Ter uma gravidez após a laqueadura pode ser o desejo de algumas mulheres, principalmente aquelas que fizeram o procedimento muito novas e que acabaram se arrependendo.
Mas, será que é possível engravidar após a laqueadura?
É possível reverter o procedimento de laqueadura?
Nesse artigo vou responder essas e as principais dúvidas sobre gravidez após laqueadura. Confira abaixo.
Gravidez após laqueadura.
A laqueadura é um processo de esterilização feminina considerada definitiva, no entanto, existe a possibilidade de fazer a reversão.
Porém, não é garantido que a gravidez venha a acontecer.
Além disso, mesmo que aconteça, costuma demorar um tempo para a mulher engravidar.
Outra forma de engravidar após a laqueadura é com a fertilização in vitro ou fiv.
Se você é laqueada, se arrependeu e está desejando engravidar, veja abaixo mais informações sobre essas duas formas de engravidar após laqueadura.
Cirurgia de reversão da laqueadura.
Na reversão da laqueadura, a cicatriz existente é removida e as trompas são reconectadas.
Porém, alguns fatores são essenciais para definir se será possível fazer a reversão, além disso, para se ter sucesso na reversão.
Por exemplo, o local do corte na trompa e o tamanho que restou da trompa depois do procedimento de laqueadura.
A taxa de sucesso cirúrgica da reversão é de 70% quando as condições são ideais.
Porém, o tempo para avaliar se essa reversão teve sucesso é de em média seis meses a um ano.
Nem sempre a mulher escolhe fazer a reversão. Afinal não tem 100% de certeza se irá funcionar e poderá de fato engravidar, tem também o risco de uma gravidez nas trompas, que passa a ser maior depois de religar as trompas.
A gravidez tubária é mais frequente depois da reversão da ligadura. Assim, é crucial que seja feito um diagnóstico precoce, já que a ruptura tubária e hemorragia interna podem levar a morte da mãe.
Mas, mesmo a cirurgia de reversão sendo um método nem sempre eficiente, a mulher não deve perder as esperanças de ser mãe novamente. Afinal, existe outra forma de ter uma gravidez após a laqueadura sem precisar passar pelo processo de reversão.
Fertilização in vitro.
A fertilização in vitro ou fiv pode ajudar a mulher laqueada a realizar o sonho de ser mãe novamente.
Além de ser um procedimento mais seguro para mulher, é o mais recomendado para mulheres que possuem baixa reserva ovular ou problemas de ovulação.
Através da técnica de fertilização in vitro os óvulos são coletados diretamente do ovário da mulher, depois é feita a fertilização desses óvulos com sêmen no laboratório.
O processo da fiv, é feito desde a fertilização até o desenvolvimento dos embriões.
Portanto, antes de serem transferidos para o útero da mãe, os embriões são cultivados em meio de cultura e dentro de uma incubadora a 37 °C por 5 dias.
São cinco as etapas da fertilização in vitro. São elas:
- Estimulação dos ovários.
Através de medicamentos hormonais é feita a estimulação dos ovários.
- Coleta dos óvulos liberados.
A segunda etapa consiste em coletar os óvulos que já cresceram e se desenvolveram.
- Fertilização dos óvulos.
Nessa etapa é feita a separação e preparação dos óvulos, em seguida são colocados em uma placa de cultura para serem fertilizados com os espermatozoides.
- Crescimento dos embriões.
Na quarta etapa os pré-embriões ficam em desenvolvimento, por um tempo médio de três a cinco dias.
- Implantação dos embriões no útero.
Para finalizar, é na quinta etapa que os embriões são transferidos para o útero da mãe.
O tempo do processo da fertilização in vitro depende de cada caso.
Geralmente, o processo tem a duração média de 15 a 30 dias.
A taxa de sucesso da fertilização in vitro, assim como outros métodos para engravidar, depende da idade da mãe, qualidade ovariana e qualidade do sêmen.
A taxa de sucesso da fiv é em média de 45%, sendo maior que os outros métodos.
A gravidez sem interferência de nenhum método fica entre 15 e 17%, já a inseminação artificial tem taxa de sucesso de em média 20%.
Portanto, a fertilização in vitro não é só um método mais seguro para quem deseja ter uma gravidez após a laqueadura, é também o método com maior taxa de sucesso.
No entanto, o paciente deve definir o melhor método com o seu médico responsável, que está apto a analisar cada caso individualmente.
Dra. Juliana Amato