Neste post vou falar sobre as principais causas de perna gorda.
Você tem ou conhece alguém que está com problema de perna gorda?
Se sim, é crucial diagnosticar qual a causa, já que em alguns casos pode ser mais grave.
Confira abaixo as causas e as principais dúvidas que você precisa saber sobre perna gorda.
Causas de perna gorda.
Diferente dos casos de obesidade, onde a perna gorda é proporcional ao peso, existem algumas causas de pernas gordas onde a pessoa tem o peso normal, no entanto, os membros estão aumentados.
E as causas podem ser:
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Linfedema.
O acúmulo de líquido linfático no tecido adiposo é conhecido como linfedema.
Isso causa o inchaço das pernas, o que faz o paciente relatar que está com a perna gorda.
É indispensável o diagnóstico precoce para que sejam tomadas medidas para que a situação melhore.
Além disso, evita que o linfedema se instale.
Ainda assim é valoroso o diagnóstico, já que dessa forma o seu médico pode tratar o linfedema crônico para diminuir os sintomas.
Os tratamentos para linfedema podem ser feitos com drenagem linfática manual, exercícios que estimulam a drenagem linfática, cuidados locais com a pele e terapia de compressão.
Seu médico orientará o melhor tratamento, além disso, o cirurgião vascular será capaz de eliminar outras doenças que podem ser confundidas com o linfedema, chegando de fato ao diagnóstico.
Já que, muitas vezes o linfedema pode ser confundido com insuficiência cardíaca, insuficiência venosa, mixedema ou problemas de tireoide.
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Elefantíase.
A elefantíase ou filariose linfática é uma das causas mais graves de perna gorda.
O parasita, transmitido através da picada de um mosquito causa a inflamação e obstrução no sistema linfático.
Como resultado, a pessoa tem um grande inchaço ou edema nas pernas, podendo ocorrer também nos braços, seios e bolsa escrotal.
Outros sintomas que podem surgir são: febre, dor de cabeça, dor muscular, coceira na pele, calor e vermelhidão na pele e mal estar.
O tratamento é feito com medicamentos para matar o verme que causa a elefantíase.
Além disso, pode ser usado no tratamento analgésico e técnicas para melhorar a drenagem do corpo, como o uso de meias de compressão.
O diagnóstico precoce é indispensável, já que apesar de ter cura, caso demore de ser feito o tratamento, o paciente pode ficar com sequelas da doença.
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Lipedema.
O lipedema é uma das causas mais comuns de perna gorda.
Conhecida também como síndrome gordurosa dolorosa, o lipedema é uma doença crônica caracterizada pelo excesso simétrico de tecido gorduroso combinado a um inchaço que piora ao ficar de pé.
O diagnóstico é crucial para definir a fase do lipedema, que são divididas em 4 fases. Além disso, a distinção entre os casos de obesidade e linfedema é essencial, visto que pode ser facilmente confundido se o diagnóstico não for feito por um especialista.
O tratamento é feito com mudanças de hábitos, além de medicamentos e cirurgia.
Por exemplo, dieta, exercícios físicos, compressão elástica, drenagem linfática manual e lipoaspiração.
Diferença de linfedema e lipedema.
Apesar de serem doenças diferentes, o linfedema e lipedema podem ser confundidos.
O linfedema costuma ser assimétrico, ou seja, uma perna vai ser maior do que a outra, o que significa que somente uma perna é acometida.
Além disso, acomete também os pés, pode ser primário ou secundário e geralmente não dói, a não ser que tenha outro problema relacionado.
Por exemplo, no primário a pessoa já nasce com o problema, enquanto que no secundário é causado por uma infecção.
No linfedema também ocorre o endurecimento e escurecimento da pele.
Já no lipedema, costuma ser simétrico, ou seja, as duas pernas são acometidas.
Além disso, a pele do lipedema é mais macia e não acomete os pés até a fase 3, esse acometimento pode ocorrer na fase 4.
Outra diferença é a dor, no lipedema a dor é uma das suas principais características.
Essas são as principais diferenças entre o linfedema e o lipedema.
Acima de tudo, é valoroso saber que apesar de serem doenças diferentes, elas podem andar juntas.
Esse é mais um motivo para procurar ajuda de um especialista.
Um cirurgião vascular é o mais recomendado para fazer o diagnóstico.
Além disso, é capaz de sugerir o melhor tratamento para cada paciente dependendo da doença e do avanço de cada uma.
Prof. Dr. Alexandre Amato