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Minhas pernas doem: principais causas e o que fazer

Pernas doem

Dor nas pernas é um sintoma que pode indicar desde um cansaço natural, passando por traumas físicos e chegando a doenças vasculares. A dor pode ser leve e de fácil tratamento, mas também pode ser incapacitante impedindo a mobilidade do indivíduo. Veja a seguir as principais causas dessa dor e o que fazer para controlar ou eliminar o desconforto.

Sumário

Dor nas pernas: cansaço ou doença?

Quando a dor nas pernas é resultado de um dia cansativo de trabalho, por exemplo, o esperado é que essa dor desapareça quando o indivíduo entra em repouso. Se for uma consequência de algum esforço físico em demasia, como a prática de uma atividade física, alguns dias são suficientes para o corpo voltar ao normal.

O mesmo acontece quando a dor é ocasionada por algum trauma local como uma pancada leve na região. Após alguns dias, as pernas já não sentem aquele desconforto, desde que o problema tenha sido tratado corretamente.

Agora, quando demora a desaparecer ou quando não tem uma causa aparente, a dor nas pernas exige um pouco mais de atenção e investigação, pois pode ser o sinal de alguma doença e precisa ser tratada o quanto antes para que não se torne um problema crônico.

 

A dor nas pernas pode ser causada por diversos problemas de saúde, incluindo uma hérnia de disco. Essa condição pode ocorrer quando um pedaço do disco intervertebral se desloca para fora do seu lugar normal, o que pode causar compressão de nervos e dor muscular. Isso pode afetar negativamente o dia a dia da pessoa, impedindo a mobilidade e causando desconforto. A dor ciática é um exemplo de dor que pode ser causada pela hérnia de disco. Além disso, a má circulação também pode ser uma causa comum de dor nas pernas. É importante procurar um médico para avaliar e tratar a causa da dor nas pernas, para garantir uma melhoria na qualidade de vida e na mobilidade.

Olá pessoal, eu sou o Marcelo Amato, neurocirurgião do Instituto Amato e hoje eu estou aqui com o doutor Salvador Amato, meu pai cirurgião vascular e eu estou aqui para conversar de um tema muito interessante que é dor nas pernas e é legal porque é um assunto muito presente no consultório do neurocirurgião e também no consultório do cirurgião vascular, não é? Pois é, Marcelo, a maior parte dos meus pacientes eles apresentam uma queixa de dor nas pernas e é 60% dos casos mais ou menos. É impressionante e nós temos realmente muitos pacientes comum. Às vezes, esses pacientes vêm no meu consultório e eu preciso encaminhar para ele e vice versa. O que poderia talvez ajudar um pouco mais o paciente que tem dor nas pernas a entender que é um problema vascular e não neurológico, que outros sintomas podem vir associado à dor nas pernas que faz o paciente procurar o cirurgião vascular? Eu acho bastante complicado para o paciente, muito embora a gente tenha a pesquisa da internet, ele chegar à conclusão que é da área da cirurgia vascular ou é da área da neuro cirurgia ou é da área da ortopedia. Basicamente isso! Lógico que há alguns pacientes também consultam a ginecologia e a clínica médica que nos ajuda também bastante a elucidar os problemas dos pacientes. A principal coisa que nós devemos diferenciar é em que território da dor, ela acontece. No caso da cirurgia vascular nós temos o território venoso, temos o território arterial, que temos o território linfático, então o território venoso é aquele que é o sangue que volta para o coração território arterial e o sangue que irriga as extremidades e todos os órgãos e o território linfático que ajuda a trazer os catabolismo, ou seja, os excrementos das células de volta para circulação e posteriormente filtrados no rim. No caso do lado venoso, o paciente, ele se queixa de uma dor e uma dor que principalmente ela acontece no período vespertino, ou seja, no final da tarde. Então durante a manhã o paciente não tem dor e vai acontecendo o período, vai ficando muito tempo em pé ou inativo e essa dor aparece no final da tarde. Então o lado arterial a dor, ela tem uma característica importante, é aquilo que nós chamamos de claudicação intermitente e o paciente que ao andar, eles sente dor. Ele para e volta a andar, uma outra variante é o paciente ao andar dói a panturrilha, batata da perna, ele para prra descansar, massagear a batata da perna e volta a andar. E uma terceira modalidade, ele anda dói a batata da perna e ele para, massageia e ele não consegue mais andar. É claro que eu estou colocando só um grupo muscular. Isso pode acontecer a partir dos glúteos. Nos casos dos membros inferiores, no terceiro, que é o lado linfático, ele já sente um peso na perna no final do dia. Mas ele acontece também no período matutino, então vai piorando ao longo do dia e isso é decorrente de distúrbios de de gordura. E também decorrentes de processos inflamatórios consecutivos dos membros inferiores. E o inchaço nas pernas? Ele acontece nessas doenças, seja venosa, seja arterial ou linfática. Como é que a presença do inchaço e também da coloração das pernas? Com relação ao inchaço das pernas, quando do lado venoso que ocorre a dor, um peso nas pernas, um ardor. Esse inchaço é também no período vespertino, às vezes até a meia a curta e o pequeno elástico que ela tem, ela marca as pernas. O que a gente não vê esse inchaço que a gente chama de Sinal de Godet e essa classificação pode ser uma cruz, duas cruzes, até quatro cruzes, e uma avaliação do médico. E com relação ao inchaço da área linfática, nós temos um edema já duro, que não regride. Faltou da área arterial. Nós não temos o inchaço quando estamos no território arterial. Então com relação à coloração o que você perguntou. Agora voltando a ao lado arterial muitas vezes ele é pálido ou e quando ele está, o pé está pendente, ou seja, quando a pessoa está sentada ou na beira da cama o pé fica arroxeada no território linfático. Nós temos um edema duro, não perecível e a coloração da pele ela é esbranquiçada, ou seja, ela é pálida do lado venoso. Nós temos o edema, ou seja, o inchaço. Ele é depressivo e a perna tem uma e pés tem uma coloração arroxeada. Tem uma particularidade do território venoso que a pele a partir do pé da metade da perna e pés. Eles começam a uma pigmentação dessa pele que a gente chama de dermatite ocre. Já é um grau aumentado de uma estase venosa, ou seja, já é um grau mais elevado de uma insuficiência venosa, ou seja, desse fato a gente pode classificar as varizes dos membros inferiores. Vejam que interessante, a gente tem dentro das doenças vasculares que causam dor nas pernas. Então problemas venosa os problemas arteriais e problemas dos vasos linfáticos, então, na parte neurológica digamos assim, em geral, a gente tem um problema do nervo. O nervo, ele pode tá acometido em diferentes segmentos, mas o mais comum, realmente quando a gente tem uma dor na perna é que esse problema esteja vindo da coluna. É uma compressão da raiz nervosa que é a origem do nervo lá na coluna, ela pode trazer dor, pode trazer perda de sensibilidade e perda de força e na perda de sensibilidade, um dos sintomas mais frequentes é o formigamento, dormência, mas às vezes formigamento, e eu sei também que o formigamento é um dos sintomas que aparece nas doenças vasculares, possivelmente mais na zona de origem venosa. É isso mesmo. E como é que é esse formigamento do problema venoso? Se nós formos considerar que 40% das mulheres com 40 anos de idade tem uma sobrecarga venosa, 50% das mulheres com 50 anos têm sobrecarga venosa e isto vai com o passar dos anos aumentando, então muitas vezes isso que você falou está imbricado com uma doença venosa, então a pessoa aparece com um processo venoso de evolução de uma insuficiência venosa e está ligado também ao lado neurológico. Então às vezes eles se queixam de uma dor na face lateral da coxa. Às vezes um formigamento na face lateral da perna e veja, eu falei a dor, falei formigamento, falei peso dor, é muito subjetivo, cada um descreve de uma maneira diferente. Então o que é interessante também, nós avaliarmos do ponto de vista neurológico se esses processos estão imbricado, então eu eu não costumo, embora raramente, fazer exames complementares do lado neurológico. Eu prefiro fazer um encaminhamento com a descrição dos sintomas que o paciente refere e aquilo que eu observei clinicamente. E não tenho dúvida que os pacientes quando vêm do Dr. Salvador, vêm muito bem encaminhado. Eu fico tranquilo totalmente com a parte vascular, apesar de realmente existir situações que as doenças elas estão tão juntas e como a gente falou em alguns vídeos, é muito comum o paciente com dor, seja por conta da coluna ou outro quadro de dor que impeça de movimentar ou de ter uma vida mais ativa. O paciente acaba ficando mais imóvel, se mexendo menos e isso leva a uma estase dos membros inferiores, um inchaço e muitas vezes esses pacientes têm também, associado um problema vascular, não é um problema venoso. Agora uma coisa que eu queria salientar também, é que a alteração sensitiva quando é um problema da coluna ou um problema do nervo, geralmente ela respeita o território do nervo acometido. Então se a gente tem, por exemplo, uma dormência ou formigamento que vem pela perna, pega o dorso do pé e o dedão. Isso é característico de uma raiz nervosa que sai da coluna. É muito difícil um problema vascular, ele dar esse padrão de acometimento sensitivo. Então nas doenças vasculares, a sensibilidade fica acometido de uma forma mais global, talvez mais uniforme, cometendo muitas vezes os dois membros. Não é isso?! Bom, é como você comentou dos exames complementares. Que exame complementar pode auxiliar no diagnóstico das doenças vasculares? Bom, hoje em dia o mais moderno é a ultrassonografia com efeito Doppler e que nos dá exatamente a o grau de insuficiência válvula, por isso a insuficiência válvula, que leva a uma insuficiência venosa. Porque eu não expliquei anteriormente, mas as veias são providas de válvulas. Nós temos dois sistemas venosos, o superficial e o profundo, varizes e no sistema superficial, então 85% do sangue para retorno no coração ele vem pelo sistema profundo e 15% pelo sistema superficial. E esse exame complementar a ele avalia exatamente o sistema profundo e o sistema superficial. O Dr. Salvador comentou também aqui da claudicação vascular que é um quadro clínico bem característico do paciente que tem um problema arterial nos membros inferiores e que ele precisa parar depois de um tempo por muita dor na panturrilha, não consegue caminhar. E é interessante a gente diferenciar isso da claudicação neurogênica dos membros inferiores e é uma situação que muitas vezes confunde, mas tem alguns detalhes que podem nos ajudam a diferenciar, por exemplo, muito interessante na claudicação neurogênica dos membros inferiores, o paciente que tem uma estenose de canal, ou seja, os nervos, eles estão apertados ali na coluna. Geralmente acontece no idoso com um bico de papagaio, hérnia de disco, doenças que causam esse estreitamento da coluna lombar, principalmente depois de um tempo andando. Os membros inferiores começam a ficar cansados e o paciente também precisa parar para descansar, para poder sentir os membros novamente, continuar andando. E é interessante que o paciente que tenha a doença na coluna com um simples movimento de refletir a coluna para frente esses sintomas aliviam. Então o paciente começa a perceber isso e ele começa a andar curvado ou muitas vezes o paciente nos diz que ele não tem esses sintomas para andar, mas para andar de bicicleta não, e o paciente começa a andar de bicicleta, vai pra todo lugar de bicicleta, porque na bicicleta, ele está com a coluna lombar curvada, é um movimento que abre o canal vertebral e deixa os nervos mais soltos digamos assim. E os sintomas eles melhoram. Diferente da claudicação vascular arterial dos membros inferiores, que é esse tipo de manobra não funciona, não é mesmo? E usando o paralelismo do lado da coluna, nós temos a aorta que é o grande vaso do corpo humano e se nós tivermos uma estenose do seu diâmetro, o paciente vai ter uma claudicação a nível de glúteo que é um paralelismo com aquela indicação neurológica, então ele ao andar ele apresenta uma dor no glúteo ou em ambos ou unilateralmente. Então a gente consegue ver em que território a doença está se é no território arterial ou se é no território neurológico. E o exame complementar, é também, o ultrassom com efeito Doppler a nível de aorta terminal e membros inferiores. Realmente é muito difícil para o paciente por conta própria diferenciar essas situações. Dr. Salvador comentou no começo, não deveria ser função do paciente isso. Em alguns países é o clínico geral. Ele tem um papel muito importante nessa fase para direcionar o paciente para o especialista correto. Mas a gente sabe do interesse da nossa população e da vontade do paciente entender melhor o que está acontecendo e eu espero que vocês tenham gostado do vídeo de hoje. Espero que tenha ficado um pouco mais claro essa situação e então não deixe de se inscrever no nosso canal! Dar um like no nosso vídeo e deixe seu comentário também com uma sugestão de um próximo vídeo para que a gente converse com outros especialistas. Obrigado Dr. Salvador e até o próximo! Obrigado Marcelo! Até a próxima!

Principais causas das dores das pernas

Diversos problemas de saúde podem causar dor nas pernas. Entretanto, algumas causas são mais comuns do que outras. Confira quais são eles:

Doença arterial obstrutiva periférica (DAOP)

A principal característica dessa doença é a claudicação intermitente. Enquanto está caminhando, o indivíduo sente uma dor na perna que o obriga a parar até que essa dor seja aliviada. Ele volta a caminhar e em pouco tempo a dor surge novamente. É como se ele estivesse mancando.

A dor é causada devido a uma insuficiência sanguínea nas pernas, impedindo o oxigênio de chegar em toda a sua extensão. Na hora de fazer um esforço, a perna não tem oxigênio e nem força suficiente e o músculo começa a doer.

Os fatores de risco para a DAOP são: tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, má alimentação, obesidade, hipertensão, diabetes e doenças coronarianas. Além de adotar hábitos mais saudáveis, é preciso procurar um cirurgião vascular para iniciar o tratamento.

Aterosclerose

A aterosclerose acontece quando a artéria sofre lesões decorrentes especialmente da idade avançada do indivíduo. A partir daí, placas de gordura se fixam nas paredes das artérias impedindo a circulação regular do sangue e a chegada do oxigênio em diversas regiões do corpo.

Além de causar dor nas pernas, a aterosclerose também aumenta o risco de doenças mais graves como isquemias dos membros inferiores, feridas de difícil cicatrização que podem evoluir para amputações, infarto, acidente vascular cerebral e até morte súbita.

A mudança na alimentação é a principal maneira de prevenir a aterosclerose, com consumo maior de alimentos anti-inflamatórios como brócolis, gengibre, alho, açafrão, frutas cítricas, beterraba, espinafre, batata doce, cebola, pimentão vermelho, grãos e outros.

Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular, fala sobre a calcificação das artérias. A calcificação das artérias é a formação de placas, placas ateroscleróticas, que ocorre devido a uma doença chamada aterosclerose. Ele explica que essa doença começa cedo na vida e progride lentamente. No começo, ainda não há placas calcificadas, mas há pequenas estrias na parte interna do vaso, que progredirão até a formação dessas placas. Ele menciona que a aterosclerose é uma doença inflamatória crônica e que pode ocorrer em qualquer artéria do corpo, causando sintomas diferentes dependendo da artéria afetada, como derrame, AVC, aumento da pressão arterial, entre outros.

Olá! Sou o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato. E hoje eu vou falar sobre a calcificação das artérias. A calcificação das artérias é a formação de placas, placas ateroscleróticas, então essa calcificação ocorre por uma doença chamada aterosclerose, então a aterosclerose começa muito cedo na vida e ela vai evoluindo muito lentamente. No começo não existem essas placas calcificadas ainda, existem pequenas estrias nessa parte interior do vaso e essas lesões, elas vão progredindo até o momento em que ocorre a formação dessas grandes placas. Essas grandes placas então vai ter a deposição de cálcio, vai ter a deposição de gordura e a aterosclerose em si, ela é uma doença inflamatória. Então é uma inflamação crônica, uma doença crônica que vai evoluindo com o passar do tempo e nas fases finais vai ter essa placa e essa placa com cálcio, gordura, tecido morto lá dentro, pode abrir, esse conteúdo pode ir para o interior do vaso de forma que ocorre uma coagulação desse sangue, formando uma trombose e a obstrução desse vaso. Então essa obstrução, ela pode ir evoluindo de forma lenta e crônica onde dá tempo de formar uma circulação colateral ou uma forma mais aguda. Então quando ocorre essa exposição desse tecido necrótico, a cascata de coagulação vai entrar em ação e vai formar uma rolha e essa rolha vai entupir essa artéria e essa má circulação aguda vai causar uma isquemia, uma hipóxia, ou seja, falta de oxigenação em alguma parte do corpo. Então essa aterosclerose pode ocorrer em qualquer artéria do corpo, desde o cérebro, desde os braços, membros inferiores. Pode ser as artérias renais, podem ser qualquer artéria e isso vai mostrar que cada artéria vai trazer um sintoma diferente. Então por isso que quando a gente está falando de má circulação, os sintomas podem abranger vários órgãos do corpo. Quando a gente fala das artérias cervicais, por exemplo, a gente está falando das carótidas, das vertebrais que vão levar o sangue para o cérebro, vão oxigenar o cérebro. Se a gente tem um entupimento dessa artéria, a gente vai ter um derrame, vai ter um AVC e isso pode aparecer desde o formigamento, uma hemiplegia, uma coma, uma boca torta, tem várias maneiras de isso aparecer. Agora quando eu tenho uma oclusão crônica de uma artéria dos rins, por exemplo, o que vai aparecer? Vai aparecer um aumento da pressão arterial, uma pressão de difícil controle. Quando tem uma oclusão de uma artéria de braço ou de uma artéria de membro inferior, a gente vai ter aquela claudicação, aquela dor em que o paciente está andando, ele tem que parar por causa da dor. Então por isso que é difícil falar um sintoma único da aterosclerose ou das placas nas artérias, vai aparecer como uma má circulação. Mas para cada pessoa pode ser de uma maneira diferente. Então quais são as principais causas dessa formação de placa nas artérias? Então em primeiro lugar, eu vou colocar os principais, os que causam danos sempre com certeza que é o tabagismo. O tabagismo sem sombra de dúvidas é o fator número 1 e que tem que ser combatido. O Brasil foi muito bem com as campanhas antitabagismo de forma que comparado com outros países, até de primeiro mundo a população fuma pouco, mas a gente tem que lembrar que tem gente fumando, então aquela aquela foto que aparece atrás da caixinha do cigarro. É verdade aquilo lá, gente, tá? São fotos muito próximas do real, o tabagismo pode levar à oclusão, por essa calcificação de forma a levar a amputação, de forma a levar a necrose, de forma a levar todas aquelas doenças malignas. O alcoolismo também pode levar à formação dessas lesões, então a gente tem que combater também. Normalmente, o alcoolismo vem atrelado ao tabagismo, de forma que a gente tem que atuar conjuntamente com isso e o sedentarismo, o sedentarismo que traz à obesidade, a obesidade também é uma doença inflamatória que também piora a situação das artérias. E o exercício físico feito de forma moderada tem um efeito anti-inflamatório. Então para quem é sedentário, eu tenho que lembrar que esse sedentarismo é um fator de risco para a calcificação nas artérias. Aí você pode falar “Ah, mas eu conheço um caso de uma pessoa que fumou até os 110 anos de vida”, sabe por quê? Porque existe um fator que é mais importante do que todos esses que é o genético. Tem gente que tem genética pra ter essa doença, tem gente que não tem essa genética. Então quem tem a genética, vai ser mais suscetível e pode ter a lesão já nos pequenos hábitos de vida errados. Então aí tem pessoa que não tem pessoa que tem uma genética que pode deixar isso aparecer só mais na frente. Isso não quer dizer que eu vi uma pessoa que fumava com 110 anos de vida, então isso quer dizer que todo mundo pode fumar que vai viver até os 110. De jeito nenhum, gente essa genética é extremamente rara. O mais comum são as pessoas que têm o aparecimento dessa doença já bem cedo. Então por favor, tabagismo não! Agora eu vou falar por cima aqui da alimentação, porque sempre que eu falo da alimentação, vira uma discussão enorme que o vídeo não é sobre a alimentação em si. O que vai levar à formação da doença é a inflamação, a inflamação crônica que leva à deposição dessas placas, e existem algumas algumas dietas, algumas formas de se alimentar que são mais inflamatórias e vão levar mais a formação de doença. Então eu sei que se eu começar a falar “Olha gente, é a gordura que causa a formação de placa”, eu sei que vai ter um monte de gente aqui falar que eu tô errado, que não é a gordura, se eu falar “Olha gente, é o carboidrato que vai causar a deposição de cálcio”, alguns vão falar que eu estou certo, outros vão falar que eu tô errado. Então como o vídeo aqui não é especificamente sobre, alimentação eu tenho um vídeo muito legal, sobre a dieta anti-inflamatória que eu sugiro assistir. Aqui a questão é o que na alimentação que está gerando a inflamação, então existem alimentos gordurosos que vão levar essa inflamação. Existem carboidratos e açúcares que também vão levar essa inflamação. Então de forma geral tem que ter uma alimentação saudável. Essa alimentação saudável, ela pode ser diferente de uma pessoa para outra. E outro aspecto também é se a gente está fazendo a profilaxia ou se a gente está tratando uma doença que já está instalada. Então é bem diferente uma coisa da outra, então quando você está falando para um público mais amplo que não tenha a doença estabelecida ainda as medidas vão ser umas e se você está falando para quem já tem a doença as medidas serão outras. De forma geral, o que eu posso falar é buscar uma alimentação anti-inflamatória é a forma mais saudável de você evitar essa doença e outras também. E sobre o tratamento da calcificação das artérias o tratamento envolve várias especialidades como eu disse. As artérias podem irrigar qualquer órgão, então se está irrigando, a gente está falando da artéria renal que irriga o rim. Você vai precisar não só do cirurgião vascular, mas vai precisar do seu nefrologista também. Se a gente está falando da artéria que irriga, por exemplo, o intestino, você pode precisar de um cirurgião vascular, mas vai precisar de um gastro também. Então é um tratamento multi especialidades. Então vou elencar aqui os fatores principais no tratamento. Em primeiro lugar parar de fumar, parar de fumar é o ponto passivo que não tem discussão, tem que parar de fumar. De nada adianta você fazer todo o restante e não parar de fumar, porque a doença vai continuar progredindo. Em segundo lugar, o exercício físico, puxa vida gente, hábitos de vida saudável, exercício físico de forma moderada, ele vai ser anti-inflamatório, ele vai melhorar vários aspectos, vai aumentar a circulação colateral, então de forma que tem que colocar o exercício físico na vida de quem tem aterosclerose ou tem a calcificação das artérias. Tem que controlar as doenças associadas, então diabetes, por exemplo, ela vem junto com a aterosclerose, a pressão alta também, são duas doenças que se não estiverem controladas vão fazer essa aterosclerose progredir de forma muito veloz. Então o tratamento medicamentoso, acompanhamento com as especialidades, então a diabetes normalmente vai ser um endocrinologista que vai acompanhar, uma pressão alta pode ser com o cardiologista, então de novo, voltando aquele aspecto multiprofissional do tratamento da aterosclerose e prestar atenção na alimentação, então eu acho, uma perguntinha que eu gosto de fazer, qual que é a sua dieta? Boa parte dos pacientes falam “ah, eu como saudável.” E aí eu pergunto o que que é saudável para você? O interessante é que cada um tem uma percepção diferente do que é saudável, então o que uma pessoa pode achar saudável, outra pode achar que não é, um bom exemplo, são dois lados completamente antagônicos. A dieta carnívora, do vegano, pro vegano o veganismo é a melhor coisa possível, para o carnívoro, comer a carne é a melhor coisa possível e os dois vão responder “Eu estou comendo saudável.” Então o que é o saudável para você? Primeiro que tem que ter essa fase de autoconhecimento, nenhum corpo funciona de forma igual para todo mundo e de forma mais ampla é aquilo que eu estava falando, são os alimentos que acabam causando inflamação que pioram a doença, mas você tem que identificar o que isso está causando a inflamação. Se você não fizer isso, você vai continuar comendo errado. Então por isso eu falo da dieta anti-inflamatória, por isso eu fiz um livro e escrevi um livro sobre a dieta anti-inflamatória que pode ser visto aqui embaixo nos comentários e por isso eu acho que é um aspecto que vale a pena você dedicar um tempo da sua vida para aprender. Gostou do nosso vídeo? 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Erisipela

A erisipela é uma doença infecciosa causada por uma bactéria que chega até a parte interna dos membros inferiores através de ferimentos na pele. Os principais sintomas são feridas dolorosas nas pernas e vermelhidão. A erisipela pode evoluir para o linfedema, que é o acúmulo de líquido no corpo.

Se o indivíduo tiver surtos frequentes de erisipela, a doença pode evoluir para a elefantíase, uma inflamação dos vasos linfáticos que provoca inchaço anormal de uma das pernas. Para evitar a erisipela é preciso reforçar a higiene dos pés, evitando a incidência de micoses e tratar ferimentos e outras lesões logo que elas surgirem.

A erisipela é uma condição infecciosa grave da pele e do subcutâneo, também conhecida como celulite infecciosa. É causada principalmente pela bactéria Streptococcus pyogenes do grupo beta hemolítico. Os sintomas incluem vermelhidão, dor, inchaço, febre, mal-estar e bolhas. Ela pode evoluir rapidamente e é mais comum nas pernas. A erisipela geralmente ocorre como resultado de uma lesão na pele, como uma fissura, rachadura ou ferida, que permite que a bactéria entre no corpo.

Olá! Sou o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato. E hoje eu vou falar sobre a erisipela. O que a gente pode chamar também de celulite infecciosa, que é uma situação muito grave que a gente precisa tratar, é a celulite infecciosa, erisipela. Ela são quase a mesma coisa, a celulite infecciosa, ela pode ser causada por qualquer bactéria. Enquanto a erisipela ela vai acontecer por um grupo específico de bactérias, que é o Streptococcus pyogenes do grupo beta hemolítico. Então, quando a gente tem uma celulite infecciosa, ela pode acontecer por várias bactérias. Mas quando a gente tem especificamente por essa bactéria, a gente vai chamar, então, essa celulite infecciosa de erisipela. Então a gente está falando de quase a mesma coisa, mas essa celulite infecciosa, ela é completamente diferente daquela celulite estética. Que seria a lipodistrofia ginoide, que está extremamente relacionada com o lipedema. Então essa celulite estética é mais uma inflamação, é uma retração inflamatória. Essa lipodistrofia, aí você pode ver nos meus vídeos sobre o lipedema que eu falo bastante da celulite estética. Agora a gente está falando dessa celulite infecciosa, então, que tem um agente causador, um agente infeccioso. E esse agente infeccioso, ele vai agir na pele no subcutâneo, normalmente de pernas, causando então um grande vermelhão no local. Esse vermelhão normalmente vem associado a uma febre, uma febre alta, um mal estar, uma sensação de doença. Em alguns casos, pode formar bolhas. Então pode vir com uma dor, como uma náusea, na região do vermelhão. Tudo isso por causa de uma inflamação naquela região, uma inflamação aguda, uma inflamação muito intensa. Normalmente, a evolução dessa doença é muito rápida. É uma doença que pode começar de manhã de uma forma mais leve, e à noite já está numa situação bem críticica. Essas áreas avermelhadas são mais quentes, então tem esse aumento de temperatura local, e aumento da temperatura sistêmica. Então vai ter uma febre também. E tudo isso levando também a um a um inchaço, um membro que está afetado, muitas vezes pode ser um membro só. Vai ter tudo isso que eu falei mais esse inchaço, dor, vermelhidão de uma forma intensa. Normalmente, a erisipela tem que ter uma porta de entrada, então o que é uma porta de entrada? É alguma lesão, alguma quebra da barreira de proteção nossa que é a pele e que vai deixar essa bactéria entrar. Então, o que pode ser? Pode ser desde de uma fissura, de uma rachadura num pé muito ressecado, muito frequentemente é uma micose não tratada. Então aquela micose interdigital, aquele pé de atleta, tudo isso pode a porta de entrada para essa bactéria, mas pode ser uma coceira, por exemplo. Então, se você foi lá e recebeu uma picada de um inseto, começou a coçar ou teve uma alergia, começou a coçar a sua unha, pode fazer microlesões, microfissuras na pele e acaba colocando, injectando ali, inoculando, aquela bactéria que aí ela vai se proliferar naquela região. A erisipela é muito importante porque se ela não é tratada, a evolução pode ser catastrófica. Até antes da descoberta dos antibióticos, a erisipela era uma grande causa de morte no passado. Então, depois que a gente descobriu o antibiótico, ficou uma doença controlada. Mas a gente tem que diagnosticar e tem que tratar. Agora a erisipela, ela vai causar uma inflamação muito importante do sistema linfático e isso se chama linfangite. Essa inflamação do sistema linfático também é uma infecção do sistema linfático vai diminuir o retorno, o funcionamento do sistema linfático e danificar esses vasos. De forma que quem teve uma erisipela acaba tendo uma propensão a ter novos eventos, a cada erisipela que você tem, aumenta sua chance de ter uma próxima erisipela. Então tem que ficar muito atento com isso, tem que ter muito cuidado os locais, cuidar muito bem da região, dos pés, principalmente higiene. Às vezes, eu falo tem que ter higiene dos pés, a pessoa fala mas é óbvio que eu trato dos meus pés e cuido, higiene eu tenho. Mas a questão é que muitas vezes quem tem uma erisipela, pode ter diabetes, diabete, e uma doença onde ela pode proliferar muito rápido e virar uma doença gravíssima velozmente. Mas a diabetes pode também dificultar a visão. Então, por mais que você tenha higiene dos pés, talvez você não esteja vendo muito bem. E quem tem diabetes também tem uma diminuição da sensibilidade dos pés. Então, não vai sentir uma pequena lesão que pode ser uma porta de entrada. Então, a gente tem que ficar muito atento a isso, a higiene, então o que tem que ser feito? Manter seco na região entre os dedos, como pode ser feito isso? Fazer com uma toalha de papel, pode ser com um secador de cabelo, uma toalha, uma toalha limpa e seca. Imagina se você está lá secando os pés todos os dias com a mesma toalha e não lava a toalha, você está simplesmente pegando a bactéria em um dia e colocando ela de volta no outro. Então, a gente tem que usar um lencinho para secar essa região, e não deixar proliferar uma micose. Agora, se já tem uma micose, tem que tratar. Sugiro passar no médico e tomar medicamento se for necessário passar um creme, uma pomada tem vários tratamentos para micose hoje em dia. Usar calçado aberto, calçado aberto vai deixar ventilar, não vai deixar acontecer essas micoses. Mesma coisa com o uso de meias, o uso de meias de algodão diminuem a formação de pé de atleta. Tomar cuidado com calos, com rachaduras e não ficar tirando cutícula à toa. Isso aí é simplesmente correr o risco de acabar infectando ou abrindo uma ferida para a bactéria se aproveitar e entrar por ali. Então, se você tem a suspeita de uma erisipela, então procure atendimento médico rápido. Normalmente, você vai conseguir isso num pronto socorro. Muito frequentemente, quem lida com isso vai ser o dermatologista ou o cirurgião vascular. Mas se você for marcar uma consulta para passar sobre isso alguns dias depois, talvez já seja tarde demais. É melhor começar o tratamento antes e o pronto socorro é o melhor lugar para fazer isso. Lá você faz o diagnóstico da erisipela, mas também vai fazer o diagnóstico diferencial de outras doenças. Então, o que pode mimetizar, fingir que é uma erisipela e não ser? Então, por exemplo, uma alergia ao contato, uma situação chamada de erisipeloide que mimetiza a erisipela. Até mesmo alguns angioedemas podem mimetizar uma erisipela, mas assim, afastando esse diagnóstico, a gente tem que iniciar o tratamento da erisipela o mais rápido possível. E identificar duas coisas ou se é uma forma grave de erisipela, e que vai precisar ficar internado, vai precisar tomar mais antibiótico e ficar sob as vistas do médico, sendo controlado, observado ou uma situação gravíssima, como uma fasceíte necrosante, que seria aquela bactéria comedora de carne humana. Parece um nome meio midiático, mas a fasceíte necrosante, ela realmente é catastrófica e a gente precisa tratar rápido. A evolução ocorre em poucas horas. Lembrando que a erisipela pode acometer outros lugares, embora seja mais frequente em membros inferiores, ela pode ocorrer no rosto também Então, ficar com vermelhidão, com febre, dor, aumento de temperatura nessa região, essa é uma região bem crítica também, a evolução é mais rápida, muitas vezes mais grave. Então, procurar o hospital e o médico rápido. E o tratamento, como eu já mencionei, vai precisar do antibiótico, não tem jeito. Se a gente voltar na era pré antibiótico, a evolução era catastrófica. Uma ou outro poderia se safar da evolução da erisipela, mas a grande maioria acabava sucumbindo. Então tem que usar o antibiótico, não tem jeito. Não vamos brigar contra a natureza. Agora, o que mais a gente pode fazer? Hidratação, tomar muito líquido, seja via oral, seja na veia, tem que tomar bastante água. Isso é importantíssimo! Eu já falei aqui nos meus vídeos a importância da água. Isso é essencial quando a gente está lutando contra uma infecção e os cuidados locais, a limpeza, às vezes, tem que fazer um desbridamento ou, às vezes, tem que fazer curativo. Mas tudo isso vai ser indicado pelo médico dependendo de cada caso. Gostou do nosso vídeo? Inscreva-se no nosso canal, compartilhe com seus amigos e até o próximo! E fica um pouquinho que eu vou colocar o próximo vídeo que você vai assistir e que é importantíssimo para você!

Varizes

Varizes são veias doentes, dilatadas e saltadas que indicam o início de uma insuficiência venosa. Ou seja, é um sinal de que a circulação sanguínea nos membros inferiores não está acontecendo como deveria. Além do desconforto estético, as varizes também provocam dor nas pernas.

Para aliviar o incômodo, é recomendado o uso de meias de compressão, elevação das pernas para facilitar a circulação sanguínea, redução de peso para diminuir a sobrecarga sobre os membros e procurar ajuda médica para um tratamento cirúrgico, o mais indicado em casos mais graves da doença.

As varizes são veias dilatadas e tortuosas que aparecem normalmente em membros inferiores. Elas são uma das apresentações da doença venosa crônica, insuficiência venosa crônica. Existem vários tipos de varizes, desde pequenos vasinhos chamados de telangiectasias até as veias varicosas grandes e existem vários tratamentos disponíveis, como a escleroterapia, retirada cirúrgica e técnica de Muller. Consulte um cirurgião vascular para saber qual é o melhor tratamento para as varizes que você tem na sua perna.

Olá. Eu sou o doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do instituto Amato e hoje nós vamos falar sobre as varizes nas pernas. As varizes são veias dilatadas e tortuosas que aparecem normalmente em membros inferiores e elas têm vários aspectos, desde pequenos vasinhos que são chamados de telangiectasias e as mais profundas e um pouquinho maiores reticulares, até as tributárias, colaterais e insuficientes que podem se tornar dilatadas e aquelas veias grandes chamadas comumente de veias varicosas. Então o aparecimento das varizes nas pernas é um dos aspectos da doença venosa crônica, insuficiência venosa crônica, então existem pessoas que possuem inchaço nas pernas e não apresentam nenhum vasinho, nenhuma veinha. Então a doença maior é a doença venosa crônica e as varizes nas pernas são uma das apresentações dessa doença. Então os pequenos vasinhos as telangiectasias também são varizes, existem vários tratamentos, desde a escleroterapia até o tratamento com lazer e as veias varicosas já maiores também possuem vários tratamentos como a retirada cirúrgica, microcirurgia ou técnica de Muller e outras. Então consulte o seu cirurgião vascular para saber qual é o melhor tratamento para as veias que você tem na sua perna. Gostou do vídeo? Curta, compartilhe, ajude-nos a continuar com esse canal. Obrigado.

Trombose venosa superficial

Também chamada de tromboflebite, essa doença atinge a parte mais externa da pele e se caracteriza pela presença de um trombo dentro das veias, dificultando a passagem do sangue e inflamando a região. Além da dor, o indivíduo pode sentir calor no local.

Na pele, a tromboflebite tem a aparência de um cordão grosso, saltado e avermelhado demonstrando a presença de um trombo dentro da veia, que pode ser uma veia sadia ou pode ser uma veia doente, ou veia varicosa.

A tromboflebite pode estar associada a outra doença mais grave, a trombose venosa profunda. O uso de meias de compressão pode aliviar os sintomas, mas o acompanhamento de um médico especialista é fundamental para impedir a evolução da doença.

A tromboflebite superficial é uma doença que ocorre quando há coagulação de sangue dentro de uma veia superficial, causando inchaço, vermelhidão e dor no local. Ela pode acontecer tanto em membros superiores quanto inferiores e estar associada a outras condições como trombose venosa profunda, embolia pulmonar e varizes. O tratamento deve ser feito por um cirurgião vascular e também deve ser investigada a causa da tromboflebite, incluindo doenças da coagulação e neoplasias.

Olá, sou o dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato e hoje nós vamos falar sobre a tromboflebite superficial, uma doença que frequentemente é confundida com a trombose venosa profunda. A tromboflebite superficial não deixa de ser uma trombose, é sangue coagulado dentro de uma veia. Só que essa veia não é uma veia profunda, como na trombose venosa, é uma veia superficial, por isso, ela causa no local um endurecimento da veia, um vermelhão tipo um vergão e uma dor no trajeto dessa veia. Muitas vezes, ao palpar parece um cordão endurecido. Essa tromboflebite superficial pode acontecer tanto em membros superiores quanto em membros inferiores e pode estar associada à trombose venosa profunda, à embolia pulmonar e a varizes. Então a tromboflebite superficial não é tão grave quanto a trombose venosa profunda, mas pode ser a precursora da trombose venosa profunda e da sua grave consequência, que é a embolia pulmonar. O tratamento portanto deve ser feito por médico especializado, que é o cirurgião vascular e deve ser feita a investigação de outras causas da tromboflebite. Muito frequentemente nós temos trombofilias, que são as doenças da cascata da coagulação, que alteram a coagulação sanguínea, predispondo à formação de coágulos e isso deve ser investigado, mas tem outra causa também que deve ser rastreada, que são as neoplasias, os cânceres. Então a neoplasia pode ser um fator de desencadeamento da tromboflebite superficial. Apesar de ser uma doença relativamente tranquila, ela deve ser bem diagnosticada, deve ser bem tratada e isso desencadeia também um rastreamento de outras doenças. Gostou deste vídeo? Acesse nossos outros vídeos no nosso canal e curta.

Trombose venosa profunda (TVP)

A doença se caracteriza pela presença de coágulos dentro das veias mais internas dos membros inferiores, impedindo o fluxo sanguíneo, provocando dor e inchaço na região. Em alguns casos, é possível que não haja sintomas.

A trombose venosa profunda é uma doença grave porque pode evoluir para uma complicação ainda mais preocupante, que é a embolia pulmonar. A embolia pulmonar acontece quando um coágulo se desprende do seu local de origem e chega até os pulmões, impedindo a entrada de oxigênio, podendo levar o indivíduo a óbito em pouco tempo.

Algumas causas comuns da TVP são traumas associados a fraturas e longos períodos sem movimentar o corpo, após cirurgias, por exemplo. Quem está em tratamento contra o câncer também pode apresentar o problema, além de pessoas com insuficiência cardíaca e gestantes no final da gravidez e logo após o parto.

A principal orientação é buscar ajuda médica logo que perceber algum sintoma característico e tratar o problema antes que ele se complique ainda mais.

A embolia pulmonar é uma doença grave que pode causar morte e é causada pela trombose venosa profunda. A trombose venosa profunda é a formação de coágulos de sangue dentro de veias profundas, diferente da tromboflebite superficial, que é a formação de coágulos em veias superficiais. A trombose venosa profunda tem um risco maior de levar a embolia pulmonar, especialmente quando ocorre em veias próximas ao coração. A formação de coágulos é causada pela tríade de Virchow, que inclui lesão no endotélio, alteração na coaguabilidade do sangue e estase sanguínea. É importante buscar atendimento médico para diagnosticar e tratar a trombose venosa profunda e evitar complicações graves.

Uma em cada dez mortes no hospital ocorre por embolia pulmonar. 500 mil mortes por ano na Europa por embolia pulmonar, 300 mil mortes por ano nos Estados Unidos. A embolia pulmonar causa mais mortes do que câncer de mama, Aids, câncer de próstata e acidentes automobilísticos somados no mundo. Chamei sua atenção? Embolia pulmonar é importante? A questão é que o que leva à embolia pulmonar é a trombose venosa profunda, e eu me assustei que eu não tinha feito um vídeo falando da trombose venosa profunda aqui nesse canal. Então estou corrigindo esse erro agora! Vamos falar sobre essa doença que é extremamente preocupante, que todo mundo tem que se atentar, e realmente quando alguém fala trombose é para se preocupar, não no intuito de ficar preocupado, perdido, mas de buscar informação, buscar atendimento médico. Então em primeiro lugar o que é a trombose venosa profunda? Trombose venosa profunda nada mais é do que sangue coagulação dentro de uma veia e de uma veia específica, uma veia que está lá no sistema venoso profundo e não no sistema venoso superficial. Essa separação é importante, porque quando esse sangue coagulação numa veia superficial, a gente chama de Tromboflebite superficial. Até essa nomenclatura é diferente para não causar tanto temor. Então porque a trombose acaba sendo então para as veias profundas, quando a gente fala trombose geral, a gente está falando de veia profunda ou de uma trombose arterial, mas este vídeo aqui é sobre trombose venosa. Por que tem essa diferenciação? Por causa do risco de levar a uma embolia pulmonar, uma trombose superficial uma tromboflebite tem um risco pequeno de levar a uma embolia pulmonar. Agora uma trombose venosa profunda, esse risco vai aumentando e quanto mais proximal ao coração essa trombose, maior o risco. Então se a gente está falando de uma trombose bem distal, lá na planta do pé, esse risco de embolia é pequeno, mas uma trombose venosa de uma veia iliaca ou uma veia cava, tem um risco enorme de ter uma embolia pulmonar, então por isso essa separação. Então o que leva à formação desse coágulo no sangue é a trombogênese, ou seja, a capacidade de formar um trombo, gerar um trombo. Isso foi descrito há muito tempo atrás por Virchow como uma tríade, são três fatores principais. Então o primeiro é a lesão do endotélio, que significa o que um pequeno trauma nessa parede do vaso. O segundo que é a alteração no sangue e aumento da coaguabilidade, são as trombofilias e em terceiro lugar a estase sanguínea. Então se o sangue ficar parado por muito tempo, ele também aumenta a probabilidade de formar um trombo, se ele ficar parado, ele vai ele vai coagular e nós temos no nosso sangue um equilíbrio muito tênue para manter a fluidez desse sangue, esse equilíbrio é entre os fatores pró-coagulantes e os fatores anticoagulantes. Sim! Nós temos anticoagulantes naturais no nosso corpo, que aliás se eles diminuírem muito acaba causando uma trombofilia, acaba gerando uma probabilidade maior de causar um trombo. Agora do ponto de vista da trombose venosa profunda, a gente tem que pensar o que ela pode levar, porque a trombose em si ela vai causar uma inflamação naquele local, vai causar a dor, vai causar um inchaço, a gente pode se preocupar com esses sintomas, mas não é isso que traz a relevância para trombose, o que traz a relevância são as suas complicações. Então em primeiro lugar, a embolia, a embolia pulmonar é disparado a complicação principal que a gente tem que se preocupar, porque ela leva sim a óbito, ela leva à morte muito frequentemente. Então em primeiro lugar a gente trata trombose, não por causa da trombose, mas para evitar a embolia pulmonar. Uma segunda complicação também aguda seriam as flegmasias, as flegmasias são trombose maciças, são realmente complicações bem graves, mas felizmente elas são bem raras. Não é algo que você tem que se preocupar com tanta frequência assim e chegando no atendimento médico, a gente na maior parte das vezes consegue ajudar, desde que seja com tempo hábil para isso. Agora a gente pode pensar na complicação mais tardia da trombose venosa profunda que seria a síndrome pós-trombótica, então uma pessoa teve uma trombose hoje, daqui a dez anos pode ter varizes, pode ter insuficiência venosa, tudo decorrente dessa trombose inicial. Então tudo o que a gente faz é para evitar a embolia em primeiro lugar, evitar uma flegmasia também embora mais rara. Obviamente, a gente vai ter que tratar também os sintomas que podem incomodar, mas também evitar uma síndrome pós-trombótica no futuro. Cirurgia para trombose venosa não é tão frequente assim. Existem alguns procedimentos que podem ser feitos, então a colocação de um filtro de veia cava que tem uma indicação bem restrita. Não é rotina em nenhum caso, especificamente quem tem a impossibilidade do tratamento com a anticoagulação, por exemplo, é uma das necessidades de colocar um filtro de veia cava. Existem outras cirurgias que seriam a retirada desse trombo, são métodos físicos, por métodos químicos, farmacológicos e esses medicamentos, eles podem quebrar esse trombo e você pode pensar “Puxa, isso é tão legal, acho que deve funcionar para todo mundo.” Mas na verdade são cirurgias que têm um risco e que você tem que colocar na balança o risco benefício. Então normalmente elas vão evitar aí a grande indicação e evitar aquela síndrome pós trombose no futuro, então se a gente tira esse trombo, esse trombo, ele não vai causar uma reação inflamatória muito grande nessa parede do vaso, não vai destruir as válvulas venosa, de modo que não leva aquela síndrome pós traumática no futuro. A questão é quem vai se beneficiar disso? Normalmente são as pessoas mais jovens que têm menos risco cirúrgico e cuja trombose foi muito extensa maciça de forma que a probabilidade de ter essa síndrome pós-trombótica é muito alta. Então esse não é um procedimento para evitar uma embolia pulmonar, por exemplo. Então o tratamento você tem que levar muito, muito, muito a sério, se foi feito o diagnóstico de trombose, você tem que tratar rigorosamente e assim existem algumas novidades que são muito boas por um lado, mas elas atrapalham por outro. Então eu lembro no meu início de carreira que a gente não tinha muita opção de medicamento para fazer anticoagulação e os medicamentos que a gente tinha à disposição, eram medicamentos que necessitavam um rigor e que a gente precisava ficar acompanhando quase que diariamente a alteração no sangue. Então eu lembro até que a gente pedir às vezes fax para o paciente, mandar o resultado do exame para a gente acompanhar semanalmente essa evolução. A questão é que isso mostrava para o paciente o quanto era necessário e importante esse controle. Os medicamentos atuais são os novos anticoagulantes, eles não precisam desse rigor todo no acompanhamento. Só que ao retirar esse rigor todo e facilitar a vida do paciente, alguns não levam tão a sério o tratamento. Pode esquecer um medicamento, pode esquecer a importância do medicamento, e pode esquecer a razão pela qual a gente está tratando. Aí eu volto tudo o que eu falei, e é por causa da embolia pulmonar. A gente está tratando a trombose para evitar uma embolia pulmonar e consequentemente evitar um óbito. Então por isso é extremamente importante você seguir à risca a orientação do seu médico, não é para parar com anticoagulante sem a indicação e o acompanhamento médico. E não é para continuar também sem o rigor de um acompanhamento médico. Faça consultas periódicas e isso é muito importante. Agora para fazer o diagnóstico da trombose, a gente precisa de dois sinais principais são dor e inchaço, o paciente vai se queixar de dor inchaço, só que dor inchaço é extremamente genérico e frequente, quem nunca teve dor e inchaço nas pernas e não necessariamente isso foi uma trombose. Tem, por exemplo, a Síndrome da pedrada, uma lesão muscular fazendo esporte, subindo escada que também causa dor e inchaço e não é uma trombose. Então só isso não é o suficiente, a gente tem que usar os critérios de fatores de risco. Quanto mais fatores de risco, mais chance dessa dor e inchaço ser decorrente de uma trombose. Então quais são os fatores de risco mais comuns? Neoplasia, o câncer ou o próprio tratamento para o câncer, a quimioterapia também pode desencadear trombose. Uma trombose prévia, quem já teve uma trombose já entra em um grupo de pessoas que têm uma probabilidade maior de ter trombose. Uma trombofilia, uma doença na cascata da coagulação do sangue, uma doença do sangue que aumenta a probabilidade de ter trombose. O uso de anticoncepcionais também aumenta o risco, aumenta um pouquinho, mas aumenta, uma gravidez aumenta mais ainda o risco de uma trombose. Esses são fatores comuns existem também, por exemplo, o trauma, um politraumatizado principalmente, a imobilização de um membro, então se alguém ficou imobilizado por muito tempo, usando o gesso, usando alguma bota ortopédica ou uma cadeira de rodas, vai causar essa imobilidade que é um fator de risco para trombose. A desidratação, então quem toma pouca água, e às vezes, toma muito pouca água, fica desidratado, isso também aumenta o risco de trombose. A idade, passou dos 40 anos já tem um risco maior de ter trombose, varizes que é extremamente frequente na população também é um fator de risco para trombose, não quer dizer que quem tem varizes, todo mundo vai ter trombose, não é isso! É que você vai somando um fator de risco ao outro. Na verdade, não é nem somar, você vai multiplicar, porque quanto mais fatores você vai aumentando exponencialmente o risco de desenvolver uma trombose. Então tendo esses fatores, tendo dor e inchaço, a probabilidade de ser uma trombose aumenta. Então é necessário uma avaliação médica, muitas vezes com o exame de sangue ou um exame de imagem para comprovar esse diagnóstico. Gostou do nosso vídeo! Inscreva-se no nosso canal, compartilhe com seus amigos e até o próximo!

 

 

 

Lipedema

O lipedema é uma doença crônica que atinge basicamente mulheres e se caracteriza pelo acúmulo de gordura na parte inferior do corpo, como quadris, pernas e tornozelos. A gordura acumulada não é a mesma da obesidade e, por isso, não é eliminada com dieta e exercício físico.

Além de dor, o lipedema pode causar inchaço, mobilidade reduzida, sensibilidade em excesso, hematomas frequentes, cansaço extremo dentre outros sinais incômodos. A doença não tem tratamento definitivo, mas uma boa alimentação pode reduzir as inflamações causadas e aliviar o desconforto, além da prática de atividades físicas diárias.

A dor nas pernas pode ser o sintoma de muitas doenças e a melhor maneira de tratar essa dor é identificando a raiz do problema. Portanto, é fundamental buscar ajuda entrando em contato com um cirurgião vascular, especialista no assunto e que pode diagnosticar e prescrever o melhor tratamento para cada caso.

O Dr. Alexandre está falando sobre Lipedema, uma condição caracterizada por depósitos anormais de gordura nos membros inferiores e superiores que afeta principalmente as mulheres. Não é uma gordura normal, mas sim uma gordura doente que facilmente se inflama e causa vários sintomas, como dor ao toque, hematomas, inchaço e sensação de peso. Ele menciona que é uma doença genética que é desencadeada por uma inflamação do sistema linfático e pode causar obstrução e danos ao sistema linfático, criando um ciclo vicioso de formação de novas células de gordura e inflamação. Ele enfatiza a necessidade de quebrar esse ciclo.

e [Aplausos] o entender mais uma deposição de gordura anormal em membros inferiores e membros superiores que ocorre principalmente nas mulheres é uma doença quase que exclusiva das mulheres mas não é uma gordura normal é uma gordura doente uma gordura que inflama muito fácil sendo uma uma gordura que inflama Ela traz vários sintomas Associados Então ela pode trazer a dor dura ao toque hematomas e que Imóveis que seriam os roxos na pele uma sensação de inchaço de peso tudo isso associado a inflamação a obesidade não tem esses sintomas Então essa é a grande diferença entre a obesidade ele perdemos o ipv6 é uma doença genética muitas vezes desencadeada por uma inflamação do sistema linfático já Logo no início sendo que posteriormente vai causar também uma obstrução e Danos de sistema linfático tudo isso causa um ciclo um ciclo de inflamação e o Genes e formação de novas células de adipócitos que não são as células de gordura essas células de gordura vão aumentar a inflamação EA inflamação volta a formar novas células então é um ciclo vicioso que a gente precisa quebrar a E aí [Música]

Covid e dor nas pernas

O Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular, fala sobre dor nas pernas e Covid-19. Ele menciona que tem recebido muitos pacientes em seu consultório com queixas de dor nas pernas devido ao Covid-19, e que esperou para falar sobre esse tópico para ter mais informações sólidas para apresentar. Ele explica que o confinamento e a atividade física reduzida causada pelo Covid-19 podem levar à depressão, ansiedade e outras razões para a dor nas pernas, e que diferentes estágios da doença e diferentes tratamentos também podem desempenhar um papel. Ele também menciona que o Covid-19 pode causar trombose, tanto nas artérias quanto nas veias, e que isso é uma causa vascular de dor nas pernas.

Olá! Sou o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato. E hoje vou falar sobre dor nas pernas e o Covid! Então todo mundo sabe aqui que quem acompanha o canal, que eu tentei evitar falar do Covid durante toda essa pandemia, porque primeiro porque não sou infectologista e segundo que se eu fosse falar, eu queria falar de algo bem relacionado com a minha especialidade e como eu tenho recebido muitos pacientes no consultório com queixa de dor nas pernas por causa do Covid. Durante o Covid, depois do Covid, acredito que ficou bem relevante esse tema agora e também, eu não queria fazer um vídeo que fosse momentâneo. Eu queria que fosse algo mais atemporal, uma coisa que durasse por mais tempo, então a gente tinha que coletar mais dados, eu tinha que ter mais pesquisa para mostrar para vocês alguma coisa. Então eu esperei, realmente eu esperei para falar sobre esse assunto, mas esperei para trazer uma informação muito mais sólida pra vocês. Tá bom?! Então vamos falar sobre a dor nas pernas, pra chegar nisso a gente tem que entender o contexto que o Covid criou. O Covid acabou criando uma situação de confinamento, uma situação de onde aumentou a depressão, aumentou a ansiedade, diminuiu a atividade física. As pessoas que ficaram restritas a movimentação, diminuindo a atividade física, acaba tendo várias outras razões para a dor que não só o vírus em si, mas o contexto em que acabou se colocando. E mesmo quando a gente está falando do vírus em si, existem várias fases, momentos da doença e tratamentos. Obviamente quem está numa UTI por causa de um Covid e tem uma dor nas pernas. É bem diferente de uma pessoa que está em casa que tem o Covid e está com a dor nas pernas. Assim como a dor desencadeada pode ser durante a fase aguda da doença do Coronavírus ou na fase mais tardia, também vão ser contextos diferentes com tratamentos diferentes. Os sintomas mais frequentes do Covid são febre, tosse, dispneia que seria a falta de ar e a fadiga, o cansaço. Esses são os sintomas principais, mas também tem a mialgia que seria a dor muscular, dor de cabeça e também a produção de escarros. São sintomas mais superiores, sintomas respiratórios também. Agora todo mundo acompanhou que o Coronavírus, ele causa trombose. Aí sim uma causa bem vascular, então são tromboses tanto arteriais, quanto venosas. Eu falo bastante de trombose arterial nesse vídeo aqui e eu vou colocar também aqui em seguida, o meu vídeo sobre trombose venosa. Tem uma diferença entre as duas, mas a origem é uma uma situação pró coagulativa. Nosso corpo fica propenso a gerar trombos, coágulos, coagular. Então uma trombose venosa pode levar a dor e inchaço, e uma trombose arterial também pode levar a dor, mas aí por causa de isquemia, não chega sangue arterial oxigenado na extremidade, na perna, por exemplo. Existe outra causa vascular também desencadeada pelo Covid. Graças a Deus é menos frequente que são as vasculites, as vasculites são danos muito importante na parede do vaso que também pode levar a trombose arterial e a trombose venosa e normalmente tem uma evolução bem maligna. As mialgias, então as dores musculares que podem acontecer em qualquer região do corpo pode acontecer nas pernas e coxas, porque nós temos grandes grupos musculares nessa região e o Covid pode gerar a rabdomiólise que seria o dano direto no músculo com lesão da célula muscular, causando dor nessa região. Outra explicação para a dor que o vírus Covid pode causar é uma dor neuropática, o que é isso? É uma dor onde o vírus causa uma lesão direta nos nervos. As estimativas iniciais lá no começo da pandemia era que ocorriam em torno de 2 a 3 por cento de casos de dor neuropática por causa do vírus. Você já deve ter visto ou ouvido falar de uma dor neuropática por causa de vírus, uma bem comum, famosa é a Herpes Zoster, onde o vírus causa essa lesão direta no trajeto nervoso e é bem doloroso. Outros vírus também podem causar dores como o HIV, Poliovírus, Enterovirus e vários outros. Então essa lesão direta parece que ela foi subestimada, parece que ocorre muito mais frequentemente do que só esses dois a três por cento. Acredita-se que a própria infecção causa danos que também pode levar essa dor. Então essa infecção pode ocorrer em qualquer região do corpo. O vírus está lá pode trazer bastante sintoma respiratório, mas ele está em várias outras células do corpo causando essa infecção e essa infecção levando a dor. A produção de citoquinas também, as citoquinas pró inflamatórias que desencadeiam a inflamação, também é uma excelente explicação para a causa da dor e isso eu vejo uma correlação muito grande com as pacientes que têm Lipedema, por exemplo, o Lipedema é uma doença inflamatória e na hora que a gente tem um gatilho inflamatório como o Covid, pode desencadear a dor em coxas, pernas e nessa região de gordura lipedêmica. Então nesse mecanismo inflamatório, os neurônios sensitivos, eles são ativados por essas citoquinas pró inflamatórias que eu mencionei. Existe uma outra teoria que explica a dor que seria a enzima conversora da angiotensina, que é exatamente o caminho que o Covid encontra para entrar na nossa célula, é o receptor dessa enzima. Ele dá uma burlada nesse receptor e acaba entrando dentro da célula por causa dele. Pode ter um mecanismo associado à dor relacionada a essa enzima conversor da angiotensina. Agora um trabalho recente mostrou que 55% das pessoas durante a infecção com o Covid vão ter dor em membros superiores e 60% das pessoas vão ter dor em membros inferiores, durante a infecção do Covid. Agora a gente pode falar do pós Covid também, esse mesmo trabalho mostrou que 31% das pessoas após a infecção com Covid vão ter dor em membros superiores e 37% vão ter dor em membros inferiores. Então, o que a gente pode concluir? Que a dor em membros inferiores, dor nas pernas, e mesmo dor em membros superiores é extremamente comum na infecção com Covid, tanto durante, quanto depois e é muito importante e isso ser relatado para o seu médico para que seja devidamente cuidado. Agora, se você está no durante a infecção e começa a ter dor. A gente tem que lembrar daquelas outras causas que eu falei, das trombose. Então é muito importante consultar o seu cirurgião vascular, para identificar uma possível trombose cedo e iniciar o tratamento que aí não tem problema nenhum. O problema é ter uma trombose, não fazer o diagnóstico e acabar tendo as consequências maléficas dessa doença. E aí, já sabe qual é o próximo vídeo que vai assistir nosso? Eu vou deixar uma indicação aqui para você, inscreva-se no nosso canal, compartilhe com seus amigos e até o próximo!

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