Em comemoração ao dia internacional das mulheres gostaria de ressaltar a importância dos cuidados cardiovasculares para as mulheres, que costumam cuidar de todos e negligenciar seu próprio coração.
As diferenças entre homens e mulheres vão além dos cromossomos que temos. Nossos valores, percepções e comportamentos moldam nossas vidas e saúde de formas diferentes.
Por exemplo, a doença isquemica do coração geralmente aparece mais cedo em homens, enquanto nas mulheres, eles se tornam mais frequentes depois da menopausa. Muitas mulheres quando infartam não apresentam obstruções nas artérias.
As taxas de morte por problemas cardíacos, ainda que tenha ocorrido um aumento relevante da obesidade, diabetes e síndrome metabólica, estão
diminuindo em muitos países devido ao diagnóstico precoce e a melhores tratamentos.
No Brasil, apesar de ter diminuído nos últimos 20 anos, ainda se mantém como a principal causa de morte em mulheres e homens com aumento na mortalidade precoce, entre 18 anos e 55 anos, especialmente nas mulheres.
As mulheres também têm mais chances de ter problemas cardíacos devido a fatores de risco não tradicionais, como estresse mental e depressão, e elas sofrem mais com desvantagens sociais como raça, etnia e renda.
Muitas mulheres não se preocupam com sua saúde cardíaca porque acham que é um problema apenas dos homens. Elas cuidam da saúde de seus parceiros, mas muitas vezes ignoram a sua própria. Quando adoecem, geralmente são mais velhas e já apresentam algumas comorbidades..
Além disso, os sintomas de problemas cardíacos nas mulheres podem ser diferentes e mais sutis do que nos homens, o que pode levar a um diagnóstico tardio e tratamento inadequado.
Reconhecer a importância da saúde do coração nas mulheres é crucial para educar, diagnosticar precocemente e tratar adequadamente esses problemas.
