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Excesso de pele pós-bariátrica: cobertura pelo SUS e planos de saúde?

Pele solta

Após passar por cirurgias como a bariátrica e colocação de balão intragástrico, muitas pessoas podem apresentar flacidez de pele devido a perda extrema de peso. Nesses casos, a cirurgia plástica pode ser indicada para restabelecer o maior órgão do corpo humano, a pele.

O excesso de tecido que fica após o emagrecimento de uma pessoa que tinha obesidade, por exemplo, pode causar outras doenças, entre elas problemas com atrito de pele que pode resultar em dermatite e infecção de repetição, principalmente, no abdômen. Outros distúrbios oriundos do excesso de pele estão relacionados à autoestima e qualidade de vida.

Portanto, não sendo considerada apenas uma questão estética, mas também de prevenção para outras doenças, a cirurgia tem cobertura pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelos planos de saúde, principalmente, para dermolipectomia abdominal em pacientes com abdômen em avental.

A cirurgia para a retirada de excesso de pele pode ter contraindicações e, por isso, é importante conversar com o médico de confiança e realizar exames antes do procedimento. Anemia, distúrbios psicológicos e outras doenças podem impedir a retirada do tecido.

Contamos com vários tipos de cirurgias que estão indicadas para a retirada de excesso de pele, salvo as contraindicações acima. Entre os procedimentos temos à disposição abdominoplastia, cruroplastia, braquioplastia, mamoplastia, lipoaspiração, lifting facial, torsoplastia e gluteoplastia. A indicação é individualizada, ou seja, depende da análise do especialista e das condições de saúde do paciente.

Após a realização da cirurgia bariátrica é preciso que o paciente fique com o peso estabilizado de seis meses a dois anos para só então fazer o procedimento de retirada do excesso de pele. O tratamento é feito por uma equipe multidisciplinar e reúne psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta, endocrinologista, psiquiatra, gastrocirurgião e cirurgião plástico. A obesidade entre pessoas com 20 anos ou mais passou de 12,2% para 26,8% entre 2002/2003 e 2019, segundo Pesquisa Nacional de Saúde – PNS 2019.

*Dr. Fernando Amato

*Dr. Fernando Amato é médico cirurgião plástico, membro titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

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