O HPV é uma infecção que pode afetar tanto homens quanto mulheres e pode causar lesões genitais de alto risco, como câncer de colo do útero e do pênis. Além disso, o HPV é facilmente transmissível por meio de relações sexuais, objetos contaminados e até mesmo pela mãe para o feto. É importante esclarecer todas as dúvidas sobre o HPV, desde a transmissão até as recomendações para prevenir e tratar a infecção. Neste artigo, abordaremos todos esses aspectos e muito mais.
Sumário
O HPV é um grupo de vírus que engloba mais de cem tipos diferentes e pode causar verrugas na pele, bem como lesões nas regiões oral, anal, genital e da uretra. As lesões genitais, em particular, podem ser de alto risco e precursoras de cânceres como de colo do útero e do pênis. Por isso, é importante esclarecer todas as dúvidas sobre essa doença.
Transmissão do HPV
O HPV é transmitido principalmente por meio de relações sexuais, no entanto, também pode ocorrer transmissão vertical (da mãe para o feto), por saliva, autoinfecção e infecção por meio de objetos contaminados com HPV que tenham causado perfuração ou corte na pele.
Como é feito o diagnóstico do HPV?
A detecção das lesões do HPV é mais fácil nos órgãos sexuais masculinos devido às suas características anatômicas. Por outro lado, nas mulheres, essas lesões podem se espalhar por todo o trato genital e atingir o colo do útero, tornando-as difíceis de diagnosticar. Em geral, o diagnóstico é feito por meio de exames especializados, como o papanicolau (utilizado no controle ginecológico de rotina), a colposcopia e outros mais avançados, como a hibridização in situ, a PCR (reação em cadeia da polimerase) e a captura híbrida.
Sintomas do HPV
A infecção pelo HPV pode não apresentar sintomas ou causar verrugas que se assemelham a pequenas couves-flores na pele e mucosas. Se as alterações forem leves, só poderão ser detectadas por exames específicos. No entanto, se forem graves, as células infectadas podem se multiplicar sem controle, invadir os tecidos próximos e levar a tumores malignos, como o câncer do colo do útero e do pênis. O HPV pode ser eliminado sem sintomas, mas é necessário tratamento após o diagnóstico, que pode ser feito com medicamentos ou procedimentos cirúrgicos, como cauterização química, eletrocauterização, crioterapia, laser ou cirurgia convencional em casos de câncer.
Recomendações para o HPV
Para evitar o HPV, é importante usar preservativos durante a relação sexual e ter uma vida sexual saudável, com um número limitado de parceiros. Além disso, é necessário informar o parceiro se o resultado do exame para HPV for positivo e buscar tratamento para ambos. É importante lembrar que o HPV também pode ser transmitido durante o sexo oral.
Para quem já foi diagnosticado com HPV, é fundamental consultar regularmente o ginecologista e fazer os exames prescritos para um diagnóstico e tratamento precoce. Mulheres grávidas portadoras do HPV com lesões genitais em atividade podem não ser indicadas para parto normal.
O vídeo aborda o tema do HPV, um vírus que é transmitido através do contato sexual e pode causar lesões genitais de alto risco, como o câncer de colo do útero e do pênis. Foram desenvolvidas vacinas para prevenção do HPV, e é recomendado que mulheres realizem exames ginecológicos anualmente para diagnosticar possíveis lesões causadas pelo vírus. Além disso, o vídeo enfatiza a importância de um acompanhamento médico para o tratamento, que pode ser feito com laser ou cauterização, e a impossibilidade de saber a origem da infecção pelo vírus.
Olá! Hoje nós vamos tirar algumas dúvidas sobre o HPV. O que toda mulher precisa saber sobre o temido HPV? Ele é um vírus que acomete as mulheres e os homens. Ele é um vírus que é passado só por via sexual e ele pode causar, em mulheres, câncer de colo de útero. O HPV é o papiloma vírus humano e ele surgiu há alguns anos. Como a transmissibilidade dele é muito fácil por via sexual, acometeu muitas meninas e idades entre 15 e 30 anos. Foi desenvolvido uma duas vacinas contra o HPV e essas vacinas foram incluídas no calendário vacinal. Então, todas as meninas a partir dos 12 anos e todos os meninos a partir dos 13 anos eles são vacinados contra o HPV.
E com os sintomas desse vírus, na menina, pode não ter sintomas nenhum. Quando ela vai para um exame ginecológico, o médico pode observar uma ferida em colo de útero e aí ele vai pedir um exame específico para diagnosticar se é uma lesão causada pelo HPV, que é uma biópsia. É retirar um pedacinho daquele colo de útero, bem pequenininho, e levar para análise. Se ele for causado pelo HPV, tem tratamento. Algumas mulheres elas podem apresentar também algumas verrugas em região vaginal e região de pequenos lábios e procurar o ginecologista por essa razão. Essas lesões também são causadas pelo vírus papiloma humano, porém é de um subtipo diferente do que causa câncer de colo de útero.
A mulher ela pode ter os dois tipos, tanto de câncer de colo de útero quanto o que pode desenvolver o condiloma acuminado, que a gente chama. Ou ela pode desenvolver só o que causa algumas dessas lesões separadamente. Quanto aos subtipos de HPV, a gente tem inúmeros subtipos de HPV, sendo que alguns causam câncer de colo de útero e outros só causam essa lesão vaginal.
E o tratamento, como ele é realizado? Pode ser através de laser ou pode ser através de cauterização, dependendo da região atingida, se ela é de grande extensão ou não. Deve ser feito um acompanhamento a cada 6 meses quando é feito o diagnóstico. Depois de dois anos, se ela não apresenta esse vírus mais positivo no seu Papanicolau, aí pode-se espaçar os exames e aí ela pode fazer anualmente.
Há muita dúvida quanto a de quem que eu peguei esse HPV. Na verdade, o homem, como ele tem um órgão genital mais aberto que o da mulher, o HPV ele pode não dar nenhum sintoma e, quando dá, são algumas lesões penianas. O homem ele pode ter esse vírus e ser assintomático. Então, é difícil você falar que você pegou de um parceiro ou de outro, porque você pode pegar também esse HPV, ele ficar inativado e aí você tem uma queda de imunidade e ele se ativa depois de alguns anos. Então, é difícil saber de quem é a mulher pega o HPV.
Então, frente a essas orientações, é interessante que você faça seus exames ginecológicos anualmente, não deixe passar mais de um ano do Papanicolau e, se vier algum exame positivo para HPV, que faça esse acompanhamento certinho, em mente a cada seis meses.
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Feridas de colo de útero e HPV
No vídeo, a ginecologista Juliana Amato fala sobre as feridas do colo do útero e esclarece que nem todas são causadas pelo HPV. Ela explica que as feridas podem ser causadas por infecções crônicas, como cervicite, ou até mesmo pelo uso de anticoncepcionais. Para diferenciar as feridas, é necessário realizar um exame de Papanicolau e, se necessário, uma colposcopia para avaliar as células do colo do útero. A médica alerta que é comum as pacientes se preocuparem com o diagnóstico de feridas no colo do útero, mas nem todas são relacionadas ao HPV.
Olá, meu nome é Juliana Amato. Sou ginecologista e obstetra do Instituto Amato. Hoje, nós vamos conversar um pouquinho sobre as feridas de colo de útero. Todas as feridas do colo do útero são associadas ao HPV? Na verdade, não. As feridas de colo de útero podem ser por vários motivos. Pode ser tanto pela infecção viral do HPV, mas pode ser também por infecções crônicas, o que a gente chama de cervicite crônica, causada ou por bactérias ou fungos, que não tratados adequadamente, ela se cronificam e dão essas feridas em colo de útero.
Além disso, usuárias de anticoncepcional também podem ter algumas feridas de colo de útero, porque a junção da abertura do colo do útero da mulher ela pode se exteriorizar. A camadinha de dentro do colo do útero, ela se quer dizer que a gente chama de junção escamo-colunar, e ela fica mais propensa a micro lesões e às vezes até sangramento. Então, isso pode justificar uma ferida que não é uma patologia e sim é uma alteração pelo uso hormonal.
E como que a gente faz essa diferenciação dessas feridas em colo de útero? Primeiro, a gente solicita um papanicolau, examina o paciente, coleta esse exame. Se o resultado desse exame ver alguma alteração celular, a gente solicita uma colposcopia. Essa colposcopia é uma avaliação microscópica desse colo do útero e, com esse exame, a gente tem uma noção se tem células associadas a vírus ou se estão células associadas a uma infecção crônica causada por outro micro-organismo. Com isso, a gente consegue diferenciar e tratar adequadamente e tais tipos de feridas.
O que ocorre no consultório é que muitas pacientes vêm já muito preocupadas com esse diagnóstico dessa ferida de colo do útero e a maioria pensa que pode ter uma HPV. Então, esse vídeo eu estou fazendo para elucidar sobre essas dúvidas e para acalmar também as mulheres que nem tudo é HPV. Se você gostou do nosso vídeo, deixe seu like, inscreva-se no canal, ative o sininho de notificações para receber mais.
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Captura híbrida
No vídeo, a médica explica sobre a captura híbrida, um exame realizado em mucosa vaginal e colo do útero para detectar o HPV em pacientes que apresentam fator de risco, mas ainda não têm manifestações da doença ou apresentam um resultado de papanicolau alterado. O exame é específico para o HPV e permite um diagnóstico precoce, possibilitando ao médico indicar tratamentos no momento certo e evitar a expansão do vírus, que pode levar ao câncer de colo do útero. A médica ressalta que o exame não é necessário para todas as mulheres e que o papanicolau ainda é o exame essencial a ser feito anualmente. A captura híbrida não é um exame que precisa ser realizado com frequência anual e deve ser acompanhado pelo médico.
Olá! Hoje nós vamos conversar sobre um exame chamado captura híbrida. O que é, para que ele serve e como ele é feito? A captura híbrida é um exame realizado em mucosa vaginal e colo do útero, retirando-se uma pequena amostra da secreção desses locais e enviando para uma análise molecular. Esse exame é indicado para pacientes que têm o fator de risco de ter o HPV, ainda não tiveram as manifestações desse vírus, ou pacientes que têm um resultado do seu papanicolau alterado. Ou seja, se o papanicolau veio alterado, tem uma ferida no colo de útero que não se sabe a etiologia, a causa dela, é indicado fazer essa captura híbrida. Ela é bem específica para HPV e para mulheres que tiveram contato com o HPV, mas que não têm os sintomas.
Também é importante porque ele faz um diagnóstico precoce. E, com isso, o médico consegue acompanhar essa paciente, indicar tratamentos no momento certo e evitar uma expansão desse HPV. Por quê? Porque o HPV é um vírus que, se não tratado ao longo do tempo, pode levar a um câncer de colo de útero. Então, é importante conversar com seu médico e ver se você tem a indicação de captura híbrida. Não é todo mundo que precisa fazer; a princípio, o exame essencial para toda mulher anualmente é o papanicolau. Se esse papanicolau tiver alterado, com uma suposição de HPV, faz-se a captura híbrida. Senão, não tem indicação nenhuma.
E qual a diferença da captura híbrida e da colposcopia? São exames totalmente diferentes. A colposcopia avalia microscopicamente o colo do útero, ela não faz o diagnóstico de HPV, ela só vê se existe ou não a lesão do colo do útero. Sendo necessário fazer ou a biópsia na mesma hora que está fazendo essa colposcopia ou, se não realizou a biópsia naquela hora, fazer uma captura híbrida após o resultado do exame.
“Eu tive HPV, eu tenho que fazer captura híbrida todo ano?” Não, não há necessidade de fazer todo ano essa captura. Você pode acompanhar com seu ginecologista por meio do papanicolau e colposcopia para ver se vai aparecer alguma lesão. Se aparecer alguma lesão no colo de útero, aí sim, é necessário repetir a captura. Mas não é um exame que tem que fazer com uma certa frequência, por exemplo, anualmente.
Esse exame molecular é feito com a coleta a partir de uma escovinha. Essa escovinha é passada no colo do útero e ao lado do colo do útero e é enviada para o laboratório que vai analisar a presença do HPV ou não nessa amostra. Se você tem dúvidas, procure seu ginecologista.
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Perguntas frequentes:
HPV significa Papilomavírus Humano e é uma infecção viral que pode causar verrugas na pele e nas mucosas, especialmente nas regiões genital, anal e da uretra. Existem mais de 100 tipos diferentes de HPV, sendo que alguns deles podem ser responsáveis pelo surgimento de lesões precursoras de cânceres, como o câncer do colo do útero, vulva, vagina, ânus, pênis e orofaringe. É importante destacar que nem todos os tipos de HPV causam câncer e muitas pessoas podem ter a infecção sem apresentar sintomas. O diagnóstico é feito por exames específicos, como o Papanicolau e a captura híbrida, e o tratamento pode variar de acordo com a gravidade das lesões, podendo incluir o uso de medicamentos e procedimentos cirúrgicos. Medidas preventivas, como o uso de preservativos e a vacinação contra o HPV, são fundamentais para reduzir o risco de infecção e complicações decorrentes do vírus.
HPV é a sigla em inglês para “Human Papillomavirus”, que em português significa “Papilomavírus Humano”. É um vírus que afeta a pele e as mucosas e pode causar verrugas e lesões pré-cancerosas ou cancerosas em diversas regiões do corpo, como genitais, boca e garganta.
Não há cura para o HPV, mas a maioria das infecções pelo vírus é eliminada pelo sistema imunológico do corpo em um período de dois anos. No entanto, em alguns casos, a infecção pode persistir e levar a problemas de saúde, como verrugas genitais ou câncer. O tratamento pode ajudar a eliminar as verrugas genitais e tratar lesões precursoras do câncer, mas não pode curar a infecção pelo HPV. É importante consultar um médico para determinar o melhor curso de tratamento para cada caso individual. Além disso, a prevenção é fundamental, com medidas como a vacinação e o uso de preservativo durante as relações sexuais.
Uma pessoa que tem HPV pode não apresentar sintomas e, portanto, pode não saber que está infectada. Quando os sintomas aparecem, eles geralmente incluem o aparecimento de verrugas genitais, coceira, dor ou desconforto na região genital. No entanto, é importante lembrar que muitas vezes a infecção pelo HPV é assintomática e pode ser diagnosticada apenas por exames específicos. Além disso, ter HPV não significa que a pessoa tenha tido múltiplos parceiros sexuais ou que tenha se envolvido em comportamentos de risco, já que a infecção pode ser transmitida através de um único contato sexual.
O HPV pode causar uma variedade de doenças, incluindo verrugas genitais, lesões de alto risco no colo do útero, pênis, ânus, vagina, boca e garganta, e câncer de colo do útero, pênis, ânus, vagina, boca e garganta. É importante lembrar que nem todas as pessoas infectadas pelo HPV desenvolvem essas doenças, e muitas vezes a infecção pode ser assintomática. O diagnóstico e tratamento precoce são importantes para evitar possíveis complicações.
Não é possível contrair o HPV sozinho. A transmissão do vírus ocorre principalmente por meio de contato sexual com uma pessoa infectada, mas também pode ser transmitido por via vertical (da mãe para o bebê durante a gravidez) ou por contato com objetos contaminados. É importante lembrar que muitas pessoas com HPV não apresentam sintomas, tornando a prevenção e a realização de exames regulares ainda mais importantes.
O HPV pode desaparecer sozinho do organismo em alguns casos. A maioria das infecções por HPV são transitórias e desaparecem em cerca de dois anos, principalmente em pessoas com sistema imunológico saudável. No entanto, algumas infecções podem persistir e se tornar crônicas, aumentando o risco de desenvolvimento de lesões pré-cancerígenas e câncer. Por isso, é importante fazer exames de rotina para detecção precoce e tratamento do HPV.
É possível engravidar mesmo tendo HPV. No entanto, recomenda-se que as verrugas causadas pelo vírus sejam tratadas antes da gestação. É importante lembrar que há possibilidade de transmissão vertical, ou seja, do vírus da mãe para o feto, e nesses casos, o parto normal não é indicado.
De acordo com especialistas em saúde e o Ministério da Saúde, a vacina contra o HPV é considerada segura e já é amplamente utilizada em vários países, incluindo Estados Unidos e Austrália.
A vacina disponibilizada pelo SUS pode ser tomada por meninas de nove a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, bem como por pessoas que vivem com HIV e por transplantados entre nove e 26 anos com acompanhamento médico. A vacina é aplicada em duas doses, sendo a segunda seis meses após a primeira. No caso de pessoas com HIV e transplantados, o esquema é de três doses com intervalos de 0, 2 e 6 meses. Segundo especialistas, a vacina é segura e já é utilizada em vários países, como Estados Unidos e Austrália.
A vacina contra HPV não previne contra todos os tipos de vírus que causam a doença. Ela é eficaz contra os quatro tipos principais do vírus, sendo dois deles relacionados ao surgimento de verrugas genitais e anais e os outros dois associados ao risco de provocar câncer.
O governo opta por vacinar crianças como forma de prevenção, pois o sistema imunológico delas responde melhor à vacina e muitas ainda não iniciaram a vida sexual, permitindo que a imunização ocorra antes da exposição ao vírus HPV. Além disso, uma grande parcela de adultos já está infectada e desconhece o diagnóstico, o que pode limitar a eficácia da vacinação nessa faixa etária.
Ainda que já tenha contraído um tipo de vírus do HPV, a vacinação pode prevenir a infecção por outros tipos do vírus que ainda não teve contato.
Devo fazer teste para DST regularmente?
No vídeo, a ginecologista e obstetra Juliana Amato fala sobre a importância de fazer exames de DSTs anualmente, mesmo que não tenha nenhum fator de risco aparente. Ela destaca a hepatite B, o HIV e a sífilis como doenças que precisam ser investigadas com frequência, além do HPV, que pode causar câncer de colo de útero nas mulheres. A médica enfatiza que o uso de preservativo é indispensável para prevenir todas as DSTs, assim como manter um número razoável de parceiros ao longo da vida. Além disso, ela ressalta que profissionais da saúde que lidam com sangue, como médicos e dentistas, também devem fazer exames regularmente.
Olá, meu nome é Juliana Amato, sou ginecologista e obstetra do Instituto Amato e hoje a gente vai conversar um pouquinho sobre a frequência dos exames de DST. Com qual frequência devo fazer exames de DST?
As DSTs são as doenças sexualmente transmissíveis. Dentre essas doenças, a gente tem a Hepatite B, o HIV, a Sífilis, o HPV, entre outras. O ideal é que esses exames toda mulher faça anualmente se não tem nenhum fator de risco. Porque a Hepatite B, além de você ter uma transmissão sexual, você pode pegar através de pequenos ferimentos. Por exemplo, vai à manicure, faz a unha, usa um alicate que não foi muito bem esterilizado e aí essa manicure usa na sua cutícula, faz um ferimento, a pessoa que fez anteriormente já tinha o vírus da Hepatite B e pode passar.
HIV: o HIV é importante a gente fazer todo ano porque, atualmente, o número de casos de HIV no mundo têm aumentado. Quando a AIDS ela apareceu há décadas atrás, viu-se que é uma doença muito grave de imunossupressão. Essa doença de uma supressão ela pode vir a propiciar a pessoa ter mais doenças por causa dessa imunidade baixa. É passar da via sexual, foi muito estudada no passado e o tratamento ele foi muito eficaz. Ou seja, pacientes que antigamente morriam de AIDS hoje vivem com o vírus do HIV, muito bem fazendo tratamento, com a carga viral indetectável por muitos e muitos anos. Com isso, as pessoas na atualidade se esqueceram um pouquinho da importância do HIV no mundo e o que está acontecendo, pela falta de conhecimento, pela falta de esclarecimento, essas pessoas estão pegando o vírus por relação sexual e não estão fazendo exames adequadamente para ter um diagnóstico. Então, o ideal é que se faça todo ano. Não importa: “Ah, eu tenho relação com o preservativo. Ah, eu tenho relação só com o meu namorado, com meu marido”. É importante que faça esses exames anualmente, independente de qualquer coisa.
Profissionais da área de saúde que fazem cirurgia, dentistas, médicos, eles estão sempre em contato com o sangue. Por mais que use luva, às vezes espirra um pouquinho no olho. Por isso, é importante usar os óculos de proteção, a máscara. Então, sempre tem que estar fazendo também, porque a gente nunca sabe quando se tem uma lesão na pele ou quando se fura a luva, se essa é aquela pessoa tem o HIV ou não.
Nos laboratórios, atualmente, se pede muito exame de HIV. Porém, essa doença ela tem uma janela de tempo que demora alguns dias para aparecer no exame. Por isso, é importante que todos se previnam.
Sífilis: a Sífilis é uma doença que também está voltando. Agora, às pessoas, elas não estão usando muito mais o preservativo e ela tem aumentado muito a ocorrência tanto em mulheres jovens quanto em mulheres mais velhas. Está ocorrendo muitos casos em grávidas também. Então, é interessante fazer todo ano.
O HPV é um vírus transmitido via sexual e é de fácil transmissão. O que ocorre é que muitas vezes o homem é portador deste HPV, mas como ele não tem lesão, não tem sintomas, ele não sabe que tem esse vírus e acaba, por relação sexual, passando para a mulher. E aí a mulher apresenta ou pode apresentar algumas lesões em colo de útero ou se não ocorrer lesões, pode vir Papanicolau alterado, sugerindo a presença desse vírus. O HPV, o Papiloma Vírus Humano, ele causa câncer de colo de útero em mulheres e é importante que se faça o exame anualmente.
Então, como prevenir as doenças sexualmente transmissíveis? Uso de preservativo, ele é importante, tem que ser usado por todas as mulheres e por todos os homens em todas as relações sexuais. O importante também é manter um número razoável de parceiros ao longo da sua vida e não ter muitos parceiros sem se prevenir. Falo isso porque hoje é muito comum entre os adolescentes saírem com uma pessoa, sair com outra pessoa. Hoje em dia, as coisas vão um pouco mais além e eles já partem para uma relação sexual no encontro. Então, é importante que essas meninas, que esses rapazes, se cuidem e se previnam.
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Câncer de colo uterino
Neste vídeo, a ginecologista Juliana Amato fala sobre o câncer de colo de útero, que é o quarto tipo de câncer que mais mata mulheres no mundo, sendo muito prevalente em mulheres em idade fértil que já têm vida sexual ativa. Um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer é a infecção pelo HPV, que é um vírus comum passado por via sexual e que é assintomático. A infecção por HPV pode causar lesões pré-cancerígenas, que podem evoluir para o câncer de colo de útero. Outros fatores de risco incluem o início precoce de atividade sexual, o número de parceiros sexuais, o tabagismo e o uso prolongado de anticoncepcionais. A prevenção inclui ir ao ginecologista uma vez por ano para realizar o exame preventivo (papanicolau), fazer a vacinação contra o HPV, usar preservativos, evitar o tabagismo e manter um estilo de vida saudável.
Olá, meu nome é Juliana Amato. Eu sou ginecologista do Instituto Amato e, hoje, a gente vai conversar sobre um assunto muito em voga nesse mês de março. O mês de março é o mês da campanha lilás, que é o mês de conscientização e prevenção sobre o câncer de colo de útero. Você sabe como se prevenir desse câncer, que é muito comum entre as mulheres? Segundo a Organização Mundial de Saúde, o câncer de colo de útero é o quarto tipo de câncer que mais mata mulheres no mundo.
O câncer de colo de útero é muito prevalente em mulheres em idade fértil que já têm vida sexual ativa, e a gente tem várias medidas para prevenir o câncer de colo de útero. Vamos conversar sobre isso.
Os fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer são: um dos principais é a infecção pelo HPV. O HPV é um vírus comum, passado por via sexual, e ele tem um grande problema porque ele é assintomático. Então, no início dessa infecção, a maioria das mulheres não apresenta nenhum sintoma e elas acabam não sabendo que estão com esse vírus e podem passar para outras pessoas.
Uma observação importante aqui é que o homem também pode ter o HPV e, como o órgão do homem é um órgão mais exposto, ele não é um órgão sexual mais fechadinho como da mulher, que é mais úmido e tem mais propensão a desenvolver infecção. O órgão do homem é exposto, então se ele está com HPV e não tem nenhuma lesão no pênis, não quer dizer que ele não possua o vírus. Ele pode ter aquele vírus nele encubado e, através de microfissuras, ele pode espalhar esse vírus também. Então, é errado dizer “eu sou homem e eu não tenho o HPV porque eu não tenho nenhuma lesão no meu pênis”. Mas você pode estar transmitindo esse vírus para mulheres que estão com algum tipo de lesão na vulva, uma pequena fissura, sem saber que isso pode acontecer.
Esse vírus tem uma afinidade com colo de útero e ele causa uma série de alterações nessas células, causando lesões pré-cancerígenas, que são feridas. E muitas vezes, a mulher só vai ter o sintoma do HPV quando, lá para frente, ela já está no estágio quase de um câncer de colo de útero, que já tem um sangramento entre as menstruações. Quando tem relação, pode sangrar um pouquinho e, quando isso ocorre, o câncer já pode estar instalado.
Outro fator de risco para esse tipo de câncer é o início precoce de atividade sexual. Por que isso é precoce? Porque a mulher, quando ela inicia a vida sexual muito jovem, ela fica mais tempo exposta a contrair esse vírus. Então, ela tem mais relações sexuais porque ela tem o maior período de atividade sexual na sua vida e, com isso, ela pode adquirir esse vírus mais precocemente e desenvolver uma lesão. E isso, a longo prazo, pode desencadear um câncer de colo.
Outro fator de risco muito importante também é o número de parceiros sexuais. Isso está muito vinculado ao início precoce de vida sexual. Quando a menina entra na vida sexual mais cedo, ela vai ter mais parceiros sexuais ao longo da sua vida e isso aumenta a exposição dela ao HPV, porque ela vai ter um namorado, depois ela vai mudar de namorado e ela vai ter, nesse período de vida dela, um número maior de namorados na sua vida com que ela vai ter relação sexual e, eventualmente, pode adquirir esse HPV ou transmitir para outra pessoa.
O tabagismo, ou seja, o cigarro, também é um fator de risco. O cigarro está associado a diversos tipos de câncer. Ele altera a imunidade da gente e ele promove uma reparação celular prejudicada. Ou seja, as nossas células estão em constante troca. Então, a gente tem células que estão envelhecendo e, aí, formam-se células novas, células mais jovens. Isso a gente chama de reparação celular. Quando a pessoa fuma, ela é tabagista, ela tem uma alteração nessa reparação celular e, com isso, um risco aumentado para desenvolver câncer.
E o último fator de risco que eu acho importante orientar as mulheres é quanto ao uso de anticoncepcional. Existem estudos mostrando que o uso de anticoncepcional a longo prazo, por mais de cinco anos, aumenta o risco de câncer de colo de útero. E por que isso ocorre? Ocorre porque ele promove um aumento de exposição do colo do útero ao HPV. Quando a gente usa anticoncepcional, a gente tem uma alteração celular na zona juncional lá no colo uterino. Então, é uma zona de transformação que divide o colo na sua parte externa para o canal do colo uterino lá para dentro do útero. Então, o anticoncepcional promove uma alteração tecidual ali e expõe mais o colo à infecção, à presença de algumas bactérias e de alguns vírus, como o vírus do HPV.
É importante frisar aqui e observar que nem toda mulher que tem o HPV vai desenvolver o câncer de colo de útero. O importante é se cuidar, fazer um diagnóstico precoce porque o HPV tem tratamento. Se tratando a longo prazo, ele não irá virar um câncer de colo de útero.
E como é feita essa prevenção? É importante, sempre quero frisar, que, nesse mês de conscientização do câncer de colo de útero, a campanha do mês de março, lilás, previna-se. Previna-se indo ao ginecologista uma vez por ano. Se você tiver algum sintoma, entre esse intervalo em que você foi ao ginecologista e que você irá ao ano que vem, marque a sua consulta antes para fazer uma análise do seu caso, para o médico te examinar e ver se tem alguma lesão, alguma infecção pelo HPV.
É importantíssimo, todo ano, fazer o papanicolau. O papanicolau é o exame preventivo do câncer de colo de útero e, como que ele é feito? Ele é feito tirando-se um pouquinho do raspado do colo do útero. A gente usa uma espátula e uma escovinha que, levemente, a gente passa no colo do útero. Essa escovinha introduz no canal uterino para que, para pegar uma amostra de células, enviar para o laboratório. O laboratório vai analisar se essas células são células normais. Então, exame extremamente importante deve ser feito uma vez ao ano.
Além disso, uma medida muito importante também é a vacinação contra o HPV. Hoje, todos os postos de saúde já têm a vacina contra o HPV, faz parte do calendário vacinal. Meninas a partir dos nove anos aos 14 já podem se vacinar e mulheres acima dos 19 até os 25 também têm indicação de vacinação. Os meninos também estão inclusos nesse calendário vacinal e podem receber essa vacina a partir dos 11 anos de idade.
Além disso, o uso de preservativos. O preservativo é um meio que você tem de se proteger contra esse vírus. Então, usar o preservativo desde o início da relação e não só colocá-lo no meio da relação, antes de ter a ejaculação, porque senão você vai ter o contato do pênis com o colo do útero e não vai haver a prevenção, essa barreira física durante a relação sexual. Então, o uso de preservativo é super importante.
Evitar o tabagismo, ou seja, evitar o cigarro. Já conversamos aqui como o cigarro ele pode interferir nessa propensão a desenvolver um câncer, não só de colo de útero, mas de outros órgãos. Além disso, manter um estilo de vida saudável, uma dieta equilibrada, exercícios físicos, tudo isso faz parte da promoção da saúde.
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