Aneurismas cerebrais constituem um importante problema de saúde mundial, afetando entre 3 a 5% da população. São lesões caracterizadas por dilatações ou lobulações das paredes das artérias intracranianas. Na maioria das vezes, os aneurismas não dão sintomas até que ocorra ruptura e sangramento, quando geralmente se manifestam pela hemorragia subaracnóide (HSA), que é uma situação clínica grave e uma urgência médica.
O tratamento consiste em excluir o aneurisma da circulação sanguínea, evitando-se desta forma a HSA, que quando ocorre, pode ser fatal em 1/3 dos casos e deixar seqüelas clínicas limitantes em até metade dos pacientes que sobrevivem.
Tradicionalmente, o tratamento do aneurisma cerebral se faz através da colocação cirúrgica de um clipe metálico entre o vaso normal e o aneurisma, excluindo-se desta forma a passagem de sangue para o interior do saco aneurismático. Este procedimento é realizado através de craniotomia, ou seja, uma pequena abertura no crânio. O cérebro não é cortado, apenas dissecado e afastado para que a artéria com aneurisma, que geralmente se situa embaixo do cérebro seja encontrada e tratada. O procedimento é realizado com anestesia geral, dura cerca de 4 horas e, atualmente, é considerado bastante seguro e eficaz.
Em 1991, com a introdução por Gulglielmi das espirais metálicas com destacamento controlado, disponibilizou-se uma nova alternativa ao tratamento dos aneurismas cerebrais, até então tratados preferencialmente por via cirúrgica. A utilização destas espirais metálicas (molas delicadas de platina) permitiu a realização do tratamento do aneurisma cerebral pela técnica de embolização endovascular. Neste procedimento, é realizada uma pequena punção na artéria femoral (virilha), por onde se conduz um micro cateter até o interior do saco aneurismático. O procedimento, realizado em um angiógrafo, utiliza visualização em tempo real sob Raios-X para identificação das estruturas vasculares quando preenchidas por contraste iodado. Com o micro cateter no interior do aneurisma, sucessivas espirais metálicas são introduzidas no interior do saco aneurismático até a sua exclusão circulatória.
Aneurisma cerebral tratamento endovascular
A embolização endovascular dos aneurismas cerebrais permitiu uma abordagem terapêutica eficaz e segura, associada a menores taxas de morbidade e de mortalidade. Entretanto, a melhor escolha terapêutica entre as modalidades, cirúrgica ou endovascular, deverá ser analisada de forma multidisciplinar levando-se em conta o melhor tipo de abordagem para cada tipo de aneurisma e de paciente.
O Amato Consultório Médico e a equipe Neurocirurgia.com possuem profissionais capacitados para o tratamento dos aneurismas cerebrais e todos os casos são discutidos com equipe multidisciplinar composta por neurocirurgião, neurorradiologista intervencionista e cirurgião endovascular para que a melhor opção terapêutica seja escolhida para cada caso.