Imagine um mundo em que suas memórias mais preciosas, habilidades e conexões com entes queridos desaparecem gradualmente, deixando você lutando para realizar tarefas simples e cotidianas. Essa é a realidade enfrentada por milhões de pessoas afetadas pela doença de Alzheimer, uma condição neurodegenerativa devastadora que transforma a vida de pacientes e cuidadores. Mas o que realmente causa essa doença e como ela afeta o cérebro? Neste artigo, exploraremos a complexidade do Alzheimer, desvendando suas origens, sintomas e impacto no cérebro humano. Junte-se a nós nesta jornada para entender melhor uma das maiores ameaças à saúde e à independência de nossa crescente população idosa.
Sumário
O médico geriatra Dr. Marcos Galan Morillo, do Instituto Amato, discute a prevenção da demência de Alzheimer. Ele explica que a demência é a fase avançada da Doença de Alzheimer e que começa a se desenvolver na quinta década de vida. Segundo um estudo publicado no periódico Lancet, existem nove fatores de risco que, se controlados ou evitados, podem reduzir em até 35% os casos de demência. Esses fatores incluem perda auditiva, baixa escolaridade, tabagismo, depressão após os 65 anos, inatividade física, isolamento social, hipertensão, diabetes mellitus e obesidade na meia-idade. Para um envelhecimento saudável, é importante buscar ajuda profissional para gerenciar esses riscos, lembrando que o que é bom para o coração também é bom para o cérebro.
Eu sou o Dr. Marcos Galan Morillo, médico geriatra do Instituto Amato. Muitas pessoas perguntam ao médico geriatra como prevenir a demência de Alzheimer. É importante esclarecer que a demência de Alzheimer é a fase avançada de um processo de destruição dos neurônios conhecida como Doença de Alzheimer. Em geral esse processo se inicia a partir da quinta década de vida e somente depois de vinte a trinta anos é que a doença de Alzheimer provocará os primeiros sintomas de demência. Recentemente um consagrado periódico científico, Lancet, publicou a conferência internacional para a prevenção da doença de Alzheimer e foram elencados nove fatores de risco que se evitados ou controlados poderiam reduzir em até 35% os casos de demência. Esses nove fatores de risco que podem evitar ou prevenir a doença são: perda auditiva na meia-idade, baixa escolaridade, tabagismo depressão após os sessenta e cinco anos, inatividade física, isolamento social, hipertensão na meia-idade, diabetes mellitus e obesidade na meia-idade. Para o envelhecimento saudável é importante procurar ajuda profissional para controlar ou evitar esses fatores de risco. Lembre-se parece que tudo que é bom para o coração também é bom para o cérebro. Para mais informações sobre a prevenção da demência de Alzheimer acesse o site do Instituto Amato.
Doença de Alzheimer: O que é e como ela afeta o cérebro
A Doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente pessoas idosas, sendo a forma mais comum de demência. Caracteriza-se pela deterioração das funções cognitivas, como memória, linguagem, raciocínio e habilidades de planejamento, prejudicando significativamente a capacidade do indivíduo de realizar atividades diárias e interagir socialmente.
A doença deve seu nome ao médico alemão Alois Alzheimer, que em 1906 identificou alterações no cérebro de uma paciente que sofria de demência. Após a morte da paciente, ele examinou seu cérebro e observou a presença de placas amiloides e emaranhados neurofibrilares, que são marcas distintivas da doença.
As placas amiloides são aglomerados anormais de proteínas beta-amiloides, que se acumulam entre os neurônios. Essas placas podem interromper a comunicação entre as células cerebrais e desencadear uma resposta inflamatória, levando à morte neuronal. Os emaranhados neurofibrilares são formados pela proteína tau, que normalmente ajuda na estrutura e funcionamento dos neurônios. No entanto, na Doença de Alzheimer, a proteína tau sofre alterações químicas e se agrupa em emaranhados, causando o colapso do transporte intracelular e contribuindo para a degeneração neuronal.
O processo de neurodegeneração na Doença de Alzheimer começa muito antes dos primeiros sintomas aparecerem, geralmente nas regiões do cérebro responsáveis pela memória e aprendizado. À medida que a doença progride, outras áreas do cérebro são afetadas, levando a sintomas mais graves e incapacitantes. Apesar de avanços na pesquisa, a causa exata da Doença de Alzheimer ainda não é completamente compreendida, e atualmente não há cura. No entanto, existem tratamentos disponíveis para ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes e seus cuidadores.
Como é o início do mal de Alzheimer?
O início do Mal de Alzheimer é geralmente gradual e insidioso, ou seja, os primeiros sinais e sintomas se desenvolvem lentamente e podem passar despercebidos por um tempo. Isso ocorre porque a doença começa a afetar o cérebro muito antes de os sintomas se tornarem aparentes. Os primeiros sintomas costumam estar relacionados a problemas de memória e dificuldades em realizar tarefas que antes eram simples.
Os sinais iniciais do Alzheimer podem incluir:
Esquecimento: Uma das primeiras manifestações é a dificuldade em lembrar informações recém-aprendidas, como datas, eventos ou compromissos recentes. É normal esquecer algumas coisas ocasionalmente, mas no caso do Alzheimer, a frequência e a gravidade desses esquecimentos aumentam com o tempo.
Dificuldade em planejar e resolver problemas: Pessoas com Alzheimer podem enfrentar problemas para acompanhar contas mensais, seguir receitas ou planejar atividades diárias.
Desorientação temporal e espacial: A pessoa pode se perder em lugares familiares ou não compreender o dia da semana, o mês ou o ano em que está.
Problemas de linguagem: Podem surgir dificuldades para encontrar as palavras certas, completar frases ou seguir ou participar de conversas.
Mudanças de humor e personalidade: Pode haver alterações no humor, como depressão, irritabilidade, ansiedade e apatia. A pessoa pode se tornar facilmente chateada ou desconfortável em situações sociais ou quando as rotinas são alteradas.
Dificuldade em tomar decisões e exercer julgamento: A pessoa pode tomar decisões inadequadas ou ter dificuldade em avaliar situações e escolher a melhor opção.
É importante destacar que nem todos os sintomas aparecerão em todas as pessoas com Alzheimer, e a progressão da doença varia entre os indivíduos. Se você ou alguém que você conhece está enfrentando alguns desses sintomas, é essencial consultar um médico para uma avaliação apropriada e orientação sobre o tratamento e cuidados necessários.
O que leva uma pessoa ter Alzheimer?
Alguns fatores de risco para o desenvolvimento da doença de Alzheimer incluem:
Idade: A idade é o principal fator de risco para a doença de Alzheimer. O risco de desenvolver a doença aumenta significativamente após os 65 anos e a prevalência da doença dobra a cada 5 anos após essa idade.
Genética: A hereditariedade desempenha um papel na doença de Alzheimer. Existem genes específicos, como o gene APOE e4, que aumentam a probabilidade de desenvolver a doença. No entanto, ter um gene de risco não significa necessariamente que a pessoa desenvolverá a doença de Alzheimer.
Histórico familiar: Ter um parente próximo, como um pai ou irmão, com a doença de Alzheimer aumenta o risco de desenvolver a condição.
Sexo: As mulheres têm maior risco de desenvolver a doença de Alzheimer em comparação aos homens, possivelmente devido às diferenças hormonais e à maior expectativa de vida das mulheres.
Fatores vasculares: Doenças cardiovasculares e fatores de risco, como hipertensão, diabetes, colesterol alto e obesidade, podem aumentar o risco de desenvolver Alzheimer.
Estilo de vida: Hábitos de vida pouco saudáveis, como sedentarismo, tabagismo, alimentação inadequada e consumo excessivo de álcool, também podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
Traumatismo craniano: Lesões cerebrais traumáticas podem aumentar o risco de Alzheimer, especialmente se a lesão ocorrer repetidamente ou envolver perda de consciência.
É importante notar que, embora esses fatores de risco possam aumentar a probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer, nem todos que possuem esses fatores desenvolverão a doença. A pesquisa continua na busca de compreender melhor as causas e possíveis prevenções para a doença de Alzheimer.
Quais são as três fases do Alzheimer?
A doença de Alzheimer progride em diferentes estágios ao longo do tempo. Geralmente, ela é classificada em três fases principais: leve, moderada e grave. Cada fase apresenta características distintas e pode variar em duração de pessoa para pessoa.
Fase leve (estágio inicial): Nesta fase, os sintomas são geralmente mais sutis e podem incluir dificuldades de memória, dificuldades em encontrar palavras, perda de objetos pessoais e mudanças no humor e comportamento. Pode ser difícil reconhecer a doença de Alzheimer nesta fase, pois os sintomas podem ser atribuídos ao envelhecimento normal ou ao estresse.
Fase moderada (estágio intermediário): À medida que a doença progride, os sintomas tornam-se mais óbvios e começam a afetar a capacidade da pessoa de realizar atividades diárias. Nesta fase, pode haver maior confusão, problemas de memória mais graves, dificuldades em realizar tarefas complexas e mudanças no comportamento e personalidade, como irritabilidade, agitação e retraimento social. As pessoas nesta fase podem precisar de assistência com algumas atividades da vida diária, como se vestir ou tomar banho.
Fase grave (estágio avançado): No estágio avançado da doença de Alzheimer, os sintomas são graves e incapacitantes. A pessoa afetada pode ter dificuldade para reconhecer familiares e amigos, perder a capacidade de se comunicar e necessitar de cuidados constantes e supervisão. Problemas de mobilidade, incontinência e dificuldades para comer e beber são comuns nesta fase. Neste estágio, a pessoa pode ser mais vulnerável a infecções e outras complicações, como pneumonia.
É importante ressaltar que a progressão da doença de Alzheimer varia entre os indivíduos e que os sintomas e a duração de cada fase podem ser diferentes para cada pessoa. O diagnóstico precoce e o tratamento apropriado podem ajudar a retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas e de seus cuidadores.
Qual a idade que começa o mal de Alzheimer?
A doença de Alzheimer pode começar em diferentes idades, dependendo do tipo e dos fatores individuais. Geralmente, existem dois tipos principais de doença de Alzheimer: de início tardio e de início precoce.
Alzheimer de início tardio: Esta é a forma mais comum da doença e ocorre principalmente em pessoas com 65 anos ou mais. O risco de desenvolver a doença de Alzheimer de início tardio aumenta com a idade, e a prevalência da doença dobra a cada 5 anos após os 65 anos.
Alzheimer de início precoce: A forma de início precoce da doença de Alzheimer é menos comum e geralmente afeta pessoas com menos de 65 anos, podendo ocorrer até mesmo entre os 30 e 40 anos. A doença de Alzheimer de início precoce geralmente tem uma base genética mais forte e pode ser hereditária. No entanto, representa apenas cerca de 5% a 10% de todos os casos de Alzheimer.
É importante notar que a idade de início da doença de Alzheimer pode variar significativamente entre os indivíduos, e fatores como genética, estilo de vida e saúde geral podem influenciar o risco e a progressão da doença.
Quem tem mal de Alzheimer sente dor?
As pessoas com doença de Alzheimer podem sentir dor, assim como qualquer outra pessoa. No entanto, a capacidade de perceber, comunicar e lidar com a dor pode ser afetada à medida que a doença progride. Isso pode tornar mais difícil para os cuidadores e profissionais de saúde identificar e tratar adequadamente a dor em pessoas com Alzheimer.
Nos estágios iniciais da doença, uma pessoa com Alzheimer pode ser capaz de descrever e localizar a dor de forma semelhante a alguém sem a doença. No entanto, à medida que a doença avança e a capacidade de comunicação diminui, pode ser mais difícil para a pessoa expressar o desconforto e a dor que está sentindo.
Além disso, a doença de Alzheimer pode afetar a maneira como uma pessoa percebe a dor. Em alguns casos, a percepção da dor pode ser reduzida, enquanto em outros casos, a dor pode ser exacerbada.
É crucial que os cuidadores e profissionais de saúde estejam atentos aos sinais não verbais de dor em pessoas com doença de Alzheimer, como mudanças no comportamento, agitação, retraimento, expressões faciais de dor, gemidos ou choro. O tratamento adequado da dor pode melhorar significativamente a qualidade de vida das pessoas com Alzheimer.
Prevenindo Alzheimer e Parkinson
Artigo publicado sobre a prevenção do Alzheimer e Parkinson com a colaboração da Dra. Marcela Avelino.
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