Pular para o conteúdo

Bioimpedância

Bioimpedância

Nesse artigo você vai saber tudo sobre o exame de bioimpedância.

Acima de tudo, o que é bioimpedância, para que serve e como é feito.

Se você nunca ouviu falar sobre esse exame, ou já ouviu falar, mas ainda tem dúvidas do que se trata, então com certeza esse post será útil.

O índice de massa corpórea precisa somente do peso e altura e pode ser feito na balança comum e usando uma calculadora de IMC. A bioimpedância entrega mais informação. Assim sendo, a estimativa de gordura corporal calculada é mais precisa na bioimpedância.

Confira abaixo tudo o que você precisa saber sobre bioimpedância.

Sumário

No vídeo, o Dr. Alexandre Amatto, cirurgião vascular do Instituto Amato, ensina como calcular o IMC (índice de massa corpórea) e fala sobre as limitações deste índice para a saúde. Ele explica que o IMC pode trazer erros de compreensão e tem limitações no que pode ou não falar sobre a saúde de uma pessoa. Por exemplo, um halterofilista pode ter um IMC alto, sugerindo obesidade, mas na verdade ele tem é muito músculo. O IMC é mais um preditor de obesidade do que um indicador de obesidade, mas pode ser usado para avaliações populacionais. O Dr. Amatto também apresenta os valores considerados adequados para o IMC e menciona a faixa associada a uma melhor qualidade de vida. Ele discute outras formas de medir a distribuição de gordura corporal, como a bioimpedância, o dexa, os plicômetros, as fórmulas matemáticas e o ultrassom. O IMC é útil e fácil de usar, mas tem limitações e não consegue fazer uma avaliação da distribuição corporal ideal.

Olá, sou doutor Alexandre Amatto, cirurgião vascular do Instituto Amato e hoje eu vou te ensinar a calcular o seu IMC, o seu índice de massa corpórea. Você vai entender como usar a calculadora pra fazer o seu IMC, vai entender as limitações do IMC pra sua saúde e o que você pode fazer com essa informação. Afinal, todo mundo usa o IMC. Ele tem seus problemas, mas também tem algumas vantagens. Então, o que a gente pode fazer com isso? Se você acha que alguém a sua volta, tá acima do peso ou precisa entender como calcular o IMC e usar essa informação, por favor, pega o link lá em cima, encaminha pra essa pessoa, copia e manda também nos seus grupos de WhatsApp, vamos ajudar a divulgar essa informação de qualidade, afinal, o canal só existe se tiver gente assistindo nossos vídeos. Então, vamos falar sobre o índice de massa corpórea. Ele foi descrito pela primeira vez em 1840 na Bélgica, então é uma coisa assim muito antiga e que é usado até hoje. O grande problema é como usar essa informação e o que entender o que ele traz de informação, né? O índice de massa corpórea ele pode trazer erros de compreensão e tem limitação do que ele pode falar que tem e pode não falar que tem, então a gente tem que saber usar isso aí. Por exemplo, uma pessoa que tem muito músculo, um halterofilista, ele vai ser muito mais pesado em relação a sua altura do que uma pessoa que não tem tanto músculo assim, então você pode ter um halterofilista que tem o IMC alto e pode sugerir uma obesidade, enquanto na verdade ele tem é muito músculo e então não é um diagnóstico de obesidade. Então sabendo disso, a gente vai entender que o IMC não serve para diagnóstico de obesidade, muito embora a gente usa aquelas faixas numéricas que eu não vou mostrar pra vocês, pra sugerir o diagnóstico. A gente pode falar que o índice de massa corpórea é mais um preditor de obesidade do que um indicador de obesidade. O que isso quer dizer? Que o valor alto do IMC ele tem uma alta predição, né? Quem tem um número alto tem mais chance de ser obeso do que quem tem um número baixo. É isso! E o IMC também vai servir para uma avaliação populacional. Então se eu quero saber um país inteiro tá mais obeso ou mais magro, é muito mais fácil a gente usar essas duas informações que é o peso e a altura do que sair colocando todo mundo em uma bioimpedância pra ver o quanto de músculo tem ou quanto de porcentagem de gordura tem. Então pra avaliações epidemiológicas, pra avaliações de grandes grupos é muito bom a gente usar o IMC, embora tenha até uma dica que eu vou falar na frente como a gente interpretar melhor isso, mas sabendo dessa limitação a gente vai usar essa informação de forma adequada, afinal o IMC não vai considerar o biotipo, não vai considerar a distribuição de gordura no corpo, ele só passa a ser útil quando a gente não tem outra ferramenta, então no consultório a gente tem que ter outra ferramenta, eu vou ter que usar a bioimpedância, eu vou ter que usar ultrassom e outros métodos pra ter uma informação mais nobre. Agora, se você tá em casa, tem uma balança e quer uma informação rápida, fique à vontade, o IMC é excelente. Agora, como que a gente faz esse cálculo? Bom, o índice de massa corpórea é igual a massa corporal, peso em quilogramas dividido pela altura em metros elevado ao quadrado. Então, a gente vai colocar o peso, por exemplo, eu tô pesando 83kg dividido pela altura, vamos supor, 1,83m elevado ao quadrado, então 1,83m vezes 1,83m Isso daria um resultado de 24,7. Olhando a tabela do IMC ficaria dentro da faixa normal. Falando da faixa normal, então já aproveito pra mencionar então os valores considerados adequados do índice de massa corporal. Então, abaixo de dezoito e meio é abaixo do peso, é onde a gente tem que ficar muito atento aí com desnutrição, tem os riscos de saúdes inerentes aí a perda de peso, entre dezoito e meio e vinte e cinco fica dentro da faixa do normal, de vinte e cinco a trinta é a faixa do sobrepeso, é aquele em que você já tá um pouquinho além do normal, tem que ficar atento, mas não é considerado obesidade ainda, de trinta a trinta e cinco é obesidade grau um, de trinta e cinco a quarenta, obesidade grau dois e acima de quarenta seria a obesidade mórbida ou obesidade grau três. Agora a faixa que tá associada a melhor qualidade de vida, maior longevidade é o IMC entre vinte e três e vinte e cinco, então se você fica dentro dessa faixa, você provavelmente vai ter menos comorbidades, menos doenças relacionadas a aumento de peso. Agora teve um matemático que propôs uma alteração no IMC. Veja, ele não é médico e ele não fez nenhuma avaliação epidemiológica desses valores que ele mencionou, mas como o IMC, ele foi descrito muito lá atrás, né? Em 1840, não tinha calculadora, era mais difícil fazer cálculo na mão, então ele acredita que foi usado à altura elevado ao quadrado por facilidade de matemática, né? Ele acredita que ficaria muito mais próximo de um cálculo real do IMC se o cálculo fosse assim, se fosse o peso multiplicado por 1,3, pela altura elevado a 2,5, então veja que é um número mais difícil de calcular a mão. Assim, a gente tem que usar essa fórmula? Olha, o meu interesse nessa fórmula é só porque o meu IMC baixou fazendo essa conta porque na verdade não tem nenhum trabalho científico ou trabalho médico usando esse cálculo pra fazer a avaliação do índice de massa corporal. O problema também do índice de massa corporal é que se a gente tem um cálculo que só usa a altura e o peso, usando só essas duas variáveis, parece que é meio lógico que daria pra gente falar “ah, então eu tenho como te falar o seu peso ideal, né? Você tem tal altura, o seu peso nessa altura seria ideal seria entre X e Y, tá aqui, essa é a faixa boa pra você.”, só que na verdade isso não é real porque uma pessoa que tem determinado peso, as custas de gordura visceral é muito diferente de uma pessoa que tem o mesmo peso às custas de músculo periférico, de músculo, né? De massa muscular. Então qual que é a melhor medida que a gente pode fazer? Então seria a composição corporal e aí sim a gente pode falar em uma composição corporal ideal. As bioimpedâncias são máquinas em que parecem balanças, né? Você sobe, existe a bioimpedância segmentar que você tem que segurar na manopla que vai passar uma corrente no seu corpo, medir a quantidade de água e aí a gente consegue estimar a porcentagem de gordura no corpo. Algumas balanças, aquelas que se tem em casa, tem algumas que fazem bioimpedância também, elas são muito e não tem a possibilidade de ter uma precisão alta, então as que a gente usa em consultório tem uma precisão muito muito mais significativa. Mas o princípio é o mesmo, então ela vai fazer uma corrente elétrica passar no seu corpo e vai estimar a quantidade de gordura em cada localização. Então é possível estimar a quantidade de gordura visceral, a quantidade de gordura em membros inferiores, em membros superiores e aí sim a gente tem uma distribuição de músculo, gordura em todas partes do corpo e aí a gente pode falar na composição corporal ideal. É óbvio que falar da porcentagem de gordura no corpo já é um numerozinho importante, mas a gente tem que entender que existem gorduras diferentes no nosso corpo. Por exemplo, enquanto a gordura visceral ela é inflamatória, ela tá diretamente relacionada a obesidade, às complicações da obesidade, tanto aterosclerose, diabetes, infarto, AVC, todas essas doenças relacionadas à obesidade, algumas outras gorduras não estão diretamente relacionadas a essas complicações. Por exemplo, gorduras distribuídas em membro inferior tem até trabalho mostrando que tem a possibilidade de ser um fator de proteção cardiovascular. Então, a gente tem que entender que a gordura ela pode ser benéfica, ela é um órgão endócrino, ela produz um monte de hormônio e existem as gorduras saudáveis e as não tão saudáveis assim. Existem outras formas de medir a distribuição de gordura corporal, então a bioimpedância é muito fácil e acessível, existem aquelas que a gente tem em casa que são baratas, existem bioimpedâncias de cem mil reais, então não dá pra ser a mesma coisa, né? São equipamentos completamente diferentes e que vai ter um nível de precisão diferente, mas existem outras técnicas também. Por exemplo, o dexa é muito parecido com a densitometria óssea, mas ele também vai identificar massa muscular, gordura e a distribuição pelo corpo, também tem os plicômetros, são pinças que a gente vai medindo as áreas com com gordura no corpo, existem fórmulas matemáticas que a gente acaba levando aí cálculo da distribuição da gordura corporal, mas também tem ultrassom, existem aparelhos de ultrassom que permite medir o panículo adiposo e aí a gente também consegue chegar nessa informação. Existe uma metodologia enorme pra gente chegar nessa conclusão, nessa informação, o IMC é útil, continua sendo útil, mas ele tem essa limitação. A gente não consegue fazer essa avaliação da distribuição corporal ideal. Continua sendo um método fácil e rápido. E assim, de uma avaliação populacional, é útil pra gente fazer estudo e direcionar então para um aumento da probabilidade de doenças relacionadas ao aumento de peso ou obesidade. Gostou vídeo? Inscreva-se no nosso canal, compartilhe com seus amigos, clica no sininho lá embaixo pra receber as notificações dos próximos novos vídeos e fique um pouquinho aí que eu vou colocar o próximo melhor vídeo pra você assistir.

 

O que é bioimpedância?

Bioimpedância ou bioimpedância elétrica é um exame que tem como objetivo avaliar a composição corporal.

Por exemplo, a massa magra, gordura corporal e água corporal total.

Analisando esses e outros dados é possível ter informações mais precisas relacionadas ao estado nutricional do paciente.

Para que serve a bioimpedância?

Através do exame você consegue ter uma avaliação mais completa e precisa para analisar a composição corporal e diagnosticar sobrepeso ou obesidade.

Além disso, através do resultado obtido é possível definir uma dieta ou tratamento baseado nas necessidades únicas do paciente, seja para perder peso ou ganhar massa muscular.

Através da repetição do exame é possível analisar também se o paciente está perdendo peso, se está mantendo o peso ou ganhando massa muscular.

Uma pessoa que tem o peso falsamente ideal pode ter um acúmulo de gordura visceral prejudicial à saúde. Assim como uma pessoa que à primeira vista está pesando mais que o peso ideal pode ter massa magra que a fez pesar mais.

Por esse motivo, o exame de bioimpedância se torna tão eficaz e valoroso, através dele é possível avaliar se a pessoa está mesmo saudável.

Como é feito o exame de bioimpedância?

O exame é simples e indolor, além disso, não é invasivo, é rápido, seguro e livre de radiação.

O exame é realizado em balanças que possuem placas de metal que são capazes de conduzir uma corrente elétrica que atravessa o corpo.

Essa corrente é como um sinal, é muito leve, fraco e atua circulando livremente entre o líquido do tecido muscular até que se depara com a resistência do tecido adiposo, a gordura. Não dá choque!

É essa resistência que permite a medição do percentual de gordura e massa magra.

Mas, é imprescindível ressaltar que além do percentual de gordura e massa magra, o sexo, altura e peso da pessoa também influencia no resultado.

Qual o preparo antes do exame?

No dia anterior ao exame beba bastante água para se certificar de estar bem hidratado. Além disso, no dia do exame o jejum deve ser de 3 a 4 horas antes da avaliação, este jejum deve ser de alimentos e líquidos.

Duas horas antes do exame deve-se beber de dois a quatro copos de água e urinar um pouco antes da realização do exame.

Evite consumo excessivo de alimentos ricos em cafeína, por exemplo, chocolates, chás escuros, cafés e evitar consumir bebidas alcoólicas 8 horas antes do exame, além de afastar-se do fumo.

Para mulheres, o ideal é evitar realizar o exame no período menstrual.

Para finalizar, não passar creme nos pés e nas mãos. Além de evitar atividades físicas no dia anterior ao exame, preferir usar roupas o mais leves possível e retirar metais do corpo, por exemplo, brincos, anéis, colares, pulseiras e piercings.

Geralmente esse é o preparo, no entanto, é comum que cada local envie ou informe ao paciente sobre qual o preparo antes do exame de bioimpedância.

O paciente deve seguir o preparo informado pelo local onde vai realizar o exame, além de se possível tirar todas as dúvidas com seu médico ou quando for agendar o exame.

Quem não pode fazer bioimpedância?

Algumas pessoas não podem fazer o exame de bioimpedância, são elas:

  • Pessoas que usam marcapasso ou outro aparelho elétrico implantado no corpo.

A passagem da corrente elétrica que ocorre no exame, mesmo sendo leve, pode influenciar no funcionamento do marcapasso ou outros aparelhos elétricos implantados no corpo.

  • Pessoas com peças metálicas no corpo tais como placas e parafusos.

A grande maioria dos metais são condutores de corrente elétrica que podem alterar os valores da sua composição corporal.

Portanto, nesse caso não há garantia de que o resultado do exame seja correto.

  • Mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez.

Não existem estudos que comprovam se a corrente elétrica que passa pelo corpo durante o exame pode fazer mal ou não para o bebê. Por esse motivo, mesmo sendo uma corrente muito leve, não é recomendado que mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez façam o exame de bioimpedância.

Veja também: Calculadora de Índice de Adiposidade Corporal e Calculadora Corporal Completa

 

Prof. Dr. Alexandre Amato

Qual sua nota para este artigo?

0 / 5

Your page rank:

>