Hérnias podem acontecer em muitos locais diferentes do corpo e cada local tem seu próprio tratamento. Já falamos até de hérnias na coluna. O nome da hérnia costuma indicar sua localização: por exemplo, uma hérnia umbilical ocorre perto do umbigo (ou onde mais você esperaria?) enquanto uma inguinal é encontrada mais abaixo junto com outros tipos como femoral, que aparece na região da virilha; também há hérnias epigástricas que podem ocorrer por causa da obesidade ou cicatrizes de cirurgias estomacais prévias.
Sumário
O que são as hérnias?
Hérnias são condições nas quais um órgão ou tecido se move através de um buraco que não é destinado a ele. Esse buraco é a hérnia. Quando um órgão ou tecido é empurrado para fora de sua localização normal através dessa hérnia, você pode notar que aparecem alguns sintomas. Estes podem incluir inchaço e/ou dor na região e desconforto, mas, às vezes, você não notará nenhum sinal de que algo está errado até mais tarde, quando os sintomas se tornam mais sérios. A cirurgia pode ser necessária para fechar esse buraco.
A hérnia não é algo que você deve ignorar. Ela pode causar sérias complicações se não for tratada, tais como gangrena ou morte!
Tipos de hérnia da parede abdominal
Hérnias abdominais são abaulamentos (parecidos com “bolhas”) observados no abdome (barriga)
Dependendo de sua localização as hérnias são classificadas como:
- Inguinais / femorais – na virilha (CID K40)
- Umbilicais – no umbigo (CID K42)
- Epigástricas – acima do umbigo (CID K46)
- Incisionais – aparecem sob a cicatriz de cirurgias realizadas previamente (CID K439)
A hérnia inguinal é um problema na região da virilha que pode ser percebido pelo paciente como um abaulamento na área durante a palpação ou enquanto toma banho, acompanhado de desconforto ou dor. Pode ser causada por uma fragilidade na parede abdominal ou ser congênita em crianças. Pode levar a complicações como o estrangulamento de alças intestinais e deve ser tratada cirurgicamente para evitar recidivas. Existem duas opções de tratamento cirúrgico: a técnica aberta, onde o cirurgião faz um corte pequeno na região inguinal, ou a técnica laparoscópica, onde o cirurgião faz três pequenos furos na região e insere uma câmera para realizar a cirurgia por dentro da cavidade abdominal. A técnica laparoscópica é considerada menos invasiva, mas requer anestesia geral e viola a cavidade abdominal, enquanto a técnica aberta não a viola. A técnica laparoscópica é usada para hérnias recidivadas ou bilaterais, enquanto a técnica aberta é usada para hérnias pequenas. O pós-operatório é geralmente simples, com a recuperação completa em cerca de 7 dias.
Sou o Dr. Cássio Jerônimo Machado de Barros, sou médico cirurgião geral e cirurgião do aparelho digestivo, hoje, vou falar com vocês sobre hérnia inguinal. Hérnia inguinal é um abaulamento na região inguinal que é percebido pelo paciente na apalpação, às vezes durante o banho, acompanhado de desconforto ou mesmo dor e deve ser tratado pois pode ter algumas complicações como por exemplo: o estrangulamento de alças intestinais. Esse defeito é um defeito anatômico que surge com o tempo, pode ser também congênito como acontece nas crianças, mas não adulto geralmente é acompanhado de uma fragilidade da parede abdominal onde após esforços repetitivos nessa área de fragilidade o conteúdo abdominal, intra-abdominal, começa a se protuir fazendo com que essas estruturas comprimam estruturas da região da virilha causando desconforto. A gente pode usar anti-inflamatórios, mas estará tratando uma consequência que é o desconforto e a dor, mas o tratamento definitivo é o tratamento cirúrgico. Hoje após a implementação e das melhorias das próteses e das telas as maiorias das técnicas envolve a utilização dessas próteses, antes quando não se utilizava essas telas ou próteses o índice de recidiva, o que seria recidiva? Operar a hérnia e no futuro ter novamente a hérnia, ela retornar, retornar o problema, era em torno de 10%, hoje menos de 1% dessas cirurgias realizadas com a tela ocorre esse inconveniente que é a recidiva. Em relação às opções de tratamento cirúrgico a gente tem como opção a técnica aberta onde se realiza o corte, geralmente um corte pequeno na região inguinal da virilha. A outra opção seria a técnica laparoscópica, onde seria alguns furos, três furos, por onde introduz uma câmera e faz a abordagem por dentro da cavidade abdominal. A maioria das pessoas entende a abordagem laparoscópica como menos invasiva, mas nem sempre isso é verdadeiro, pois pela laparoscopia necessitamos de anestesia geral e necessitamos abordar por dentro da cavidade abdominal, enquanto na técnica aberta você não viola essa cavidade abdominal, você faz externamente essa abordagem. Quando encontramos hérnias bilaterais ou recidivados eventualmente a gente dá preferência para técnica laparoscópica, mas hérnias pequenas a gente opta por fazer a técnica aberta, pois na técnica aberta fazemos a cirurgia minimamente invasiva, onde fazemos pequenas incisões por onde podemos acessar o defeito herniário, fazer seu tratamento e introduzir a prótese ou tela para fazer a proteção daquele local de defeito anatômico. Ainda em relação ao tratamento da hérnia inguinal hoje temos a opção do regime hospitalar ou regime ambulatorial, no Instituto Amato nós fazemos o tratamento ambulatorial, onde o paciente se interna e no mesmo dia é realizado a cirurgia e após quatro horas em média, após o procedimento, o paciente retorna ao seu domicílio onde fará a recuperação em regime domiciliar. Em termos gerais, era isso que eu tinha para falar para vocês sobre hérnia, mas caso queiram mais informações sobre tratamento ambulatorial de hérnia inguinal em hospital dia entre em contato com Instituto Amato para maiores informações.
Dentro destas formações podem estar alojados órgãos que deveriam estar dentro da cavidade abdominal.
A cavidade abdominal é uma parte muito importante do nosso corpo. Neste espaço, podemos encontrar muitos órgãos diferentes que nos mantêm vivos e funcionando bem! Um tipo em particular chamado de “hérnia abdominal” ocorre quando muita pressão se acumula em torno de uma área da parede abdominal, fazendo com que esses órgãos internos se projetem através de um orifício nessa parede abdominal. Muitas vezes isso ocorre sem sinais ou sintomas de aviso. Felizmente são reparos relativamente fáceis com risco mínimo de complicações quando feito rápido diagnóstico por seu médico.
Geralmente as hérnias são muito comuns, e aparecem em pessoas que tem predisposição. Atividades de esforço que aumentem a pressão abdominal pode desencadear o aparecimento da hérnia nestas pessoas que já tenham esta predisposição. Atividades como carregar muito peso, ou exercícios extenuantes.
Infelizmente não há tratamento preventivo, e quando a hérnia é confirmada no exame médico, o único tratamento realmente efetivo é a cirurgia.
Existe grande preocupação pela possibilidade de ocorrer um estrangulamento (torção; isquemia; “nó nas tripas”) do órgão dentro do saco herniário, o que ocasiona dor intensa, com risco de complicações sérias, sendo necessária cirurgia de urgência. Isso se chama hérnia encarcerada e é uma situação muito grave, que requer tratamento imediato. A hérnia encarcerada pode evoluir para uma situação ainda pior, que é a hérnia estrangulada. Os sinais e sintomas de uma hérnia estrangulada podem incluir: náuseas, vômitos e febre e indicam que o órgão dentro da hérnia está morrendo. Pode haver morte tecidual se o paciente não for operado com rapidez suficiente. Intervenção médica urgente é necessária imediatamente!
Para cada tipo de hérnia existe uma técnica cirúrgica específica, sendo que, atualmente, com frequência, utilizamos materiais (telas) para reforço da região, diminuindo a possibilidade de retorno da hérnia no local operado.
Se o paciente não possui outras doenças associadas, a cirurgia da hérnia é de baixa complexidade, podendo ser realizada com programação de alta hospitalar no mesmo dia, sem a necessidade de dormir no hospital.
O que é a hérnia inguinal?
A protrusão de algum órgão abdominal causada principalmente pelo enfraquecimento da parede abdominal na região da virilha. Mas, será que existe uma motivação para esse “escape”? Entre os motivos mais comuns destacam-se o levantamento constante de peso excessivo e a má formação dos órgãos abdominais (mais comum em bebês e crianças). Há ainda a predisposição genética: pessoas com casos de hérnia na família têm mais chances de desenvolver o problema. Em alguns casos ocorrem hérnias inguinais em ambas as virilhas – hérnia inguinal bilateral. Quando a hérnia é tão volumosa que o conteúdo chega até o saco escrotal, ela é chamada de hérnia inguino escrotal. O diagnóstico da hérnia inguinal é frequentemente simples e é feito pelo exame físico da parede abdominal pela palpação, de forma que é possível identificar um abaulamento que aumenta com o esforço ou a tosse. Às vezes, o cirurgião realiza um exame como ultrassom da parede abdominal ou uma tomografia de abdome para ajudar a definir o diagnóstico.Veja mais sobre hérnia inguinal.
O que é a hérnia umbilical?
A hérnia umbilical consiste na protrusão na região do umbigo de algum órgão abdominal pelo enfraquecimento da parede abdominal. A hérnia umbilical é uma condição que ocorre quando parte do intestino ou outros órgãos localizados no abdômen passam por músculos fracos, devido a falhas congênitas (em bebês) e/ou lesões musculares. Estudos mostram que 20% da população brasileira sofre deste problema; ele pode afetar tanto crianças quanto adultos que podem ter inchaços esteticamente desagradáveis em seu umbigo, bem como uma qualidade de vida reduzida. Veja mais sobre hérnia umbilical.
Fonte:Amato, MCM; Amato, CM; Amato, MCM; Morillo, MG. Manual para o médico generalista. 2˚ edição. 2012 (no prelo)
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