens de cada técnica devem sempre ser consideradas, sabendo que não existe técnica perfeita, e sim, a melhor técnica para cada diferente vaso.

Qual o tempo de recuperação e os cuidados?

Após as sessões de escleroterapia pode-se ter vida normal, podendo voltar ao trabalho na mesma hora.
É muito importante que o paciente siga as orientações de pós escleroterapia do especialista, que podem variar de acordo com a técnica utilizada e calibre de veia tratada. O cirurgião vascular irá lhe dizer quando você pode retornar as atividades físicas, período sem tomar sol, uso de meias elásticas, cremes ou remédios necessários.

Vasinhos voltam?

A recidiva pode ocorrer, pois tratamos a consequencia, e não a causa da doença. A genética é muito forte, e outros fatores de risco, quando não removidos podem continuar afetando a paciente. Quando completa e corretamente tratada é normal a recidiva parcial em 1-3 anos, variando com o paciente e sua doença.

E os vasinhos do rosto e de outras partes?

As causas podem ser outras, porém o tratamento é semelhante. No rosto, o tratamento com laser ou termocoagulação é o mais eficaz.

Quantas sessões são necessárias?

Em primeiro lugar, cada paciente é diferente, e deve ser avaliada pelo cirurgião vascular. Muito cuidado ao contratar pacotes sem ser avaliada, e muito menos ser tratada sem avaliação de um médico. É um procedimento invasivo e que potencialmente pode causar complicações, principalmente quando realizado por quem tem as titulações necessárias.

O número de sessões varia muito entre os pacientes. Impossível precisar, dependendo da quantidade de vasos, expectativa de melhora, resposta ao tratamento, tolerância à dor, assiduidade e adesão às orientações pós escleroterapia. Alguns vasos desaparecem, outros diminuem e outros não respondem. Por isso é necessário novas sessões. Os intervalos entre as sessões devem ser em média de 15 dias.

Efeitos colaterais esperados:

Ardência, coceira leve no local durando 12-24hs, pequenos hematomas por 3-15 dias, pequenas crostas

Efeitos colaterais indesejáveis:

Alergias, coágulos nos pequenos vasos (que devem ser puncionados), hiperpigmentação local (rara), ulceração (rara)

 

O vídeo é apresentado pelo Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, e ele responde a pergunta comum nas mídias sociais sobre o custo de uma sessão de aplicação de vasinhos. Ele explica que a resposta não é tão simples quanto um preço fixo, pois há muitos fatores a serem considerados, como a definição de uma sessão de escleroterapia. Alguns médicos cobram pelo tempo realizado, número de veias tratadas ou ampolas de medicamento aplicado, tornando difícil a padronização do que é uma sessão.

O Dr. Amato enfatiza que é importante procurar um cirurgião vascular para o tratamento, pois muitas vezes há uma doença subjacente que precisa ser tratada antes de se preocupar com a aparência dos vasinhos. Ele compara isso com uma parede que precisa de reparo no encanamento antes de pintar a parede para que o mofo não retorne. O tratamento deve ser avaliado pelo médico, e exames complementares como o eco Doppler podem ser necessários.

O Dr. Amato também menciona que ele usa um laser para contabilizar o número de disparos necessários para atingir uma melhora de 70 a 80% em três sessões. O número de disparos necessários varia de paciente para paciente e influencia diretamente no valor do procedimento.

Sua dica para quem procura um tratamento de vasinhos é se certificar de que o médico é um cirurgião vascular, perguntar o que é uma sessão e entender tudo o que está envolvido no procedimento médico. Ele enfatiza que o valor mais barato pode não ser o melhor, e é importante conversar com seu cirurgião vascular para entender o que é necessário para alcançar o resultado desejado.

Olá sou doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, e hoje eu vou responder uma pergunta que é muito frequente nas mídias sociais que é: quanto custa uma sessão de aplicação dos vasinhos? E parece que é uma resposta fácil só responder x reais. Mas não é tão simples assim. Principalmente porque quem está fazendo essa pergunta não entende ou pelo menos não está levando em consideração todos os fatores que estão em volta dessa pergunta. Você está buscando simplesmente o valor mais barato. Possivelmente alguém vai responder com algum valor. E aí quando chegar na hora de fazer o tratamento vai perceber que não era bem o que estava esperando. E eu quero falar exatamente então sobre todos esses fatores que estão em volta do valor de uma sessão. A primeira pergunta é: o que é uma sessão de escleroterapia? O que é uma sessão de escleroterapia passa pela sua cabeça pode não ser exatamente o que passa pela minha ou o que passa por alguém que esteja do seu lado ou mesmo por outro médico, porque não existe em nenhum lugar uma padronização do que é uma sessão de escleroterapia. Eu já vejo colegas que cobram pelo tempo realizado: então cinco minutos, 10 minutos, 15 minutos. Já vi quem realiza por número de veias tratadas então vai contar quantos furinhos foram realizados. Eu já vi quem faz por número de ampolas. De medicamento aplicado, então que pode ser uma ampola de 2 ml, 3 ml, 5 ml. A gente começa a ver que não é tão simples assim definir o que é uma sessão. Na hora que a gente pega então uma sessão por tempo. Vamos supor que alguém vendeu uma sessão de 10 minutos e nesse meio tempo tocou o telefone ele teve que atender. Ele para o cronômetro e depois ele recomeça. Ou você vai cobrar o tempo do telefone? são variáveis muito subjetivas e difíceis de controlar. De uma forma mais justa para todos os lados, né. Pode passar pela sua cabeça então porque que a gente não faz um pacote fechado?. Vamos fechar um preço para o tratamento até o fim. Para ficar. Excelente. Porque o excelente para uma pessoa pode não ser excelente para outra pessoa. Então tem gente que vai ver os micro vasinhos que eu preciso colocar uma lupa para encontrar. Tem gente que teve uma melhora a grosso modo já vai ficar feliz então, o perfeito para um, pode não ser perfeito para o outro. Então os fins não podem ser considerados como um bom critério de avaliação. E tem um outro aspecto. Outro aspecto de doença que é muito muito muito importante que tem que ser falado aqui. É muito, mais muito frequente, encontrar pessoas que estão buscando tratamento, uma sessão de aplicação, e na verdade tem uma doença por trás que precisa ser tratada. Então essa doença se não tratada de nada adianta porque não vai trazer um benefício estético. Então vou fazer uma analogia imagina uma parede tem um encanamento. Esse encanamento está vazando vai causar um mofo nessa parede. Então pintar a parede seria fazer a aplicação, a escleroterapia. A gente vai lá fazer um tratamento estético nessa parede/ nessa perna só que o encanamento continua vazando atrás. O que vai acontecer? Em pouco tempo, mais mofo vai aparecer. De forma que se eu não tratar o encanamento por trás, eu não vou ter um resultado estético. Pode ser feito a pintura na parede? Pode. Mas vai ser dinheiro jogado fora. Exatamente por isso é importante que o tratamento seja realizado por um cirurgião vascular. Eu vejo hoje em dia que existem vários outros profissionais que nem médicos são, que se arriscam a fazer um tratamento estético dos vasinhos. Pintar a parede. Fazer um tratamento estético superficial, pode ser tecnicamente fácil, mas tem que identificar uma doença por trás, para ter um resultado adequado. Se você não fizer isso, você pode ter complicações graves, como manchas, como matting que é muito difícil de tratar depois, ou mesmo até como eu vi recentemente trombose realizada por um tratamento inadequado numa perna onde havia doença varicosa por trás. Então, por isso é necessário fazer uma avaliação médica. Em sua avaliação nada mais é do que uma consulta. Que pode ou não ser necessário exames complementares como um eco Doppler. Existem sim alguns casos onde é evidente que dá para ser feito somente a aplicação mas isso tem que ser avaliado pelo cirurgião vascular. Se não, é possivel que o tratamento não seja o mais adequado. Falado tudo isso. Todas as variáveis que estão em volta. Eu costumo fazer o tratamento com um laser, onde a gente faz a contagem do número de disparos do laser. Então, a gente consegue fazer uma estimativa depois da primeira avaliação de quantos disparos serão necessários para atingir uma melhora em torno de 70 a 80 % que é onde as pessoas tenham o melhor/ sentem-se felizes com o resultado. Óbvio, alguém pode querer chegar a 100% ou alguém pode ficar feliz com 30% mas atingindo aí uma média em 70/80% de melhora. As pessoas já ficam felizes. Então com um laser a gente consegue contabilizar exatamente o número de disparos, então não há falha no tempo, não há falha quantidade de ampolas, e número de disparos do laser. É um número bem objetivo, fácil de quantificar e acompanhar. A gente tenta distribuir esses disparos em três sessões. Podem ser necessárias mais sessões. Eu não tenho como garantir que em três sessões a gente vai resolver todos os casos. Não tem como. Alguns casos precisam de mais. Assim como outros podem precisar de menos. Mas, a gente tenta contabilizar de forma que esses disparos atinjam o ápice e o melhor resultado possível em três sessões. Então isso é realizado em uma sessão, então com o número de disparos espera três semanas, faz outra sessão, espera 3 semanas faz outra sessão. Então, é uma maneira bem fácil de contabilizar só que vai depender do número de disparos. Quantos disparos a sua perna precisa? vai variar… Pode ser uma veinha só e a gente resolver com 50 disparos. Como podem ser muitas veias e ser necessário até 1000/ 1200 disparos por sessão. E isso vai influenciar diretamente no valor do procedimento. A minha dica aqui é: ao perguntar para qualquer vascular, não precisa ser para mim, para qualquer um. Cirurgião vascular, primeiro, é o indicado para fazer o tratamento. Se for fazer com outro profissional pergunte antes, não pergunte depois que nem um paciente que eu conheci… Depois que terminou o procedimento perguntou: “ahh você é médico? Não sou” E teve complicação. Então tomar cuidado com isso. Depois a complicação vai ter que passar no médico para resolver. Não estou falando que o médico não vai ter complicação, pode ter. Mas a gente está habilitado para cuidar dessas complicações que porventura possam acontecer. Então, primeiro, certifique-se de quem vai fazer o procedimento é médico, de preferência cirurgião vascular, que está habilitado para fazer o tratamento não só das doenças que estejam por trás dos vasinhos como também das possíveis complicações. E ao perguntar o valor de uma sessão, pergunte o que é uma sessão. Defina uma sessão. Porque às vezes a sessão mais barata que você encontra por aí é uma sessão de cinco minutos, ou é uma sessão com uma ampola de 1 ml, e pode ser muito menos do que você está precisando, e aquela sessãozinha barata pode se tornar 30/40 sessões sem resultado nenhum. Então, converse com seu cirurgião vascular. Entenda tudo o que está em volta desse procedimento médico e se curtiu o nosso vídeo, assine nosso canal! 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Fonte: Amato, ACM. Escleroterapia com espuma para úlcera venosa. In book: Procedimentos Médicos: Técnica e Tática, Edition: 2, Chapter: 29, Publisher: Grupo Gen, Editors: Alexandre Campos Moraes Amato, pp.153-156

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