Estudo sobre transtorno depressivo persistente levar a alterações nas células imunes incentiva a busca mais específica por neurocientista brasileiro
A gravidez é o período em que o corpo da mulher sofre mais mudanças. Aumento de peso, questões hormonais e a saúde do bebê estão entre os principais aspectos a serem observados durante o pré-natal. Com o passar dos meses e com o crescimento da barriga, é comum as mulheres apresentarem dores na coluna por conta do sobrepeso.
Do ponto de vista biomecânico, ocorre deslocamento do centro de gravidade para a frente, não só pelo peso na barriga, mas pelo aumento do abdome e das mamas. Isso leva à alteração de postura da bacia, acentuação da lordose lombar e, consequente, tensão da musculatura da região lombar.
Outros fatores que podem desencadear dores na região lombar são: a diminuição do fluxo sanguíneo na coluna – devido à compressão dos grandes vasos pelo útero gravídico – a retenção hídrica e a frouxidão ligamentar, que tornam as articulações da coluna menos estáveis.
Um estudo publicado na Revista Brasileira de Anestesiologia, com o propósito de avaliar a frequência da lombalgia na gestação, revela que cerca de 50% das mulheres queixam-se de dor lombar em algum momento da gravidez ou durante o puerpério. Em alguns casos – devido a idade mais avançada das grávidas – esse índice atingiu mais de 65%.
Além da coluna, outras articulações de carga como os quadris, as sacroilíacas, joelhos e tornozelos também podem ser afetados com essas alterações biomecânicas e hormonais.
Os principais fatores de risco relacionados ao aparecimento da dor lombar durante a gravidez são o aumento de peso e dor lombar prévia. A melhor forma de cuidar da coluna durante este período é com prevenção, já que a utilização de medicamentos ou a realização de procedimentos fica limitada.
Algumas medidas de precaução podem ser adotadas:
– Antes de engravidar, se já tem dor lombar procure ajuda de um especialista, para tentar identificar as causas e realizar tratamento físico preventivo com fisioterapia ou atividades físicas específicas.
– Durante a gravidez, evite ganho excessivo de peso, mantendo uma vida saudável com atividades físicas regulares, sono restaurador e alimentação balanceada.
– Realize períodos de repouso. Sabemos também que a posição em pé é o principal fator de agravo da dor lombar e o repouso é o principal fator de alívio. Além disso, a dor lombar aparece mais frequentemente no segundo trimestre da gestação. Ou seja, no decorrer da gestação, procure aumentar os períodos de repouso e reduza o tempo de atividades em pé.
Quando procurar um especialista em coluna?
Quando o problema está evidente e o repouso não colabora para a redução das dores, é hora de procurar um especialista. Lombalgias refratárias podem necessitar de investigação com exames de imagem, a exemplo da Ressonância Magnética, que é um procedimento seguro para as gestantes, por não haver radiação ionizante. Para o tratamento de doenças da coluna, alguns medicamentos podem ser utilizados e muitas técnicas de fisioterapia auxiliam na amenização da dor.
Em situações mais graves, a gestante pode evoluir de um quadro de compreensão neural secundária a uma hérnia de disco aguda, causando dores incapacitantes e déficit neurológico. Nestes casos, o momento favorável para a realização da cirurgia deve ser discutido entre o neurocirurgião, o obstetra e o anestesista.
A endoscopia da coluna, por ser um método minimamente invasivo, pode oferecer melhor segurança à mãe e ao bebê. Também há situações em que é possível esperar o parto para a realização da cirurgia.