Imagine uma criança nascendo com um formato de cabeça incomum, causado pelo fechamento precoce das suturas cranianas durante o período fetal. Essa condição, conhecida como craniossinostose, não só afeta a aparência física, mas também pode levar a complicações neurológicas e oftalmológicas se não tratada adequadamente. Neste artigo, exploraremos os diferentes tipos de craniossinostose, as causas por trás dessas deformidades e os tratamentos cirúrgicos disponíveis para garantir que as crianças afetadas possam crescer com saúde e bem-estar emocional. Além disso, discutiremos a importância da estética e do apoio psicológico, bem como as principais síndromes associadas a esta condição e como identificar a craniossinostose postural. Embarque conosco nesta jornada de compreensão e conscientização sobre a craniossinostose, uma condição que afeta a vida de muitas crianças e suas famílias.
O vídeo aborda o tema da craniossinostose, uma condição em que as suturas do crânio fecham precocemente durante o desenvolvimento fetal, levando a deformidades cranianas. Existem vários tipos de craniossinostose, como escafocefalia, trigonocefalia, plagiocefalia posterior, anterior e oxicefalia. O diagnóstico é feito clinicamente após o nascimento e pode ser confirmado com exames de raio-x ou tomografia computadorizada. A cirurgia é indicada assim que o diagnóstico é feito, preferencialmente até um ano de vida, para evitar complicações como hipertensão intracraniana, alterações oftalmológicas e questões estéticas que afetam a autoestima da criança. A craniossinostose postural, uma condição semelhante, mas sem fechamento das suturas, é causada por posições inadequadas da cabeça e não requer cirurgia, sendo tratada com orientações posturais.
: O crânio é formado por diferentes ossos ligados pelas suturas ou junções. É o fechamento precoce das junções ainda durante o período fetal que resulta em diferentes deformidades do crânio de acordo com a sutura envolvida. Ou seja, existem vários tipos de craniossinostose. O crânio, ele não cresce na direção perpendicular a junção que está acometida. Nós temos aqui um exemplo de uma escafocefalia, que é uma das craniossinostoses mais frequentes. Vocês podem notar que o crânio ele fica com um formato alongado pela junção precoce da sutura sagital, que é essa sutura aqui no meio do crânio. Outros exemplos são a trigonocefalia, a plagiocefalia posterior, anterior, a oxicefalia. Enfim, existem diferentes deformidades de acordo, como eu falei, com a sutura envolvida. O diagnóstico é feito principalmente pela observação clinica após o nascimento da criança e, muitas vezes, fica mais evidente após alguns meses. Eh… o diagnóstico, ele pode ser confirmado com o exame de raio-x ou com tomografia computadorizada. E o tratamento da craniossinostose, ele é cirúrgico e está indicado assim que se faz o diagnóstico, pois tem os melhores resultados quando realizado até um ano de vida. A cirurgia é necessária basicamente por três motivos, o primeiro seria o risco de hipertensão intracraniana e sofrimento cerebral que pode levar a uma regressão do desenvolvimento neuropsicomotor. Ou seja, às vezes, a… a criança tem um desenvolvimento normal, mas se a cirurgia não for realizada pode ter uma regressão desse… do quadro neurológico. O… o segundo motivo… eh… são as alterações oftalmológicas, né? Algumas craniossinostoses, elas podem cursar com perda de visão. E o terceiro motivo seria a causa estética. Esse último motivo, ele é de extrema importância, não deve ser menosprezado. Eh… muitas vezes, de maneira inicial, os familiares podem acabar relevando essa… essa questão. Mas estudos psicológicos mostram que as crianças sofrem com a perda de autoestima e dificuldade de aceitação pela sociedade. Então, existe uma outra situação que é muito confundida com a craniossinostose verda… verdadeira que é a craniossinostose postural. Nessa última, há uma deformidade que se assemelha a uma dessas formas descritas, no entanto, não tem um fechamento da sutura. E geralmente é causado quando a criança fica a maior parte do tempo com a cabeça apoiada na mesma posição. Nesses casos, não está indicado a cirurgia e o tratamento deve ser baseado em orientações posturais. Bom, era isso que eu tinha para falar hoje. Para mais informações sobre esse assunto acesse nosso site.
É o fechamento precoce das junções entre os diferentes ossos do crânio que resulta em diferentes formatos da cabeça. Esse fechamento precoce das suturas cranianas ocorre ainda durante o período fetal.
O crânio se desenvolve a partir da interposição óssea ao longo das linhas de sutura, assim, quando uma sutura se fecha antes da hora, o crânio não cresce na direção perpendicular a esta junção, resultando em deformidades do crânio, que variam de aspecto conforme a sutura envolvida
O diagnóstico é feito pela observação clínica após o nascimento da criança e pode ser confirmado por exames de imagem como o Raio X e a tomografia computadorizada. Mutações genéticas estão associadas às craniossinostoses, que podem aparecer de forma isolada ou em síndromes, ou seja, associada a malformações em outras partes do corpo.
O tratamento da craniossinostose é cirúrgico e está indicado assim que se faz o diagnóstico, pois tem os melhores resultados quando realizada até 1 ano de vida. A cirurgia é necessária por basicamente 3 motivos: risco de hipertensão intracraniana e sofrimento cerebral que pode levar a regressão do desenvolvimento neuro-psicomotor; alterações oftalmológicas que podem cursar com perda de visão; e por estética. Este último motivo é de extrema importância, mesmo que de maneira inicial possa ser relevado pelos familiares, pois estudos psicológicos mostram que as crianças sofrem com perda da auto-estima e dificuldade de aceitação pela sociedade. Os pacientes recebem diversos apelidos ao longo da vida e muitas vezes não conseguem conviver com isso.
As diferentes formas de craniossinostose são: escafocefalia, trigonocefalia, plagiocefalia anterior, plagiocefalia posterior, braquicefalia, oxicefalia. As síndromes que mais freqüentemente se associam a craniossinostoses são: Sd. de Crouzon, Sd. de Apert, Sd. de Pfeiffer, Sd de Seathre-Chotzen e Sd. de Carpenter.
A craniossinostose postural é a presença de uma deformidade que se assemelha a uma das formas descritas, entretanto não há fechamento da sutura e identifica-se que a criança fica a maior parte do tempo com a cabeça apoiada na mesma posição.
Toda criança com craniossinostose deve ser avaliada pelo neurocirurgião e também por geneticista. Deve-se investigar o uso de drogas durante a gestação, especialmente do ácido valpróico para se evitar a recorrência da doença.
A cirurgia apresenta bons resultados em mais de 80% dos casos e técnicas modernas de anestesia, e do próprio procedimento permitem que este seja feito com segurança, apesar da pouca idade da maioria dos pacientes.
Dr. Marcelo Amato
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