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Meningioma

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Imagine uma doença que pode afetar milhões de pessoas, com sintomas que variam amplamente, e que apesar de não ser um câncer, pode impactar seriamente a qualidade de vida. Essa doença é conhecida como meningioma, um tumor originado nas meninges – tecidos que protegem o sistema nervoso central. Surpreendentemente, os meningiomas constituem cerca de 30% dos tumores intracranianos primários e podem afetar pessoas de média idade e idosos, sendo mais comum em mulheres.

Embora a maioria dos meningiomas seja benigna, o diagnóstico e o tratamento adequados são cruciais para garantir a melhor qualidade de vida possível aos pacientes. Aprenda neste artigo sobre os sintomas, causas e tratamentos disponíveis para meningiomas, bem como a importância do acompanhamento médico ao longo da vida após a cirurgia. Junte-se a nós nesta jornada para desvendar os mistérios dessa condição médica intrigante e descubra como uma abordagem moderna e multidisciplinar pode melhorar a vida de quem é afetado por meningiomas.

Sumário

     São tumores originados nas meninges, tecidos que revestem e protegem o sistema nervoso central. Constituem cerca de 30% dos tumores intracranianos primários.

O meningioma é um tipo de câncer?


Não, a grande maioria dos meningiomas são benignos. Apenas alguns raros tipos estão associados a características malignas e pior evolução.

Quais são os sintomas?


Muitos meningiomas são assintomáticos e incidentais. Em autópsias podem ser incidentalmente encontrados em 1,4% dos pacientes. Acometem principalmente pessoas de média idade e mais idosos, com pico na 6a e 7a décadas de vida. Mulheres são mais acometidas do que os homens no geral.
Os sintomas dependem do local onde está a lesão e são diversas as localizações possíveis. Na região frontal por exemplo, podem causar perda de visão, de olfato e alteração de comportamento. Na região posterior da cabeça podem cursar com alteração da coordenação; na base do crânio, podem causar alteração de nervos cranianos como dificuldade para falar, deglutir ou movimentar a língua. Dor de cabeça, vômitos, perda de força e de sensibilidade também são sintomas possíveis. Praticamente qualquer sintoma neurológico pode ser encontrado, inclusive aqueles relacionados à coluna, haja visto que a medula espinhal também é coberta pelas menínges. Por serem lesões de crescimento muito lento, podem ser descobertos em tamanhos consideravelmente grandes.

O que causa esse tipo de tumor? É genético? Meus filhos podem ter o mesmo problema?


Alguma célula meníngea, mais especificamente da membrana aracnóidea, começa a se reproduzir defeituosamente e forma o tumor. A causa da maioria dos casos não está bem estabelecida, mas certamente estas células defeituosas apresentam uma susceptibilidade genética para se multiplicarem desta forma.
Sabe-se que meningiomas podem surgir a partir da radioterapia do sistema nervoso central, mas os casos radio-induzidos são raros e a dose para que o tumor seja causado é muito grande. A influência hormonal na formação dos meningiomas ainda não esta bem estabelecida.
Os casos familiares também são raros e estão ligados a síndromes genéticas como a Neurofibromatose.

Qual é o melhor tratamento para esta doença?


A cirurgia é o tratamento mais eficaz para esse tipo de tumor e geralmente é possível a remoção total com cura da doença.
Algumas vezes, estas lesões apresentam difícil tratamento, ou por serem aqueles raros casos malignos ou devido ao complexo acesso cirúrgico, como os meningiomas petro-cliviais, esfeno-orbitários e do seio cavernoso; nestes casos outros tratamentos como a radioterapia e radiocirurgia podem ser utilizados.

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Depois da cirurgia eu vou ter uma vida normal? Vou ter alta médica?


O objetivo principal de qualquer cirurgia neurológica é a preservação da função neurológica. Se já houver algum déficit neurológico antes da cirurgia, converse com o seu neurocirurgião, a respeito das chances de recuperação total.
De qualquer maneira, o seguimento clínico deve ser feito pelo resto da vida, pois os meningiomas podem recorrer décadas após a ressecção e devem ser monitorados com exames de imagem seriados.

Fonte:Amato, MCM; Amato, CM; Amato, MCM; Morillo, MG. Manual para o médico generalista. 2˚ edição. 2012 (no prelo)

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