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Desvendando a Hipertensão Arterial: O Perigo Silencioso

Problema de hipertensão na terceira idade. Homem afro-americano medindo pressão arterial usando esfigmomanômetro manguito sentado no sofá em casa. Cuidados de saúde, problema de saúde

A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma condição médica comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar de ser um problema de saúde pública significativo, muitas pessoas não sabem que têm hipertensão, pois geralmente não apresenta sintomas perceptíveis. É por isso que a hipertensão arterial é frequentemente chamada de “assassino silencioso”. Este artigo aborda o que é a hipertensão arterial, suas causas e fatores de risco, sintomas e sinais, bem como as consequências graves da pressão alta não controlada. Além disso, discute a importância da medição regular da pressão arterial para prevenir e controlar a hipertensão arterial.

Sumário

A Dra. Marisa Amato, cardiologista do Amato Instituto de Medicina Avançada e professora livre-docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, alerta sobre a importância do controle da hipertensão arterial, uma doença silenciosa que afeta cerca de 50% da população brasileira. A falta de controle pode levar a doenças graves, como infarto do miocárdio, aneurisma cardiovascular, acidente vascular cerebral e morte súbita. A hipertensão arterial não tem cura, mas pode ser controlada com uma série de medidas, incluindo a redução do consumo de sal, a manutenção de um peso saudável, a prática regular de exercícios físicos, a administração do estresse e o abandono do hábito de fumar. A Dra. Marisa Amato enfatiza a importância de tratar a hipertensão logo no início, nos estágios pré-hipertensão, e sugere que as pessoas calculem seu risco cardiovascular no site do instituto.

Eu sou doutora Marisa Amato, cardiologista do Amato Instituto de Medicina Avançada, professora livre-docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. E eu queria saber: você sabe a sua pressão arterial? 50 por cento dos brasileiros não sabe. O maior perigo da hipertensão é esse; ela é assintomática, idiopática, insidiosa e silenciosa.

Outra metade, 50 por cento que sabe que tem hipertensão, 30 por cento toma medicação, mas não controla a pressão arterial. 10 por cento apenas toma medicação e controla a pressão arterial. E outros 10 por cento sabe que tem hipertensão e nem toma medicação. Então, é um problema importante o controle da hipertensão arterial, e ela é uma doença que predispõe às cardiopatias que mais matam, como infarto do miocárdio, o aneurisma cardiovascular, um acidente vascular cerebral e a morte súbita.

Não tratar essa doença diminui a expectativa de vida de 10 a 20 anos, dependendo do grau de hipertensão arterial. Por exemplo, um indivíduo de 35 anos que tenha a pressão arterial em 12 por 8, ele tem uma expectativa de vida de uns 40 anos. O indivíduo, um mesmo indivíduo com 35 anos, que tem a 15 por 10, ele tem uma expectativa de vida de 25 anos.

A hipertensão arterial controlada, com ou sem medicamento, ela leva o paciente à mesma sobrevida que uma pessoa que não tenha hipertensão. Daí a grande importância de se tratar a hipertensão logo no início, nos estágios pré-hipertensão. Então pacientes que apresentem uma pressão duvidosa (13, 14 por 8,5, 9) já devem se preocupar.

Ela é uma doença crônica e, em 95 por cento dos casos, ela não tem uma causa definida. Ela tem diversos fatores que aumentam o risco do seu desenvolvimento. Então, o que fazer para prevenir a hipertensão?

Primeiro lugar: reduzir a ingestão de sal. O brasileiro tem o hábito de ingerir o dobro do que é recomendado de sal na sua dieta diária e uma dieta com muito sal ela aumenta em 30 por cento a pressão arterial.

Outro fator importante: manter o peso corpóreo. A obesidade em 1975 tinha uma prevalência de 15 por cento, hoje ela já está em 40 por cento, é um fator muito importante de aumentar a pressão arterial.

Outra maneira de evitar a hipertensão é praticando atividade física. Está mais do que comprovado que quem pratica atividade física com frequência, regularidade, intensidade adequada, consegue prevenir e controlar o tratamento da hipertensão arterial.

O estresse é outro fator que, durante um momento estressante, a frequência cardíaca e a pressão arterial aumentam. Se esse estresse permanece por um período maior, a pessoa permanece com a pressão elevada. Então, controlar, administrar o estresse intercalando momentos prazerosos no dia-a-dia é outra dica importante para controlar a pressão arterial.

Não fumar é mais do que sabido que, durante o ato de fumar, também a pressão e a frequência cardíaca aumentam.

A hipertensão arterial não tem cura, porém o seu controle adequado só depende de você. Gostou desse vídeo? Quer mais informações? Entre em nosso site www.amato.com.br e aproveite e calcule o seu risco cardiovascular.

O que é hipertensão arterial?

A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma condição médica comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. É caracterizada por uma pressão arterial persistentemente elevada, o que significa que o sangue está exercendo uma força excessiva nas paredes dos vasos sanguíneos.

A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e é registrada com dois números. O primeiro número, chamado de pressão arterial sistólica ou máxima, representa a pressão nas artérias quando o coração bate e bombeia sangue. O segundo número, chamado de pressão arterial diastólica ou mínima, representa a pressão nas artérias quando o coração está em repouso entre os batimentos. Uma pressão arterial normal é igual ou inferior a 120/80 mmHg. A hipertensão é diagnosticada quando a pressão arterial é igual ou superior a 130/80 mmHg em várias medições.

A prevalência da hipertensão arterial varia em diferentes regiões e populações, mas estima-se que cerca de um terço dos adultos em todo o mundo tenham pressão alta. Isso a torna um problema de saúde pública significativo, já que a hipertensão está relacionada a várias complicações graves, como doenças cardíacas, derrames, insuficiência renal entre outras.

Muitas pessoas, aproximadamente 1/3 dos hipertensos não sabem que têm hipertensão arterial, pois geralmente não apresentam sintomas perceptíveis. Por isso, é fundamental realizar exames médicos regulares e medir a pressão arterial para identificar e tratar a condição precocemente, evitando possíveis complicações.

Causas e fatores de risco da hipertensão arterial

A hipertensão arterial, ou pressão alta, é uma condição complexa que pode ser causada por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais. Aqui estão algumas das principais causas e fatores de risco da hipertensão arterial:

  1. Genética: A predisposição genética desempenha um papel significativo no desenvolvimento da hipertensão arterial. Se você tem familiares próximos com pressão alta, seu risco de desenvolver a condição é maior.

  2. Idade: A incidência de hipertensão arterial aumenta com a idade, porque as artérias perdem sua elasticidade e tornam-se mais rígidas à medida que envelhecemos. Assim, acima de 50 anos, 50% da população apresenta hipertensão arterial sistêmica e, acima de 60 anos, passa a 60% e essa incidência continua sendo cada vez maior com o decorrer do tempo.

  3. Etnia: Algumas populações têm maior predisposição à hipertensão arterial. Por exemplo, afrodescendentes têm maior probabilidade de desenvolver pressão alta em comparação a outras etnias.

  4. Obesidade: O excesso de peso pode aumentar a resistência nos vasos sanguíneos, o que leva ao aumento da pressão arterial.

  5. Dieta rica em sal: Consumir alimentos com alto teor de sódio pode levar a um aumento na retenção de líquidos, o que eleva a pressão arterial.

  6. Sedentarismo: A falta de atividade física contribui para o ganho de peso e a obesidade, diabetes e está associada ao risco de hipertensão arterial.

  7. Consumo excessivo de álcool: Beber álcool em grandes quantidades e com frequência aumentam a resistência periférica e pode levar a hipertensão.

  8. Tabagismo: Fumar pode causar constrição dos vasos sanguíneos e elevar a pressão arterial. Além disso, as substâncias químicas presentes no cigarro podem danificar as paredes arteriais.

  9. Estresse crônico: O estresse prolongado pode aumentar a pressão arterial, principalmente se acompanhado de maus hábitos, como alimentação pouco saudável, consumo excessivo de álcool e tabagismo.

  10. Doenças renais: Problemas nos rins podem afetar o equilíbrio de sal e água no corpo, o que pode levar ao aumento da pressão arterial.

  11. Distúrbios hormonais: Condições como a síndrome de Cushing, hipotireoidismo e hipertireoidismo podem afetar a pressão arterial.

É importante lembrar que a hipertensão arterial geralmente não apresenta sintomas, o que a torna ainda mais perigosa. Por isso, é fundamental realizar exames médicos regulares e adotar um estilo de vida saudável para prevenir e controlar a pressão alta.

Sintomas e sinais: por que é chamada de “assassino silencioso”?

A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é frequentemente chamada de “assassino silencioso” porque, na maioria dos casos, não apresenta sintomas perceptíveis. Isso significa que muitas pessoas com hipertensão não sabem que têm a condição e, consequentemente, não a tratam.

Sintomas funcionam como alarme e na falta destes, a hipertensão torna-se especialmente perigosa, pois, quando não controlada, pode levar a complicações graves e até fatais. 50% dos hipertensos desconhecem sua condição e não tratam a doença.

A hipertensão danifica a parede interna dos vasos, assim essa doença pode atingir todos os órgãos.

  1. Doença cardíaca: a hipertensão pode aumentar o risco de doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca e infarto do miocárdio.
  2. Acidente vascular cerebral (AVC): a pressão alta pode causar coágulos sanguíneos ou ruptura de vasos sanguíneos no cérebro, resultando em um derrame.
  3. Doença renal: a hipertensão arterial pode danificar os vasos sanguíneos dos rins, levando à insuficiência renal crônica ou aguda.
  4. Problemas de visão: a hipertensão pode afetar os vasos sanguíneos da retina, causando perda de visão ou danos permanentes.

Embora a hipertensão geralmente não apresente sintomas, em alguns casos,  os indivíduos podem experimentar sinais como:

  1. Dor de cabeça
  2. Tontura
  3. Falta de ar
  4. Sangramento nasal
  5. Visão embaçada

No entanto, esses sintomas são raros e geralmente só ocorrem em casos de hipertensão grave ou crise hipertensiva. Portanto, é fundamental fazer exames médicos regulares e medir a pressão arterial para identificar e tratar a hipertensão precocemente. Além disso, a adoção de um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, atividade física regular e controle do estresse, é crucial para prevenir e controlar a pressão alta.

Consequências da hipertensão não controlada: problemas cardíacos, renais e cerebrais

A hipertensão arterial não controlada pode levar a uma série de complicações graves que afetam o coração, os rins e o cérebro. Aqui estão algumas das consequências mais comuns da pressão alta não controlada para leigos:

  1. Doenças cardíacas: A hipertensão aumenta o esforço do coração para bombear sangue, o que pode levar a problemas como doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio e hipertrofia do músculo cardíaco.

  2. Acidente vascular cerebral (AVC): A pressão alta pode enfraquecer ou danificar os vasos sanguíneos no cérebro, aumentando o risco de coágulos sanguíneos (AVC isquêmico) ou sangramento (AVC hemorrágico).

  3. Doença renal: A hipertensão arterial pode causar danos aos vasos sanguíneos dos rins, levando à insuficiência renal crônica ou aguda. Isso pode exigir tratamento como diálise ou até mesmo transplante renal.

  4. Problemas de visão: A pressão alta pode danificar os vasos sanguíneos da retina, causando retinopatia hipertensiva, que pode levar à perda de visão ou cegueira.

  5. Disfunção erétil: A hipertensão pode afetar a circulação sanguínea e danificar os vasos sanguíneos, levando à disfunção erétil nos homens.

  6. Aneurisma: A pressão alta pode enfraquecer as paredes dos vasos sanguíneos, causando a formação de aneurismas, que são dilatações anormais nos vasos. Se um aneurisma se rompe, pode ser fatal.

  7. Demência: A hipertensão a longo prazo pode afetar a saúde do cérebro e aumentar o risco de demência vascular, uma forma de demência causada por problemas de circulação no cérebro.

Por isso, é essencial identificar e tratar a hipertensão arterial o quanto antes. A adoção de um estilo de vida saudável, incluindo alimentação equilibrada, exercícios regulares e redução do estresse, é crucial para prevenir e controlar a pressão alta. Além disso, é importante realizar exames médicos regulares e seguir as recomendações médicas para o tratamento adequado da hipertensão.

Diagnóstico: como é feito e qual a importância da medição regular da pressão arterial

O diagnóstico da hipertensão arterial para leigos é um processo simples e indolor, que geralmente envolve a medição da pressão arterial usando um aparelho chamado esfigmomanômetro. Aqui está uma breve explicação de como é feito o diagnóstico e por que é importante medir regularmente a pressão arterial:

  1. Como é feito o diagnóstico: O diagnóstico da hipertensão arterial geralmente começa com a medição da pressão arterial no consultório médico. O profissional de saúde coloca um manguito inflável ao redor do braço, nivelado com o coração, e utiliza um estetoscópio para ouvir os sons da circulação sanguínea enquanto o manguito é inflado e, em seguida, desinflado lentamente. A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e registrada como dois números: a pressão sistólica (quando o coração bate) e a pressão diastólica (quando o coração está em repouso entre os batimentos). A hipertensão é geralmente diagnosticada quando a pressão arterial é igual ou superior a 130/80 mmHg em várias medições.

  2. Importância da medição regular da pressão arterial: Medir a pressão arterial regularmente é crucial para identificar e tratar a hipertensão precocemente. Como a hipertensão arterial muitas vezes não apresenta sintomas, a única maneira de saber se você tem pressão alta é através da medição. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a prevenir complicações graves, como doenças cardíacas, derrames e insuficiência renal.

É importante lembrar que a pressão arterial pode variar ao longo do dia e em diferentes situações. Portanto, é aconselhável medir a pressão arterial em diferentes momentos e em diferentes ambientes para obter uma avaliação mais precisa. Se a pressão arterial estiver consistentemente elevada em várias medições, o médico pode solicitar exames adicionais ou prescrever tratamentos para ajudar a controlar a hipertensão.

Em resumo, o diagnóstico da hipertensão arterial é feito medindo a pressão arterial, e é essencial fazer essa medição regularmente para identificar e tratar a condição antes que ela cause complicações graves.

Estilos de vida saudáveis para prevenir e controlar a hipertensão: alimentação, atividade física e redução do estresse

Adotar um estilo de vida saudável é fundamental para prevenir e controlar a hipertensão arterial. Aqui estão algumas dicas para leigos sobre alimentação, atividade física e redução do estresse:

  1. Alimentação:

    • Reduza o consumo de sal: Limite a quantidade de sal na sua dieta, pois o sódio pode aumentar a pressão arterial. Tente usar temperos e ervas naturais em vez de sal para dar sabor aos alimentos.
    • Consuma mais frutas e vegetais: Uma dieta rica em frutas e vegetais pode ajudar a diminuir a pressão arterial.
    • Escolha grãos integrais: Opte por grãos integrais em vez de grãos refinados, pois são mais nutritivos e benéficos para a saúde cardiovascular.
    • Consuma proteínas magras: Prefira proteínas magras, como peixes, aves e leguminosas, em vez de carnes vermelhas e processadas.
    • Evite gorduras saturadas e trans: Reduza o consumo de gorduras saturadas e trans, presentes em alimentos como manteiga, gordura animal e produtos industrializados.
    • Mantenha-se hidratado: Beba água ao longo do dia. A injestão de água ajuda a regular a pressão arterial, principalmente para quem faz uso de medicação para seu tratamento.
  2. Atividade física:

    • Faça exercícios regularmente: Pratique atividades físicas moderadas, como caminhadas, natação ou ciclismo, pelo menos 150 minutos por semana, ou atividades mais intensas, como corrida ou treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT), por pelo menos 75 minutos por semana.
    • Inclua treinamento de força: Realize exercícios de fortalecimento muscular, como levantamento de peso ou ioga, pelo menos duas vezes por semana.
    • Mantenha-se ativo ao longo do dia: Evite longos períodos de inatividade e tente se levantar e se movimentar a cada 30 minutos.
  3. Redução do estresse:

    • Pratique técnicas de relaxamento: Experimente técnicas de relaxamento, como meditação, respiração profunda ou ioga, para ajudar a reduzir o estresse e a pressão arterial.
    • Durma bem: Estabeleça uma rotina regular de sono e crie um ambiente propício para dormir, pois a falta de sono pode aumentar o estresse e a pressão arterial.
    • Cultive relacionamentos saudáveis: Mantenha-se conectado com amigos e familiares, pois o apoio emocional pode ajudar a reduzir o estresse e melhorar a saúde geral.
    • Estabeleça limites: Aprenda a dizer não e evite assumir responsabilidades excessivas, que podem aumentar o estresse.
    • Reserve tempo para atividades prazerosas: Faça atividades que você goste e que ajudem a relaxar e se divertir.

Adotar um estilo de vida saudável, com uma alimentação balanceada, atividade física regular e redução do estresse, é uma das melhores maneiras de prevenir e controlar a hipertensão arterial.

Tratamento farmacológico: tipos de medicamentos e como funcionam

O tratamento farmacológico da hipertensão arterial envolve o uso de medicamentos que ajudam a baixar a pressão arterial e a mantê-la dentro dos limites saudáveis. Existem várias classes de medicamentos usadas para tratar a hipertensão, e cada uma funciona de maneira diferente. Aqui estão algumas das principais classes de medicamentos e como elas atuam:

  1. Diuréticos: Os diuréticos, ajudam os rins a eliminar o excesso de sal e água do corpo. Isso reduz o volume de sangue, o que ajuda a diminuir a pressão arterial.

  2. Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA): Esses medicamentos ajudam a relaxar os vasos sanguíneos, bloqueando a produção de uma substância química chamada angiotensina II, que causa a constrição dos vasos sanguíneos. Com os vasos sanguíneos relaxados, a pressão arterial diminui.

  3. Bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA): Essa classe de medicamentos também atua no sistema da angiotensina, mas, em vez de inibir a produção de angiotensina II, bloqueia sua ação nos receptores nos vasos sanguíneos. Isso leva ao relaxamento dos vasos sanguíneos e à redução da pressão arterial.

  4. Bloqueadores dos canais de cálcio: Esses medicamentos funcionam impedindo a entrada de cálcio nas células musculares do coração e das paredes dos vasos sanguíneos. Isso resulta no relaxamento dos vasos sanguíneos e na diminuição da pressão arterial.

  5. Betabloqueadores: Os betabloqueadores diminuem a frequência cardíaca e a força de contração do coração, reduzindo a quantidade de trabalho que o coração precisa realizar. Isso ajuda a baixar a pressão arterial.

  6. Alfabloqueadores: Esses medicamentos atuam relaxando os músculos das paredes dos vasos sanguíneos, o que facilita a passagem do sangue e reduz a pressão arterial.

É importante lembrar que cada pessoa pode responder de maneira diferente aos medicamentos, e o médico pode prescrever uma combinação de medicamentos para encontrar o tratamento mais eficaz. Além disso, o tratamento farmacológico deve ser acompanhado de mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, atividade física regular e controle do estresse, para obter os melhores resultados no controle da hipertensão arterial.

Monitoramento e acompanhamento médico: a importância de consultas regulares

O monitoramento e acompanhamento médico são aspectos cruciais no controle da hipertensão arterial. As consultas regulares com o médico têm várias finalidades importantes:

  1. Detecção precoce: A hipertensão é frequentemente chamada de “assassino silencioso” porque muitas pessoas não apresentam sintomas perceptíveis. As consultas médicas regulares e a medição da pressão arterial podem ajudar a identificar a condição precocemente antes que cause complicações graves.

  2. Ajuste do tratamento: O tratamento da hipertensão pode envolver a combinação de diferentes medicamentos e mudanças no estilo de vida. As consultas regulares permitem que o médico avalie a eficácia do tratamento atual e faça ajustes, se necessário, para garantir o controle adequado da pressão arterial.

  3. Avaliação de fatores de risco: Durante as consultas médicas, o profissional de saúde pode avaliar outros fatores de risco cardiovascular, como colesterol alto, diabetes e obesidade. Isso permite abordar esses fatores de risco e melhorar a saúde geral do paciente.

  4. Educação e apoio: As consultas regulares também são uma oportunidade para o médico educar o paciente sobre a hipertensão, responder a perguntas e fornecer orientações sobre como gerenciar a condição de maneira eficaz. Isso pode incluir informações sobre dieta, exercícios, controle do estresse e uso correto dos medicamentos.

  5. Prevenção de complicações: Controlar a hipertensão arterial ajuda a prevenir complicações graves, como doenças cardíacas, derrames e insuficiência renal. O acompanhamento médico regular permite identificar e tratar quaisquer problemas que possam surgir, minimizando o risco de complicações.

Portanto, é fundamental que as pessoas com hipertensão arterial ou em risco de desenvolvê-la consultem regularmente o médico para garantir o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Essas consultas são uma parte vital do controle da hipertensão e da manutenção de uma vida saudável.

Como medir a pressão arterial?

Para medir a pressão arterial em casa, você vai precisar de um aparelho chamado de esfigmomanômetro. Existem dois tipos: o manual e o digital.

O esfigmomanômetro manual consiste em um medidor de pressão (manômetro), um manguito inflável e um estetoscópio. O procedimento é feito da seguinte forma:

  1. Posicione o manguito inflável ao redor do braço, cerca de 2 a 3 cm acima do cotovelo.
  2. Insira as hastes do estetoscópio em seus ouvidos.
  3. Inflar o manguito até 20-30 mmHg acima da pressão sistólica esperada (normalmente, 120 mmHg).
  4. Comece a desinflar o manguito gradualmente, ouvindo o som dos batimentos cardíacos com o estetoscópio.
  5. Anote a pressão no momento em que o primeiro batimento é ouvido (pressão sistólica) e quando o som dos batimentos desaparece (pressão diastólica).

Já o esfigmomanômetro digital é mais fácil de usar e não requer o uso do estetoscópio. Os passos para a medição são os seguintes:

  1. Coloque o manguito inflável ao redor do braço, cerca de 2 a 3 cm acima do cotovelo.
  2. Aperte o botão de inflação do aparelho, até que ele chegue a uma pressão que seja cerca de 20-30 mmHg acima da pressão sistólica esperada (normalmente, 120 mmHg).
  3. Aguarde alguns segundos enquanto o aparelho mede a pressão arterial automaticamente.
  4. Anote a pressão sistólica e diastólica mostrada no visor do aparelho.

Para obter resultados mais precisos, é recomendável seguir as instruções de uso do seu aparelho e procurar a ajuda de um profissional de saúde para orientação. É importante lembrar que a pressão arterial pode variar durante o dia, portanto, é recomendável fazer várias medições em diferentes momentos para obter uma média mais precisa.

Hipertensão e a má circulação

Neste vídeo, o doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, fala sobre a relação entre a pressão alta e a doença vascular periférica. Ele explica que a hipertensão está relacionada com o endurecimento da parede dos vasos, que por sua vez está ligado à aterosclerose, a placa arterial. Embora seja difícil determinar se a pressão alta leva à aterosclerose ou o contrário, a inflamação crônica é um fator comum aos dois problemas. A hipertensão é assintomática, enquanto a aterosclerose só apresenta sintomas quando está avançada. A obesidade, o diabetes e outras comorbidades estão frequentemente associados à hipertensão. As causas da hipertensão arterial incluem fatores genéticos, sedentarismo, obesidade, excesso de sal na alimentação, consumo de álcool e tabagismo. Para evitar e tratar a hipertensão, o doutor Amato recomenda atividade física, alimentação saudável, diminuição do sal na alimentação, controle do peso, diminuição do consumo de álcool e, sobretudo, parar de fumar.

Olá, sou doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, e hoje eu vou falar a correlação da pressão alta com a doença vascular periférica. Então, o que que tem a ver a hipertensão com as suas artérias, com seus vasos e o como que a gente pode evitar a piora da doença vascular, sabendo do que que a hipertensão tem a ver com tudo isso?

Então, quando a gente fala de pressão alta, todo mundo sabe que tem a ver com o coração, tem a ver com a circulação, mas exatamente onde que tá essa conexão, né? A pressão alta ela normalmente vem com uma associação de fatores, né? Então, o paciente obeso, diabético ou que tem outras comorbidades e acaba chegando à hipertensão. E a gente sabe também que a hipertensão causa o endurecimento da parede dos vasos. E esse endurecimento da parede do vaso também tá relacionado com a aterosclerose, que é a placa arterial. O que que veio antes, né? O ovo ou a galinha? O que que vem antes? É a pressão alta levando à aterosclerose ou é a aterosclerose que causa o endurecimento desse vaso e acaba levando à pressão alta?

Isso pode parecer uma besteira, mas é extremamente difícil de responder essa pergunta. Mas o que a gente sabe é o seguinte: o que que leva tanto à pressão alta quanto à aterosclerose? Os dois têm origem comum, que é a inflamação crônica. A inflamação crônica ela vai causar nas pessoas ambos problemas. O que acontece é que pra algumas pessoas, a pressão alta vai aparecer antes e pra outras pessoas, a aterosclerose vai aparecer antes.

Então, a hipertensão ela normalmente ela é assintomática, ou seja, não tem sintoma nenhum. A aterosclerose no início, ela tem sintoma nenhum. A aterosclerose no início, ela também é completamente assintomática, não tem início nenhum e lá com da vida, tanto a hipertensão quanto a pressão alta pode começar a trazer sintomas. Então, quando a pressão alta tá muito elevada e já tem muito tempo de pressão alta, pode acabar tendo alguns sintomas subjetivos, como dor de cabeça, como falta de ar, fadiga, cansaço, zumbido, tontura, sangramento nasal, às vezes até mesmo náusea, mas assim, pra pressão alta levar a esses sintomas, é bem tardio e tem que tá elevado.

Então, a grande maioria dos da das pessoas não sente nada com a pressão alta. E a aterosclerose? Bom, a aterosclerose no início também não sente nada, apesar de ser inflamatória, você pode apertar uma artéria com aterosclerose que não vai sentir nada. A questão é que quando começa a obstruir essa artéria e começa a faltar sangue mais pra frente aí sim tem a dor, tem a claudicação intermitente que eu já falei bastante aqui, é uma dor de hipóxia, ou seja, oxigênio no tecido e essa é uma dor muito muito significativa, só que ela é tardia, é quando a doença já tá bem avançada.

É difícil falar o que veio antes ou depois o ovo, a galinha, a arterosclerose ou a pressão alta se a gente considerar somente os sintomas porque a maior parte da vida não vai ter sintoma nenhum. Agora, o fator comum desses dois problemas é a inflamação e a inflamação ela tá envolvida em todos os da aterogênese que é a formação dessas placas arteriais desde o início que é o recrutamento dos monócitos, macrófagos, aquelas células de defesa até o final que é o rompimento da placa quando a placa extravasa seu conteúdo, forma o coágulo e acaba obstruindo abruptamente a irrigação de algum de algum órgão.

É muito difícil estudar esse mecanismo em seres humanos. É muito difícil estudar esse mecanismo em seres humanos porque normalmente quem chegou nesse ponto tem vários fatores em não é uma doença isolada, não é um problema isolado, tem lá diabetes, vai ter tabagismo, vai ter obesidade, vai ter inflamação crônica, vai ter um monte de coisa atuando ali naquele naquele meio metabólico insalubre.

Agora, teve um trabalho recente de 2021 que sugeriu o seguinte: em um trabalho com porquinhos, mostrou que a própria pressão elevada poderia, assim de forma direta, fazer o LDL entrar nessa parede aumentando a sua concentração e a inflamação da parede, causando então o acúmulo dessa lipoproteína de baixa densidade na parede arterial e causando uma reestruturação desse vaso, então aí seria a hipertensão causando a aterosclerose.

Agora, a hipertensão causa o endurecimento da parede do vaso ou o endurecimento do vaso causa a hipertensão? Quando a gente avalia os pacientes, por exemplo, os pacientes idosos, né? Que têm só o endurecimento da parede do vaso por causa da idade e outros fatores, a hipertensão vem por causa disso e é uma hipertensão mais sistólica do que diastólica. Nesse caso, o endurecimento pode ter vindo antes. Agora, quando a gente vê alguém que é jovem, tá obeso, tá inflamado pra burro, tem um monte de fator, por exemplo, quarenta anos, trinta e cinco com pressão alta hoje em dia não é um fator só, se fosse um fator só o corpo compensava, mas normalmente é uma associação de fatores e aí esse paciente ele pode tá com a pressão elevada, mas não teve ainda o endurecimento da parede do vaso, então que que acontece?

Nesse caso, é o coração tentando trabalhar mais, vencer essa inflamação crônica, seria como se ele tivesse carregando um peso o tempo todo, né? Afinal, no exercício físico quando a gente tá fazendo exercício físico tem o aumento da pressão, mas ele tá carregando aí essa inflamação, lutando com essa inflamação o tempo todo e aí isso acaba consequentemente levando o endurecimento da parede do vaso posteriormente.

A pressão alta ela é chamada de assassino silencioso, exatamente por causa disso porque não tem os sintomas, né? Leva muito tempo pra ter os sintomas e quando a ela se instalou a doença, ela já tem vários fatores, várias outras doenças associadas nas causas inflamatórias que tão desequilibrando o corpo.

Então, às vezes as pessoas acham, ah, eu vou tomar o remédio pra pressão alta e tá resolvido. Não, tem que mudar hábito de vida, tem que tirar todos aqueles fatores estressores, todos aqueles fatores inflamatórios que eu vivo falando aqui no canal. Se você não assistiu ainda nossa nossos vídeos, eu falo bastante, falo bastante do exercício físico, falo bastante do estresse, falo bastante da alimentação e como que isso tá envolvido na saúde vascular.

Num existe uma hipertensão. Existem várias causas de pressão alta, então normalmente quando a gente tá falando assim, a gente tá falando da hipertensão essencial que não tem uma causa bem definida, né? São vários fatores, mas existem algumas hipertensões que elas são derivadas de alguma doença. Então, tem uma especificamente que eu vou falar aqui porque ela eu consigo falar o que que veio antes, que é a hipertensão renovascular. É a hipertensão que ocorre quando tem a deposição de cálcio na parede do da artéria renal e diminui a quantidade de sangue que chega no no rim. O rim tem um um mecanismo pra tentar regular isso se tá chegando menos sangue nele, ele ele fala, opa, a pressão tá baixa, eu tenho que aumentar a pressão pra chegar mais sangue aqui, aí ele solta um hormônio ali que vai aumentar a pressão do corpo, só que na verdade não tava chegando sang

ue nele, não é por causa de uma pressão baixa, era porque tava obstruído mesmo, então essa é a hipertensão onde o início é a doença arterial, é o dano na parede arterial.

Agora, quais são as causas da hipertensão arterial? Pode ser genética; os familiares têm bastante hipertensão, a probabilidade de você ter é maior. O sedentarismo, ou seja, a falta de exercício físico ou o ato de não se mexer mais na modernidade, né? O controle remoto, a gente não precisa fazer mais nada, iFood, chega em casa tudo pronto, não preciso levantar nem pra comer. Então, o sedentarismo é um dos fatores de risco pra hipertensão também, a obesidade, então é interessante que a pessoa fica obesa, né? Aí vira hipertenso, aí começa a tratar a pressão alta, mas não trata a obesidade, mas a obesidade que é o fator de risco pra pressão se diminui a obesidade, às vezes não precisa nem mais tratar a pressão alta porque ela se normaliza.

Outra causa superfrequente na população hoje em dia é o excesso de sal na alimentação. Presta atenção, tem sal em tudo. Se você pegar uma bolacha doce ou biscoito, num sei. Escreve lá embaixo que que você acha que é o certo, mas vai ter sal, vai ter sódio. Tem na água, gente. Muitas águas por aí, tem um excesso de sódio e tem gente indicando água alcalina ou água sei lá o que e esquece de ver a quantidade de sódio, você toma um copo de água como se fosse um saquinho de sal junto, tem que tomar muito cuidado com isso.

O consumo excessivo de álcool também pode levar à hipertensão arterial. Lembrando que no início, o primeiro efeito do álcool é uma vasodilatação. Com o uso crônico e prolongado, pode causar o endurecimento da parede do vaso também levando à hipertensão arterial. Outra causa superfrequente é o tabagismo, é o cigarro, que é algo mais maléfico do que isso tá escrito na caixinha lá, não tem dúvida do quanto aquilo faz mal. Lá vai destruir a matriz celular, vai destruir a parede da sua artéria, vai levar à pressão alta, vai levar a dano vascular e vários outros danos que eu não vou nem entrar no mérito aqui.

Então, como que a gente evita a hipertensão arterial, como que a gente trata ou faz parte do tratamento não medicamentoso? É atividade física, praticar algum movimento, né? Se preocupar com a movimentação e aqui eu não tô falando fazer maratona, não, fazendo um pouquinho todo dia, algo que seja viável movimentar-se, alimentar-se bem, diminuir a quantidade de sal na alimentação, manter um peso saudável e aí entra tanto alimentação quanto exercício físico pra não entrar na obesidade, alimentos mais naturais, diminuir o consumo de álcool, não precisa zerar o álcool, tem uma pequena quantidade e sendo bem escolhido, tendo resveratrol junto, tem um vídeo inteiro falando sobre isso, dá pra ficar de um de certa forma controlado e dentro do saudável, mas parar de fumar é essencial, tem que parar. Se você ainda fuma, coloca isso como prioridade máxima, esquece o resto, coloca como meta parar de fumar.

Controlar o estresse. Parece fácil, né? Controlar o estresse. Ah, o médico receitou aqui controlar o estresse, mas saiba que existem várias formas não medicamentosas de controlar o estresse desde meditação, ioga, ir na igreja, um monte de coisa você pode fazer pra ajudar a controlar o estresse, sair dos meios estressantes em que você vive que são desnecessários pra sua vida precisando você saiba que pode utilizar um medicamento, nem que seja por um período da vida aí que esteja mais difícil.

Então, hipertensão arterial ou pressão alta ou pressão elevada é o aumento da pressão arterial sanguínea dentro dos vasos cronicamente, ou seja, não é agudamente, não é porque você leva um susto, você tem um aumento da pressão, você faz exercício, tem o aumento da pressão, eu tô falando cronicamente essa pressão elevada, isso que é a hipertensão arterial e ela leva sim ao dano estrutural na parede das artérias, causando então a má circulação.

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Impacto do sal e sódio na circulação

Neste vídeo, o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, discute o efeito do sal e do sódio na circulação e na saúde em geral. Ele explica que o sódio é essencial para a homeostase do corpo, mas o consumo excessivo pode levar a problemas de saúde, como hipertensão arterial e endurecimento das paredes dos vasos sanguíneos.

O consumo excessivo de sal não apenas aumenta a pressão arterial, mas também tem um efeito direto na parede dos vasos sanguíneos. A disfunção endotelial, causada pelo consumo excessivo de sal, pode levar à formação de placas ateroscleróticas e à hipertensão arterial.

Para reduzir o consumo de sal, o Dr. Amato sugere algumas estratégias, como:

1. Treinar o paladar para apreciar outros temperos e sabores.
2. Substituir o sal comum por sal com menor teor de sódio.
3. Não colocar sal no alimento durante o preparo e deixar para adicioná-lo na mesa, conscientemente colocando menos sal.
4. Evitar alimentos ultraprocessados e embutidos, que contêm grandes quantidades de sal.
5. Ler e entender as tabelas nutricionais dos produtos, prestando atenção ao teor de sódio.

Em resumo, é importante educar o paladar e aprender a usar outros temperos para reduzir o consumo de sal e melhorar a saúde cardiovascular.

Olá, sou Doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, e hoje eu vou falar sobre o efeito do sal e do sódio na circulação. Você gosta muito de sal? Você coloca sal na sua comida? Você conhece alguém que exagera no sal? Esse vídeo é para essa pessoa, então você pega lá em cima o link e encaminha, porque o sódio tem um efeito enorme na sua saúde, na saúde da sua família e cuidado também as pessoas que fazem a comida para família toda, né? E aí a família toda acaba sofrendo os danos de uma vontade pessoal, né? Às vezes, a pessoa gosta de sal, coloca lá, mas não é todo mundo que tem esse paladar pro sal.

Então, vamos lá, me conta ali embaixo, eu quero saber qual que é a sua relação com sal. É uma relação saudável? É uma relação insalubre? E vamos lá, vamos entender o que é o sal faz na sua circulação. Todo mundo sabe que o sal aumenta a pressão arterial, e não é do jeito que as pessoas pensam, né? Eu já vi muita gente caindo, desmaiando, aí vai pegar sal lá que vai aumentar a pressão. Não é assim. É um uso crônico do sal que aumenta a pressão, uso agudo não vai aumentar. O que você precisa dar água para aumentar a pressão e não do sal.

O sódio é essencial para a homeostase do nosso corpo, para a homeostase dos fluídos do nosso corpo, só que a gente só precisa em torno de 500 miligramas diários, e as pessoas estão consumindo em torno de três a três e meio gramas por dia. É uma quantidade muito maior do que a gente precisa para viver.

Eu acredito que o sal, que era lá atrás usado para preservar alimentos, acabou sendo entendido como sendo um tempero também. E na verdade, a gente tem muitos outros temperos que podem substituir. Então, que todo mundo sabe, é o sódio que vai aumentar a pressão arterial e a pressão arterial pode levar ao sistema vascular com endurecimento da parede dos vasos. Só que também existe, que é o que eu vou falar aqui no vídeo, um efeito direto do sódio na parede do vaso.

O efeito na pressão ocorre assim em vários órgãos, né? Então tem um efeito nos rins, tem um efeito na vasculatura, na vasodilatação, na vasoconstrição. O sódio tem impacto nos hormônios e também tem um aspecto genético. Então, tem algumas pessoas que são mais suscetíveis a essa hipertensão de origem alimentar do sódio.

E eu considero o sal aí dentre os pós brancos que destroem a nossa sociedade: o açúcar, o trigo, o sal e a cocaína. São os pós brancos aí que estão destruindo nossa sociedade e a gente tem que ficar muito atento.

E aí, você conhece alguém que já teve alguma lesão vascular por causa do sal? Você conhece alguém que tem pressão alta por causa do sal? Tem quase certeza que sim, escreve lá embaixo, porque é super frequente essa pressão alta devido ao sódio, difundida na nossa sociedade por causa da alimentação nossa de hoje em dia.

Isso é tão impactante que a retirada do sal tem até impacto imediato na saúde. Então, só sete dias de retirada do sal já vai mudar a medida da pressão braquial, do fluxo sanguíneo braquial. O uso do sal, por exemplo, também, ele impede a vasodilatação como resposta ao calor. Como assim? Se você toma bastante sal e você coloca a mão numa temperatura mais quente, normalmente era para ter uma mudança na vasodilatação, vasoconstrição, e essa movimentação da parede da artéria ela diminui quando você está usando o sal.

E parece que tem um efeito diferente em homens e mulheres. Parece que o efeito na mulher é menor do que o efeito no homem. E ocorre aquilo lá que eu falei, né? Mesmo sem a pressão arterial ou a hipertensão arterial, já tem o endurecimento da parede do vaso. Porque que isso é importante? Porque às vezes as pessoas acham “Ah, eu vou começar e só vou tirar o sal da minha vida quando eu tiver pressão alta”. Só que todo esse período que você estava comendo sal e não tinha pressão alta, já tinha o endurecimento, o enrijecimento, o aparecimento de placas ateroscleróticas nas artérias por causa desse mesmo sal que você achou que não estava fazendo nada.

Então, como que isso acontece, principalmente por causa do endotélio vascular? Eu já falei bastante aqui do endotélio vascular, que é aquela primeira camada de células de dentro do vaso que elas são responsáveis pela secreção de várias substâncias, entre elas, o óxido nítrico, que é responsável direto pelo relaxamento dessa parede do vaso. Então, a vasodilatação, a vasoconstrição ela vai acontecer por causa do funcionamento adequado dessas primeiras células.

Quando elas deixam de funcionar, então entra numa disfunção endotelial, essa disfunção vai fazer a parede do vaso não funcionar como deveria e essa disfunção é então a lesão inicial para a formação da aterosclerose, na hipertensão arterial, na pressão alta. A gente também tem essa disfunção endotelial, mas o que é importante é que não é necessário acontecer a pressão alta para você ter essa disfunção endotelial. Ela começa cedo, ela começa logo no início do abuso do sal.

Então, o que que é esse óxido nítrico que eu falei? É uma substância que é produzida por essas células, que tem vários efeitos inibitórios. Ele inibe a agregação plaquetária, então ele vai diminuir a formação de coágulo, que é o que entope a artéria. Ele inibe a adesão e a migração dos leucócitos para parede do vaso, então ele inibe essa progressão de uma inflamação local, inibindo também a proliferação das células musculares lisas. Então, essas células musculares elas migram, né? Elas saem lá da profundidade, acabam indo para mais próximo da superfície, mais próximo do endotélio, e elas acabam hipertrofiando, também, ajudando a fechar esse vaso. Então, o óxido nítrico ele inibe tudo isso no final, inibindo o processo inflamatório.

Então, o que que acontece se você tirar o sal da alimentação, por exemplo? Se você diminuir em torno de 6 gramas por dia, a gente precisava lá de 500 miligramas para ficar bem, eu tô falando de tirar 6 gramas por dia, sim. Tá cheio de gente aí comendo muito mais do que isso. Ao diminuir seis gramas por dia, tem uma diminuição na pressão arterial de em torno de 3 a 6 mm de mercúrio. E tem uma dieta, que a dieta DASH, eu não falei ainda aqui no canal, é uma dieta apropriada para risco cardiovascular, mas com baixo teor de sódio, que pode chegar a 10, 11 mm de mercúrio a menos na pressão arterial. Se você quiser que eu fale dessa dieta DASH, escreve lá embaixo que eu posso considerar aí um vídeo só sobre isso.

Mas o mais importante, ao retirar o sal, ao retirar o sódio, tem uma melhora da função endotelial, melhora do funcionamento dessas células da primeira camada da parede do vaso, diminuindo até um dos mecanismos, o estresse oxidativo. Um aspecto interessante é que parece que o potássio tende a diminuir esse efeito deletério do sódio na alimentação.

Quais são as minhas dicas, considerando tudo isso que eu falei, né? Todo mundo já sabe que o sal não é uma boa, e a mensagem “diminua o sódio da alimentação” parece bem claro pelo que eu falei até agora. Como fazer isso? Para algumas pessoas pode não ser tão fácil, então a gente precisa de algumas estratégias. Principalmente as grandes mudanças bruscas, eu pessoalmente eu não gosto muito de sal, por mim eu comeria tranquilamente sem sal nenhum, até quando eu faço comida em casa a minha esposa reclama que não tem nada de sal, eu realmente até esqueço de colocar.

A gente pode treinar o nosso paladar, essas mudanças bruscas elas são mais difíceis, então para quem comia muito sal talvez tenha que ir diminuindo gradualmente ou talvez até utilizar algum, alguns artifícios aí para dar uma enganada. Existe o sal sem sódio, na verdade ele tem sódio, mas tem sódio numa quantidade menor, então talvez você use isso para aí adaptando o paladar com o tempo.

Lembrar que esse sal gourmet, sal do Himalaia, sal qualquer coisa, continua sendo sal, então é uma bobagem, talvez “Ah, o sal do Himalaia é melhor alguma coisa”, é sal do mesmo jeito. “Ah, mas tem outros minerais”, sim, só que você tá tomando sódio para conseguir esses minerais. Não dá para conseguir esses minerais sem esse acréscimo de sódio. Acho que talvez esse sal mais gourmet, esses sais caros, talvez eles diminuam um pouquinho a quantidade ingerida só por medo de gastar, né? Você coloca menos no prato porque vai custar caro o próximo frasco, mas não é uma estratégia inteligente para resolver esse problema.

Não colocar nenhum sal no alimento e deixar para colocar o sal na mesa, muitas vezes você acaba colocando menos do que se colocasse na hora de fazer a comida. Então, essa pode ser uma estratégia inicial e também aí você não impacta a família toda. Quem já naturalmente não come mais tanto sódio não vai estar comendo a quantidade que todo mundo come, então é uma forma de diminuir, pelo menos para algumas pessoas, mas você tem que estar conscientemente pensando em colocar pouco sal.

Lembrar que 70% do sal que a gente consome não tá no sal que você coloca no prato, tá nos alimentos ultraprocessados, tá nos alimentos que você compra já temperado, tá nos embutidos principalmente. Então, de nada adianta você tirar o sal que você coloca na comida e tá lá comendo um salame ultraprocessado ou ultra salgado. Tem que estar atento a isso, tem que ler a tabela nutricional, tem que entender o que que tá escrito ali.

Eu já vi água com excesso de sódio. Então, tem algumas águas no mercado que são extremamente elevadas a quantidade de sódio e o pior é que tem gente que fala “Ah, tem que tomar água alcalina, água não sei o que”, esquece que o sódio é extremamente importante. Então, vai atrás de uma água dessa e é exagerado a quantidade de sal, você acha que tá tomando algo saudável, se hidratando e, no final, tá se entupindo de sódio na bebida. Então, tem que ficar atento na tabela nutricional e ver lá que tá escrito a quantidade de sódio em cada alimento.

Aliás, esse pode ser um assunto interessante, se vocês quiserem, escreve lá embaixo, eu ensinar vocês a interpretar uma tabela nutricional. Eu fiz um capítulo inteirinho disso no meu livro de dieta cetogênica, talvez eu possa transformar isso num vídeo, se vocês quiserem.

Agora, o mais importante é educar o paladar, usar outros temperos, aprender a usar outros temperos. Então, cebola, cebolinha, salsinha, alho, tem um monte de coisa saudável que dá para a gente utilizar. Seu alimento for rico em sabor, rico nesses outros sabores, talvez você não precise abusar do sal para conseguir ter um prazer, uma satisfação com esse alimento.

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Pressão alta na gravidez

No vídeo, a ginecologista e obstetra Juliana Amato fala sobre a pressão alta na gravidez, que é definida como uma pressão arterial acima de 14 x 9 a partir da 20ª semana de gestação. Fatores como aumento de peso, idade materna avançada e dieta podem aumentar o risco de pressão alta na gravidez. A pressão alta pode levar à eclâmpsia, que pode causar convulsões e afetar a circulação do feto. O controle da pressão arterial durante a gravidez pode ser alcançado com dieta, exercícios e acompanhamento pré-natal adequado. Se a pressão arterial não diminuir, os anti-hipertensivos podem ser utilizados até o final da gravidez. Em casos graves, o parto pode ser adiantado para evitar complicações para a mãe e o bebê.

Olá, meu nome é Juliana Amato, sou ginecologista e obstetra do Instituto Amato, e hoje a gente vai conversar um pouquinho sobre pressão alta na gravidez. O que é a pressão alta na gravidez? É a pressão que aparece a partir da 20ª semana de gestação, alterada, acima de 14 x 9. Ela pode acontecer previamente quando a paciente já tem algum problema de pressão e já vem tratando, e ela piora na gravidez; ou ela pode ocorrer sem nenhuma alteração anterior.

E o que está relacionado ao aparecimento dessa pressão? Aumento de peso. As mulheres que ganham muito peso durante a gravidez estão associadas ao aumento da idade materna, pacientes acima de 35 anos têm maior chance de desenvolver pressão alta na gravidez. A alimentação também está associada com o aumento da pressão arterial. Como eu disse, ela pode ocorrer a partir da 20ª semana de gravidez.

Qual é o risco de pressão alta para mulheres na gravidez? Ela pode desenvolver ecl

Olá, meu nome é Juliana Amato, sou ginecologista e obstetra do Instituto Amato, e hoje a gente vai conversar um pouquinho sobre pressão alta na gravidez. O que é a pressão alta na gravidez? É a pressão que aparece a partir da 20ª semana de gestação, alterada, acima de 14 x 9. Ela pode acontecer previamente quando a paciente já tem algum problema de pressão e já vem tratando, e ela piora na gravidez; ou ela pode ocorrer sem nenhuma alteração anterior.

E o que está relacionado ao aparecimento dessa pressão? Aumento de peso. As mulheres que ganham muito peso durante a gravidez estão associadas ao aumento da idade materna, pacientes acima de 35 anos têm maior chance de desenvolver pressão alta na gravidez. A alimentação também está associada com o aumento da pressão arterial. Como eu disse, ela pode ocorrer a partir da 20ª semana de gravidez.

Qual é o risco de pressão alta para mulheres na gravidez? Ela pode desenvolver eclâmpsia. O que é eclâmpsia? É uma situação que pode causar convulsões nessa paciente. É uma condição que já altera a circulação materna fetal, podendo ocorrer menos passagem de sangue e nutrientes para o embrião. Os sintomas mais comuns são aumento de peso, dor de cabeça, aumento da dor abdominal, sente mais dor do que o comum. Inchaço: Esse inchaço ocorre mais em pernas e braços, mais para o final da gravidez. Ele pode ser generalizado.

Como a gente faz o controle dessa pressão alta durante a gravidez? Através de alimentação com menos sal, exercícios físicos regulares e um controle de pré-natal muito bem feito. Se com essas medidas a pressão diminuir, aí a gente pode entrar com anti-hipertensivos, que têm que ser utilizados até o final da gravidez.

O parto normalmente das mulheres com pressão alta são adiantados um pouco, então a partir da 38ª semana, dependendo do grau de sintomatologia dessa paciente e da evolução desse embrião. A gente antecipa o parto para uma segurança maior, tanto do bebê quanto da mãe, para evitar possíveis complicações.

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